Investigadores buscam testemunhas da queda do voo MH17
31 de março de 2015
Pessoas que possam ter indícios de que um míssil atingiu a aeronave, que caiu no leste da Ucrânia em julho do ano passado, devem procurar a equipe de investigação. Está é a principal hipótese trabalhada, admitem peritos.
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A equipe internacional de investigação que busca as causas que levaram à queda do avião da companhia aérea Malaysia Airlines, em julho do ano passado, procura testemunhas que possam fornecer algum indício de que a aeronave foi atingida por um míssil antes de cair, no leste da Ucrânia.
Em nota divulgada nesta segunda-feira (30/03), investigadores convocaram pessoas "que possam contar mais sobre o transporte, a tripulação e o lançamento de um foguete Buk na região de Donbass, dias antes e depois da queda" do voo MH17.
O apelo está sendo feito também por meio de um vídeo que circula na internet e em canais de televisão. Ele traz imagens de um sistema de míssil sendo transportado em um caminhão no leste da Ucrânia antes e depois da queda do Boeing, e um áudio com conversas telefônicas entre combatentes rebeldes. O vídeo pede para quem tiver informações sobre os homens que transportavam os mísseis, ou que tenha tirado fotos ou filmado o caminhão, que entre em contato.
Peritos da Holanda, à frente das investigações, estão remontando os destroços da aeronave – 196 das 298 pessoas a bordo tinham nacionalidade holandesa.
Segundo os investigadores, quatro cenários possíveis estão sendo considerados, mas a teoria de que a aeronave foi atingida por um míssil é a principal. O porta-voz do grupo, Wim de Bruin, ressaltou, porém, que ainda não se chegou a nenhuma conclusão e afirmou que as investigações prosseguem.
O Boeing 777 decolou de Amsterdã com destino a Kuala Lumpur no dia 17 de julho, e caiu horas depois no leste ucraniano. Nenhum sinal de emergência foi enviado. Os destroços ficaram espalhados por uma área de 35 quilômetros quadrados. Na época, forças leais ao governo da Ucrânia e combatentes rebeldes pró-Rússia mantinham violentos e intensos confrontos na região.
Kiev e lideranças ocidentais acusam os separatistas de derrubar a aeronave com um míssil superfície-ar fornecido pela Rússia. Moscou nega as acusações, e diz que as tropas ucranianas são responsáveis pela tragédia.
MSB/rtr/afp/ap
A tragédia do voo da Germanwings
Um Airbus 320, que fazia a rota entre Barcelona e Düsseldorf, caiu nos Alpes franceses. Havia 144 passageiros, dois pilotos e quatro comissários a bordo. Não há sobreviventes.
Foto: Reuters/Diego Crespo/Moncloa
Copiloto derrubou avião
As gravações de áudio do cockpit indicam que o copiloto do voo 4U-9525 voluntariamente colocou o avião em rota de queda num momento em que o piloto havia se ausentado da cabine de comando. Andreas Lubitz, de 28 anos e nacionalidade alemã, não abriu a porta da cabine para que o piloto voltasse ao comando do Airbus A320.
Foto: picture alliance/landov
Sons dos últimos instantes
Em entrevista coletiva, o promotor de Marselha, Brice Robin, revela o conteúdo dos registros de áudio dos últimos minutos da aeronave. Até o avião se chocar contra o chão, "só era possível ouvir o som da respiração dele", informou, se referindo ao copiloto. "O tempo todo (da queda), ele não falou uma única palavra", acrescentou.
Foto: Pennant/AFP/Getty Images
Perplexidade
Thomas Winkelmann, presidente da Germanwings, e Carsten Spohr, presidente da Lufthansa durante entrevista coletiva. Executivos afirmam que notícia de que copiloto derrubou avião deixa empresa em estado de choque. "Não temos informação sobre o que teria motivado essa atitude terrível", afirmou Spohr. "Estamos diante de um enorme mistério."
Foto: Reuters/W. Rattay
Registros legíveis, apesar dos danos
Uma das caixas-pretas do Airbus 320 da Germanwings, encontrada no lugar da queda. Equipamento foi danificado pelo acidente. Porém, técnicos afirmaram que leitura de dados não ficou impossibilitada.
Foto: Reuters/BEA
Homenagem às vítimas
Presidente francês, François Hollande, chanceler alemã, Angela Merkel, e premiê espanhol, Mariano Rajoy, se encontraram em Seyne-les-Alpes e fizeram uma homenagem solene aos 150 mortos, nas proximidades da área onde o avião caiu.
Foto: Getty Images/P. Macdiarmid
Luto no colégio
Velas e cartaz com a pergunta "por quê"? expressam a consternação dos habitantes da pequena Haltern am See. Um grupo de 16 alunos e duas professoras de um colégio da cidade no norte da Alemanha retornava no voo acidentado da Germanwings de uma semana de intercâmbio na Espanha.
Foto: DW/J. Walter
Parentes buscam informações
Há muita tensão nos aeroportos de Barcelona e de Düsseldorf, onde parentes de passageiros buscam informações sobre o voo que caiu no sul da França. Equipes de atendimento emergencial estão de prontidão no aeroporto de Düsseldorf para dar assistência a parentes de vítimas. O aeroporto de Barcelona também colocou equipes à disposição de familiares.
Foto: DW/N. Martin
Líderes mobilizados
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, realizou um pronunciamento pela manhã. Ela afirmou que o acidente foi um "choque" e que viajará nesta quarta-feira ao local da queda da aeronave. Os governos de Alemanha, França e Espanha unirão esforços para ajudar no resgate e nos esclarecimentos sobre as causas da queda do voo 4U-9525.
Foto: Reuters/H. Hanschke
Contato perdido
De acordo com autoridades francesas, o avião emitiu um sinal de emergência às 10h47. O site flightradar24.com divulgou que o avião estava a 38 mil pés (11.582 metros), e o contato foi perdido a uma altura de 5 mil pés (1.524 metros).
Foto: Reuters/J.P. Pelissier
Área de difícil acesso
O porta-voz do Ministério francês do Interior, Pierre-Henry Brandet, confirmou que os destroços do avião foram localizados a 2 mil metros de altitude, nos Alpes. Ele afirmou que as buscas e as operações de resgate devem ser "extremamente longas e difíceis", pois o acidente ocorreu em uma área remota.
Foto: Reuters/J.P. Pelissier
Piloto tinha 6 mil horas de voo
O piloto tinha mais de dez anos de experiência e cerca de 6 mil horas de voo acumuladas. O Airbus 320 começou a cair um minuto depois de alcançar a velocidade de cruzeiro. O avião perdeu altitude continuamente durante oito minutos. Entre as vítimas há 67 alemães e 45 pessoas com sobrenome espanhol. A nacionalidade dos demais não foi divulgada.
Foto: picture-alliance/dpa/F. Christiansen
Pilotos não enviaram sinal de alerta
Segundo as autoridades francesas, os pilotos não enviaram qualquer alerta aos controladores. "Foi o controlador que enviou um alerta, porque havia perdido contato com o avião, por volta das 10h30", disse um porta-voz da Direção Geral de Aviação Civil.
A Germanwings confirmou o número de passageiros e tripulantes a bordo do voo 4U-9525: 144 passageiros e seis tripulantes. Um grupo de 16 estudantes e dois professores de uma escola na cidade de Haltern estava a bordo.
Foto: Reuters/J.P. Pelissier
De Barcelona para Düsseldorf
O Airbus 320 da Germanwings, subsidiária de baixo custo da Lufthansa, fazia o trajeto entre Barcelona, na Espanha, e Düsseldorf, na Alemanha. O acidente ocorreu na região Alpes-de-Haute-Provence, nos Alpes franceses. O avião seria uma das versões mais antigas do modelo A320 e teria sido entregue em 1990 pela Airbus para a Lufthansa.