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Interpol afirma que passageiros com passaporte roubado eram iranianos

11 de março de 2014

Um deles tinha 19 anos e teria como destino final Frankfurt. O outro, de 29 anos, iria para Copenhague. Polícia afasta possibilidade de ligação com o terrorismo.

Os dois iranianos de 19 (e) e 29 anos que embarcaram com passaportes falsos no voo MH370Foto: Manan Vatsyayana/AFP/Getty Images

A Interpol e a polícia da Malásia divulgaram nesta terça-feira (11/03) imagens e as identidades dos dois homens que embarcaram com passaportes roubados no voo MH370 da Malaysia Airlines, que desapareceu na primeiras horas de sábado (horário local).

Segundo o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, os dois viajaram até a Malásia com passaportes iranianos, e lá os substituíram por um passaporte austríaco e um italiano. Os dois foram identificados como Pouri Nour Mohammad Mehrdad, de 19 anos, e Delavar Seyed Mohammaderza, de 29.

Tanto Noble como o inspetor de polícia malaio Khalid Abu Bakar afastaram a hipótese de que o sumiço do avião tenha alguma relação com o terrorismo internacional.

Nour Mohammad usou o passaporte austríaco e estaria tentando emigrar para a Alemanha. "Nós estamos checando seus antecedentes e também consultamos outras organizações policiais sobre seu perfil", disse Bakar. "Acreditamos que ele não é um integrante de grupos terroristas." O chefe de polícia disse ainda que a mãe do jovem, que o esperava no aeroporto de Frankfurt, está cooperando com as investigações.

Na Suécia, o jornal Aftonbladet informou ter contactado um homem que afirmou que um parente seu, um iraniano, estaria no voo com um passaporte italiano. Ele teria como destino final Copenhague, e de lá tentaria pedir asilo na Suécia.

Iraniano identificado pela polícia como Pouri Nour Mohammad Mehrdad, de 19 anosFoto: Reuters/Malaysian Police

Tráfico humano

Os dois passaportes foram roubados na Tailândia. Um iraniano identificado como Ali teria comprado as duas passagens por telefone em 1º de março, pedindo as duas conexões mais baratas para a Europa, segundo a polícia da Tailândia.

"Acreditamos que esses dois passaportes foram roubados por uma gangue especializada em tráfico humanos e que envia pessoas para trabalhar em outros países, especialmente na Europa", afirmou o tenente-general Panya Maman, comandante da polícia no sul da Tailândia, à agência de notícias AFP.

Um dos tíquetes era de Kuala Lumpur para Frankfurt, passando por Pequim e Amsterdã. O outro era para Copenhague, informa a AFP, que afirma ter consultado documentos de viagem.

O Boeing 777-200, que viajava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares na madrugada de sábado, entre a costa da Malásia e o sul do Vietnã. Segundo a companhia aérea, os pilotos não enviaram nenhum sinal de socorro.

Esforço internacional

Cerca de cem aeronaves e embarcações internacionais estão auxiliando nas operações de busca pelo avião desaparecido. A área de trabalho cobre uma superfície equivalente a 1,71 milhão de quilômetros quadrados.

Iraniano identificado pela polícia como Delavar Seyed Mohammaderza, de 29 anosFoto: Reuters/Malaysian Police

"Com base em nossa avaliação até agora, há pouca esperança de um final feliz", disse o vice-comandante do Comitê Nacional de Buscas e Resgate do Vietnã, Pham Quy Tieu, que auxilia nas operações.

Em nota, a Malaysian Airlines informou que a aeronave passou por uma revisão de manutenção dez dias antes de desaparecer e que uma próxima revisão estava agendada para 19 de julho.

RM/afp/dpa/lusa/ap

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