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Iraque afirma ter matado importante aliado do EI

17 de abril de 2015

Izzat Ibrahim al-Douri, ex-braço direito de Saddam Hussein e hoje adepto do "Estado Islâmico", teria sido morto em operação próxima à cidade de Tikrit. Porta-voz do antigo partido do regime diz que afirmação é falsa.

Der ehemalige irakische General Izzat Ibrahim al-Douri
Foto: picture alliance/AP Photo/Mohammed

O governo do Iraque afirmou nesta sexta-feira (17/04) acreditar que Izzat Ibrahim al-Douri, homem de confiança do ex-ditador Saddam Hussein, foi morto durante uma operação de tropas iraquianas com milícias xiitas em áreas ocupadas pelo grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI). A informação foi confirmada pelo governador da província de Salahuddin, Raed al-Jabouri, a uma emissora de televisão. Fotos de um corpo supostamente de Douri seriam a prova de que ele está morto.

Procurado por mais de uma década, desde a queda do regime de Hussein, Douri é um dos principais aliados dos jihadistas no Iraque. Testes de DNA estão sendo realizados para confirmar a identidade do homem morto na operação militar nas montanhas de Talal Hamreen, no leste de Tikrit, cidade recém-retomada pelos iraquianos das mãos do EI.

No entanto, um porta-voz do antigo partido Baath, do qual Saddam Hussein era membro, afirmou que a informação divulgada pelo canal iraquiano de televisão al-Hadath é falsa. Esta, inclusive, não é a primeira vez que Bagdá declara ter capturado ou matado Douri.

O "Estado Islâmico" conta com a simpatia de antigos aliados sunitas de Hussein. A confirmação da morte de Douri deverá ser um golpe na insurgência sunita na região, composta pela aliança entre ex-oficiais baathistas e combatentes jihadistas.

Logo após a invasão americana no Iraque, em 2003, Douri, que ocupava o segundo cargo mais importante do país, depois de Saddam Hussein, passou a ser o sexto mais procurado pelos EUA, com uma recompensa de 10 milhões de dólares por sua captura. Ele é acusado de orquestrar movimentos rebeldes que surgiram entre 2005 e 2007.

Carro-bomba em Erbil

A informação da possível morte de Douri, que teria jurado fidelidade aos jihadistas no ano passado, ocorre num o momento em que forças iraquianas aumentam a pressão para expulsar os jihadistas da província de Salahuddin – onde Tikrit, cidade natal de Hussein, está localizada. Tropas do governo recuperaram várias cidades próximas da maior refinaria de petróleo do país, na província de Beiji, segundo informações das autoridades.

Nesta sexta-feira, um carro bomba explodiu perto do consulado americano na cidade de Erbil, no norte do Iraque, n um raro ataque na capital da zona autônoma curda. Ao menos três pessoas foram mortas e outras cinco ficaram feridas na explosão. De acordo com autoridades dos EUA, não houve mortes entre pessoal do consulado ou guardas do prédio.

Segundo a agência de notícias AP, a forte explosão ocorreu num café próximo ao prédio do consulado. Vários carros ficaram em chamas. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque pouco depois, de acordo com o grupo que acompanha páginas na internet ligadas a militares islâmicos.

Também nesta sexta-feira, o EI avançou sobre Ramadi, capital da província de Anbar, no oeste do Iraque. Os militantes chegaram a ocupar a Grande Mesquita, retomada pouco depois pelas tropas do governo. Mas eles estariam com o controle do complexo do governo e do comando militar, segundo um líder da tribo Albu Olwan.

MSB/rtr/ap/dpa

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