Irã viola limite de urânio estabelecido por acordo nuclear
1 de julho de 2019
Agência internacional confirma que Teerã cumpriu ameaça e quebrou regras estabelecidas em pacto de 2015. Governo iraniano diz que signatários europeus ofereceram muito pouco para convencer país a desistir do plano.
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O Irã ultrapassou o limite de seu estoque de urânio enriquecido estabelecido no acordo nuclear de 2015, afirmou o ministro do Exterior iraniano, Mohammad Javad Zarif, nesta segunda-feira (1º/07).
"Segundo as informações de que disponho, o Irã superou o limite de 300 quilos de urânio de baixo enriquecimento", disse Zarif à agência de notícias iraniana Isna. Esta representa a primeira violação oficial do acordo nuclear pelo Irã. Os EUA abandonaram o acordo no ano passado.
O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, confirmou a violação. "Podemos confirmar que o diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, informou [...] que a organização verificou que as reservas totais de urânio enriquecido do Irã excederam os 300 quilogramas de UF6 enriquecido em até 3,67%", disse um porta-voz da agência.
O enriquecimento de urânio em um nível baixo, de 3,67% de material físsil, é o primeiro passo num processo que pode eventualmente possibilitar que o Irã acumule urânio altamente enriquecido necessário para construir uma ogiva nuclear. Em meados do mês passado, o Irã sinalizou que deveria ultrapassar seu limite de estoque de urânio de baixo enriquecimento até o dia 27 de junho.
A quebra do limite de estoque de urânio enriquecido por si só não muda radicalmente o tempo de um ano que especialistas acreditam que o Irã precisaria para ter material suficiente para construir uma bomba atômica. O Irã tem insistido há bastante tempo que seu programa nuclear é somente para fins pacíficos, como a geração de energia, apesar dos temores do Ocidente.
Depois de conversas na última sexta-feira em Viena, o Irã afirmou que os signatários europeus ofereceram muito pouco em termos de assistência comercial para persuadir Teerã a desistir do plano de violar o limite de urânio enriquecido – uma resposta ao governo do presidente dos EUA, Donald Trump, que retirou seu país do acordo no ano passado e reinstituiu sanções econômicas.
O acordo nuclear entre o Irã e seis potências mundiais – EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha – suspendeu a maioria das sanções internacionais contra a República Islâmica em troca de restrições a seu programa nuclear.
No acordo nuclear, o Irã se comprometeu a não enriquecer urânio acima de 3,67%, cifra insuficiente para construir uma bomba atômica, mas que basta para produzir energia. Além disso, aceitou reduzir o seu estoque atual de cerca de dez toneladas de urânio com baixo enriquecimento para 300 quilos. Seu programa de enriquecimento de urânio ficou submetido a um amplo sistema de controle pelos próximos 20 anos. Teerã também aceitou diminuir o número total de centrífugas de 19 mil para cerca de 6 mil, e não conduzir pesquisas e desenvolvimentos relacionados com enriquecimento de urânio até 2030.
Em maio, Washington aumentou a pressão sobre Teerã ao ordenar que todos os países suspendessem as importações de petróleo iraniano. Desde então, as tensões têm crescido no Golfo Pérsico. Os EUA enviaram militares adicionais ao Oriente Médio e caças americanos chegaram a receber o comando de executar ataques aéreos no Irã, após o abatimento de um drone americano – o ataque foi cancelado na última hora.
Em discurso transmitido ao vivo nesta segunda-feira na televisão estatal, Zarif voltou a desafiar os EUA. "O Irã nunca cederá à pressão dos Estados Unidos. Se quiserem conversar com o Irã, devem mostrar respeito. Nunca ameace um iraniano. O Irã sempre resistiu à pressão e respondeu com respeito quando respeitado."
Trump pediu anteriormente por negociações com Teerã "sem condições prévias", mas o governo iraniano descartou participar de conversações até que os Estados Unidos retornem ao pacto nuclear e suspendam suas sanções econômicas.
O presidente da comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento Iraniano, Mojtaba Zolnour, alertou nesta segunda-feira que se os EUA atacarem seu país, Israel será destruído dentro de meia hora, segundo a agência semioficial Mehr.
PV/rtr/dpa/afp/ap
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Uma equipe internacional de investigadores acusou três russos e um ucraniano por envolvimento na queda do avião da Malaysia Airlines MH17 no leste da Ucrânia em 2014. Os quatro serão julgados por homicídio na Holanda em 2020. Os réus serão julgados pela autoria do ataque com míssil que derrubou o voo MH17. A queda causou a morte das 298 pessoas que estavam a bordo. (19/06)
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Ao fazer o gol que deu a vitória à seleção brasileira na partida contra a Itália, a atacante Marta se tornou a maior artilheira da história das Copas do Mundo, tanto na masculina quanto na feminina. A craque alcançou a marca de 17 gols em Mundiais, superando o recorde do alemão Miroslav Klose, que fez 16 gols em Copas ao longo de sua carreira. (18/06)
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Apagão na Argentina e Uruguai
Um grande apagão deixou toda a Argentina e o Uruguai sem energia elétrica. De acordo com a empresa argentina que administra o serviço, Edesur, o problema ocorreu devido a uma falha no sistema que interliga os dois países. Milhões de residências ficaram no escuro e grandes cidades ficaram paralisadas. Origem do problema está sendo investigada. (16/06)
Foto: AFP/A. Pagni
Notre-Dame celebra primeira missa após incêndio
A catedral de Notre-Dame, em Paris, foi palco da sua primeira missa dois meses após um incêndio devastador que destruiu o teto da construção medieval e danificou parte da estrutura. Vestido com um manto branco e capacete, o arcebispo de Paris Michel Aupetit liderou a cerimônia, que por razões de segurança contou com a participação de apenas 30 pessoas em uma capela da catedral. (15/06)
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Greve contra reforma da Previdência atinge 26 estados e DF
Serviços de metrô e ônibus ficaram parcialmente paralisados durante a greve geral convocada por centrais sindicais para protestar contra a reforma da Previdência. Segundo as centrais, ocorreram atos em mais de 300 cidades. Na avaliação de sindicalistas, o movimento foi exitoso, mas parlamentares da base de Bolsonaro classificaram paralisação como "um fiasco”. (14/06)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Milleo
Explosões em petroleiros dispara alerta no Estreito de Ormuz
Explosões causaram graves danos a dois navios petroleiros próximo ao Estreito de Ormuz, uma das principais rotas do comércio marítimo do mundo, gerando suspeitas ime-diatas de ataques. O incidente, o mais recente envolvendo supostos atentados contra petroleiros ocorreu próximo à costa do Irã. O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, acusou Teerã de ser "responsável" pelas explosões. (13/06)
Foto: ISNA
Centenas são presos em protesto contra abuso policial em Moscou
Pelo menos 400 manifestantes foram presos em Moscou durante um protesto contra abusos por parte da polícia. O estopim para o protesto foi a reviravolta na prisão do jornalista Ivan Golunov, que havia sido detido após ser falsamente acusado de tráfico de drogas. Gulunov foi libertado. As autoridades retiraram as acusações e ordenaram a suspensão dos policiais que haviam efetuado sua prisão. (12/06)
Foto: Reuters/S. Zhumatov
Alemanha avança para proibir "cura gay"
O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, afirmou que planeja proibir as "terapias de conversão sexual” em todo o país ainda neste ano por meio de um projeto de lei a ser enviado ao Parlamento. Embora não seja comum no país, a prática ainda persiste em algumas comunidades religiosas - são registrados em média mil casos por ano. "A homossexualidade não é uma doença", disse Spahn. (11/06)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/E. Contini
Queda de helicóptero em Nova York
Uma pessoa morreu devido à colisão de um helicóptero com o topo de um edifício em Nova York onde tentava fazer um pouso de emergência. O Departamento de Polícia informou que o acidente ocorreu às 13h43 no horário local numa região próxima à Times Square, um dos principais pontos turísticos da cidade. A queda provocou um incêndio no terraço do edifício. (10/06)
Foto: Reuters/B. McDermid
Estreia do Brasil na Copa do Mundo feminina
Mesmo sem contar com sua principal jogadora, a atacante Marta, que se recupera de lesão, o Brasil estreou na Copa do Mundo feminina com uma vitória sobre a Jamaica por 3 a 0, com três gols de Cristiane, em jogo realizado no Stade des Alpes, na cidade francesa de Grenoble. (09/06)
Foto: Getty Images/Elsa
Visita-surpresa a Bagdá
O ministro alemão do Exterior, Heiko Maas, visitou o Iraque para debater as tensões entre o Irã e os EUA. Parte de um giro de quatro dias pelo Oriente Médio, a viagem não fora previamente anunciada por considerações de segurança: "Há um nítido perigo de erros de cálculo, mal-entendidos, provocações, gerando consequências imprevisíveis nesta região altamente tensa", explicou Mass. (08/06)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Fischer
Turismo na estação espacial
A Nasa anunciou que abrirá a Estação Espacial Internacional (ISS) para turistas a partir de 2020. A passagem de ida e volta para o espaço custará aproximadamente 58 milhões de dólares. Além do transporte, os turistas precisarão arcar com o valor da diária na ISS, que sairá por 35 mil dólares para viagens de até 30 dias e incluiu a acomodação e todas as refeições. (07/06)
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Macri recebe Bolsonaro em Buenos Aires
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu em Buenos Aires com homólogo argentino, Mauricio Macri. Após o encontro, os líderes garantiram que a assinatura de um acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul é iminente. Bolsonaro sugeriu ainda apoio à reeleição do argentino e diz que toda a América do Sul teme o surgimento de "novas Venezuelas". (06/06)
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Os 75 anos do Dia D
Líderes de 16 países, entre eles a rainha Elizabeth 2ª, Donald Trump, Emmanuel Macron e Angela Merkel, se reuniram na base naval britânica de Portsmouth para celebrar o 75º aniversário do Dia D. A cerimônia também contou com a presença de cerca de 300 veteranos sobreviventes da notória invasão da Normandia em 6 de junho de 1944. (05/06)
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Vigília em Hong Kong lembra massacre
Milhares de pessoas realizaram uma vigília em Hong Kong para lembrar os 30 anos da repressão sangrenta por parte das forças de segurança chinesas contra manifestantes pró-democracia na Praça da Paz Celestial, em Pequim. O aniversário da repressão não é tratado abertamente na China e não é lembrado formalmente pelo governo. A vigília é a maior realizada em solo chinês. (04/06)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou sua segunda viagem oficial ao Reino Unido. Trump foi recebido pela rainha Elizabeth 2ª, pelo príncipe Charles e sua esposa, Camilla, no Palácio de Buckingham. A monarca ofereceu um jantar de Estado em homenagem ao presidente. (03/06)
Foto: Reuters/V. Jones
Renúncia social-democrata abala Alemanha
A presidente do Partido Social-Democrata (SPD), Andrea Nahles (foto), anunciou que vai renunciar à liderança da mais antiga legenda da Alemanha e ao posto de chefe de bancada no Parlamento. A decisão vem em meio a um terremoto político na Alemanha. Parceiro de coalizão do partido da chanceler federal Angela Merkel, o SPD vem acumulando reveses eleitorais nos últimos anos. (02/06)
Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld
Protesto contra Israel em Berlim
O protesto anual contra Israel, no Dia de Al-Quds, reuniu cerca de 1,2 mil pessoas em Berlim. O número de manifestantes ficou abaixo do esperado pelos organizadores. Neste ano, a manifestação encontrou resistência. Duas marchas contrárias ao Al-Quds e em apoio a Israel foram realizadas na cidade e contaram com mais de mil pessoas. (01/06)