1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Investigações: o que já se sabe sobre os autores

15 de novembro de 2015

Um francês de origem argelina é um dos atiradores do Bataclan. Polícia encontra dois carros, um passaporte sírio e detém suspeitos de participação nos atentados. Dois terroristas são franceses que viviam na Bélgica.

Foto: picture-alliance/dpa/P. Seeger

Os ataques em Paris foram executados de forma coordenada por três equipes de terroristas, afirmou o procurador da República de Paris, François Molins, neste sábado (14/11), na sequência do atentado que matou ao menos 129 pessoas em Paris na sexta-feira. Eles estavam armados com fuzis kalashnikov.

Segundo Molins, sete terroristas morreram nos ataques. Três se suicidaram nas proximidades do estádio Stade de France, detonando vestimentas explosivas. Outros três morreram no clube Bataclan. Também eles vestiam roupas com explosivos. Um terceiro se explodiu na boulevard Voltaire. Os investigadores suspeitam que alguns terroristas conseguiram fugir.

Apenas um dos terroristas que morreram no ataques foi identificado até o momento. Ele é um dos três atiradores que invadiram a casa de espetáculos Bataclan. Seu nome é Omar Ismaël Mostefaï, um cidadão francês de 29 anos e origem argelina.

Nascido na periferia de Paris em 22 de novembro de 1985, ele foi possui passagem policial por crimes menores, sem nunca ter sido preso. Mostefaï foi identificado por meio de uma impressão digital.

Segundo o jornal francês Le Monde, Mostefaï estava incluído na lista de radicais islâmicos do governo francês desde 2010. Além disso, ele passou três meses na Síria, entre 2013 e 2014, ainda de acordo com o relato do diário.

As investigações seguem as buscas por possíveis cúmplices. Seis parentes de Mostefaï estão sob custódia da polícia francesa para interrogatórios, entre eles o pai, um irmão e uma cunhada. "É uma coisa de louco, é loucura", disse o irmão, cinco anos mais velho do que Mostefaï, com a voz trêmula à agência de notícias AFP. "Ontem estava em Paris e vi o caos em que estava."

Ele contou que cortou laços com Mostefaï há vários anos e sabia que o irmão esteve envolvido em pequenos delitos, mas afirmou que nunca tinha imaginado que ele poderia ter se radicalizado. Pela última notícia que ele disse ter, Mostefaï havia ido para a Argélia com a família e a "filha pequena". "Faz muito tempo que não eu tinha notícias dele", acrescentou.

Passaporte sírio usado em rota migratória

Um passaporte sírio foi encontrado ao lado do corpo de um dos homens-bomba que se suicidou nos arredores do Stade de France. A polícia ainda investiga se o suicida e o titular do passaporte são a mesma pessoa.

Portal online sérvio Blic publicou um screenshot do passaporte sírio encontrado em Paris e registrado na Sérvio em 7 de outubroFoto: Blic

Autoridades gregas confirmaram que o titular do passaporte foi registrado como refugiado na ilha de Leros, em 3 de outubro. Pouco depois, o Ministério do Interior da Sérvia confirmou que o titular do passaporte entrou no país em 7 de outubro. O portal online sérvio Blic publicou a imagem do documento.

Kalashnikovs em carro e detenções em Bruxelas

A polícia francesa apreendeu dois veículos suspeitos de envolvimento nos ataques. Um Polo cinza, encontrado perto do Bataclan, foi alugado na Bélgica por um cidadão francês que mora no país, segundo autoridades belgas.

O suspeito de ter alugado este carro foi detido perto da fronteira entre os dois países, em outro veículo, com mais dois passageiros.

Além disso, a polícia belga realizou uma operação de apreensão e busca nos arredores de Bruxelas. Segundo autoridades, sete homens foram presos no distrito de Molenbeek, um reduto de imigrantes. Um deles é suspeito de ter estado em Paris na noite dos ataques.

Um investigador afirmou que dois dos terroristas mortos em Paris são franceses que viviam na Bélgica.

Um segundo veículo, um Seat preto, foi localizado em Montreuil, um subúrbio ao oeste da capital francesa. Nele, a polícia encontrou vários fuzis kalashnikovs, além de munição e impressões digitais. Cinco magazines de kalashnikov estavam cheios e 11 haviam sido usados, segundo o jornal Liberation. Testemunhas relataram terem visto um Seat preto nos tiroteios contra os bares e restaurantes.

PV/afp/rtr/ap/dpa/ots

Pular a seção Mais sobre este assunto

Mais sobre este assunto

Mostrar mais conteúdo