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ConflitosIsrael

Irã nega envolvimento no ataque do Hamas a Israel

9 de outubro de 2023

Jornal dos EUA afirmou que o regime em Teerã, apoiador de longa data do Hamas, ajudou a planejar o ataque e deu luz verde para o seu início.

Veículos militares israelenses no norte do país, perto da fronteira com o Líbano
Militares israelenses no norte de Israel, onde o país foi atacado pelo Hisbolá, apoiado pelo IrãFoto: Jaöaa Marey/AFP/Getty Images

A missão do Irã na ONU negou neste domingo (08/10) envolvimento do país no ataque terrorista do grupo Hamas a Israel. O regime em Teerã declarou apoiar "de forma enfática e inequívoca a causa palestina", mas rejeitou envolvimento no ataque.

Horas antes, o americano The Wall Street Journal afirmara que Teerã ajudou a planejar o ataque desde agosto e deu luz verde para o seu início numa reunião realizada em Beirute na segunda-feira, 2 de outubro, citando como fontes membros de alto escalão do Hamas e da milícia xiita libanesa Hisbolá, que também é apoiada pelo Irã.

No domingo, o presidente iraniano, Ebrahim Raïssi, apelou aos "governos muçulmanos" para também declararem apoio ao Hamas. O líder iraniano fez a declaração depois de falar separadamente ao telefone com os líderes dos movimentos armados palestinos Hamas, Ismail Haniyeh, e Jihad Islâmica, Ziad al-Nakhala, que recebera, separadamente, em junho, em Teerã.

O Irã mantém relações estreitas com os dois movimentos palestinos e foi um dos primeiros países a saudarem a ofensiva do Hamas, lançada no sábado.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou à emissora NBC News que os Estados Unidos não têm qualquer prova de que o Irã esteja diretamente envolvido no ataque, seja no planejamento, seja na execução. Mas acrescentou que o Hamas "não seria o Hamas sem o apoio que recebeu por muitos anos do Irã".

Israel em estado de guerra declarada

Classificado pelos EUA e a União Europeia como terrorista, o grupo islâmico Hamas iniciou no sábado um ataque surpresa ao território israelense, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de terroristas armados.

No domingo, o Hisbolá, que é apoiado pelo Irã, disparou foguetes e artilharia contra três posições nas Fazendas de Shebaa, no norte de Israel, "em solidariedade" ao povo palestino.

As Fazendas de Shebaa, um pedaço de terra de 39 quilômetros quadrados, estão sob controle de Israel desde 1967. Tanto Síria quanto Líbano afirmam que as fazendas são libanesas.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que Israel está em guerra com o Hamas. O total de mortos nos dois lados do confronto já passa de 1.100 nesta segunda-feira.

as/av (Lusa, AFP, AP)

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