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Investigação atinge presidente do conselho da Volkswagen

6 de novembro de 2016

Hans Dieter Pötsch é alvo da promotoria de Braunschweig, na Alemanha, por suspeita de manipulação. Subsidiária Audi estaria mais envolvida em escândalo de emissões do que se pensava, denuncia jornal.

Hans Dieter Pötsch
Hans Dieter Pötsch foi diretor financeiro da Volkswagen de a 2003 a 2015Foto: picture alliance / dpa

A promotoria da cidade alemã de Braunschweig ampliou a investigação sobre o escândalo de manipulação de emissões pela Volkswagen, incluindo o atual presidente do conselho de administração da empresa, Hans Dieter Pötsch, revelou a montadora alemã neste domingo (06/11).

Quando o escândalo de manipulação de testes de emissões de poluentes estourou, em setembro de 2015, Pötsch era o diretor financeiro da Volkswagen. Ele foi nomeado presidente do conselho de administração em outubro do ano passado.

Em comunicado divulgado neste domingo, a montadora afirma que a promotoria está investigando dois membros do conselho de administração por suspeita de manipulação do mercado – Pötsch e outro funcionário cujo nome não foi divulgado.

Segundo a nota, a investigação se refere ao período em que Pötsch foi diretor financeiro – de 2003 a outubro de 2015. "A empresa e Hans Dieter Pötsch vão continuar apoiando a promotoria em sua investigação", diz o texto.

A montadora garante que, "com base na análise cuidadosa de peritos internos e externos", os membros do conselho de administração cumpriram todas as obrigações de prestação de informação ao mercado previstas na lei alemã.

O ex-presidente da Volkswagen Martin Winterkorn – que renunciou em meio ao escândalo de emissões – e o atual diretor da marca Volks, Herbert Diess, são investigados desde junho por suspeita de manipulação do mercado.

Centenas de processo judiciais foram abertos contra a companhia desde que o escândalo estourou. A Volkswagen reconheceu ter instalado um software que desativava controles de poluição em mais de 11 milhões de veículos a diesel vendidos no mundo.

No final de outubro, um juiz federal americano aprovou um acordo de 14,7 bilhões de dólares proposto pela montadora para indenizar proprietários de automóveis envolvidos no escândalo.

Audi no escândalo

Também neste domingo, o jornal Bild am Sonntag noticiou que a Audi, subsidiária da Volkswagen, está mais envolvida no escândalo de emissões do que se sabia até o momento. Segundo a publicação, a autoridade ambiental da Califórnia Carb descobriu, em meados deste ano, mais uma função ilegal de um software em um Audi com motor V6.

O software teria sido usado durante anos para a manipulação de valores de CO2 em veículos a diesel e à gasolina na Europa. Nem a Carb nem a Volkswagen tampouco a Audi quiseram comentar o assunto neste domingo.

LPF/lusa/dpa/rtr

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