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Invasão a hotel no Mali deixa 21 mortos

20 de novembro de 2015

Depois de horas de tensão, forças de segurança libertam os cerca de 170 reféns que estavam dentro do hotel em Bamako. Grupo jihadista ligado à Al Qaeda assume autoria. Dois terroristas são mortos, diz ONU.

Foto: Imago

Um grupo jihadista africano afiliado à Al Qaeda assumiu a autoria do ataque a um hotel de luxo em Bamako, capital do Mali, nesta sexta-feira (20/11), que deixou dezenas de mortos.

Forças de segurança malinesas, apoiadas por americanos e franceses, invadiram o hotel e libertaram todos os reféns.

Ao menos 21 pessoas morreram no ataque ao hotel Radisson Blu, afirmou o presidente Ibrahim Boubacar Keita em pronunciamento na televisão estatal. Outras sete pessoas ficaram feridas. O presidente decretou situação de emergência e luto nacional de três dias.

Segundo o porta-voz da Missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), Olivier Salgado, dois terroristas estão entre os mortos.

O grupo Al-Mourabitoun, com base no Mali e formado na sua maioria por tuaregues e árabes, postou uma mensagem no Twitter, em que assume a autoria do ataque.

O Al-Mourabitoun foi formado há dois anos e é liderado pelo ex-combatente da Al Qaeda Mokhtar Belmokhtar.

Forças de segurança do Mali invadiram o hotelFoto: Getty Images/AFP/H. Kouyate

Atiradores invadiram o hotel na manhã desta sexta-feira e mantiveram reféns cerca de 170 pessoas (140 hóspedes e 30 funcionários), segundo a rede de hotéis Radisson. Cidadãos de vários países estavam no hotel, incluindo franceses, americanos, alemães, chineses e indianos.

Segundo testemunhas, os atiradores teriam entrado no hotel atirando e gritando Allahu Akbar (Alá é grande, em árabe).

Fontes de seguranças disseram que os atiradores entraram no local usando um veículo com placa diplomática. O hotel Radisson Blu está localizado a oeste do centro da cidade, numa região onde ministros e diplomatas moram.

Violência esporádica

Em 2012, o norte do Mali foi ocupado por milícias islâmicas, algumas ligadas à Al Qaeda. Embora elas tenham sido expulsas por uma operação militar liderada pela França, a violência esporádica continua.

Apesar de um acordo de paz firmado em junho entre o governo do Mali e diversos grupos armados, entre eles rebeldes tuaregues, extremistas ainda promovem ataques no país.

Em março, um atentado numa casa noturna de Bamako matou dois europeus e três malineses. O Al-Mourabitoun também assumiu a autoria desse ataque.

CN/KG/rtr/afp/dpa/ap

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