Islândia bloqueia envio de gás lacrimogêneo à Venezuela
25 de outubro de 2017
Avião com 16 toneladas do produto provenientes da China faria escala em solo islandês. Para justificar medida, governo afirma que "direitos humanos fundamentais não são respeitados" no país sul-americano.
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O Ministério dos Transportes e o governo da Islândia bloqueou o transporte de 16 toneladas de gás lacrimogêneo provenientes da China para a Venezuela.
Segundo o portal de notícias Panam Post, citando informações do governo islandês, um avião que transportaria a carga solicitou um pedido para fazer uma escala no aeroporto de Keflavik, mas as autoridades locais instruíram a Agência de Transportes do país a negar o pedido.
O Ministério recomenda que a agência "rechace as consultas mencionadas sobre a transferência itens militares através do território islandês", afirmando que a Venezuela é uma "zona vulnerável onde os direitos humanos fundamentais não são respeitados".
Não se sabe se a aquisição do produto pela Venezuela ocorreu recentemente ou se faz parte de um acordo mais antigo do país com a China.
Este não é o primeiro carregamento de gás lacrimogêneo para a Venezuela a ser bloqueado por um país estrangeiro. Em julho, o Brasil embargou a exportação do produto, negociada por uma empresa sediada no Rio de Janeiro, para o país vizinho, mencionando o "massacre" promovido pelo regime do presidente Nicolás Maduro.
RC/ots
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Máscaras refletem ira popular na Venezuela
Milhares de pessoas vão quase diariamente às ruas do país latino-americano desde o início de abril, em protesto contra o governo de Nicolás Maduro. As máscaras antigás que portam são também expressão de sua revolta.
Foto: Reuters/C. Veron
Mensagem pela liberdade
Há meses, a oposição se engaja por um processo de impeachment contra Maduro e exige eleições antecipadas. Por sua vez, o presidente acusa seus adversários de planejar um golpe de Estado.
Foto: Reuters/C.G. Rawlins
Caretas de ira
As máscaras não apenas defendem os manifestantes contra o gás lacrimogêneo e os jatos d'água das forças de segurança, mas também expressam a ira popular nas ruas.
Foto: Reuters/C.G. Rawlins
Com máscara antigás contra Maduro
A população venezuelana responsabiliza o chefe de Estado Nicolás Maduro pela crise política e econômica no país. Os choques de rua entre manifestantes e forças de segurança são frequentes.
Foto: Reuters/C.G. Rawlins
Proteção improvisada
Nas batalhas de rua quase diárias, os opositores do governo socialista de Maduro se protegem da polícia com máscaras antigás improvisadas em casa.
Foto: Reuters/C.G. Rawlins
Horror nas ruas
Os choques entre polícia e manifestantes já custaram mais de 50 vidas, com a violência irrompendo até mesmo durante uma passeata de luto pelas vítimas.
Foto: Reuters/C. Veron
Futuro obscuro
Parte dos manifestantes não vai às ruas antes de se prevenir contra o gás lacrimogêneo e os canhões d'água. O resultado são verdadeiros uniformes de combate.
Foto: Reuters/C.G. Rawlins
Plástico contra o gás
O mais importante é proteger os olhos e o rosto. Para esse fim, serve até mesmo uma garrafa de plástico, como no caso deste manifestante.
Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Llano
Fantasma da revolta
Este manifestante usa uma máscara antigás em forma de fantasma diante de um caminhão do governo incendiado.
Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Llano
Protestos sem fim previsto
Desde o início de abril, os embates de rua entre manifestantes e policiais são quase diários na Venezuela. E não há como prever o fim dessa luta.