Militares confirmam ação sem dar detalhes. Imprensa israelense afirma que alvo foi avião não tripulado vindo da Síria. Incidente ocorre após regime de Assad acusar Israel de atacar armazém de armas perto de Damasco.
Anúncio
Após a Síria acusar Israel de atacar uma instalação militar perto de Damasco, a artilharia antiaérea israelense abateu nesta quinta-feira (27/04) um alvo nas Colinas de Golã que se aproximava do norte do país.
"O sistema de defesa antiaérea Patriot interceptou um alvo sobre as Colinas de Golã", disse um porta-voz militar, acrescentando que as autoridades estão investigando o tipo de aeronave envolvida e sua procedência. O exército israelense evitou dar detalhes sobre o incidente.
Porém, segundo a imprensa israelense, o alvo seria um avião não tripulado vindo da Síria. As autoridades estariam verificando se a aeronave abatida seria russa e teria se confundido no trajeto, ou síria.
O incidente aconteceu horas depois de o exército sírio acusar Israel por uma explosão registrada nesta quinta-feira perto do aeroporto de Damasco, no terceiro incidente deste tipo que ocorre em menos de uma semana. O ataque teria atingido um depósito de armas e munições operado pelo grupo xiita libanês Hisbolá, aliado do regime de Bashar al-Assad.
Israel evitou comentar as acusações, em linha com sua habitual postura de não confirmar nem desmentir os ataques dos quais é acusado pela Síria. Desde 2013, o país tem efetuado ataques a alvos sírios e do Hisbolá.
As Colinas de Golã, território sírio que está, em parte, ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias de 1967, são palco de tensão desde que se iniciou em 2011 o conflito armado na Síria.
CN/efe/lusa/ap/dpa
Aleppo antes e depois da guerra na Síria
A cidade síria era uma metrópole vibrante e popular entre os turistas, além de ser o centro econômico do país. Hoje, o leste de Aleppo está em ruínas. Imagens mostram os efeitos da guerra civil.
Grande Mesquita de Aleppo (antes)
Em 2010, as insurreições no mundo árabe ainda não haviam chegado à Síria e à famosa Grande Mesquita de Aleppo. Construído no ano 715, o local de culto é considerado um dos Patrimônios Mundiais da Humanidade.
Foto: Reuters/K. Ashawi
Grande Mesquita de Aleppo (depois)
A mesquita foi seriamente danificada nos combates em 2013. Do século 11, o minarete foi destruído em 24 de março de 2013. Hoje, a joia histórica lembra mais uma ruína abandonada.
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Hamam El Nahasin (antes)
No outono de 2010, visitantes podiam descansar após um longo banho neste hamam – também conhecido como banho turco – localizado na parte antiga da cidade de Aleppo.
Foto: Reuters/K. Ashawi
Hamam El Nahasin (depois)
Seis anos depois, o hamam não irradia mais tranquilidade e relaxamento, mas sim as consequencias da guerra.
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Cidadela (antes)
A cidadela de Aleppo é uma das maiores e mais antigas fortalezas do mundo. Grande parte dos edifícios data do século 13.
Foto: Reuters/S. Auger
Cidadela (depois)
Grande parte da antiga atração turística foi destruída. Hoje, a edificação se destaca com um ar sombrio na parte velha da cidade.
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Cidade Antiga (antes)
Cercadas por luzes coloridas, pessoas aproveitam o início da noite em cafés localizados na parte antiga da cidade de Aleppo, em 24 de novembro de 2008.
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Cidade Antiga (depois)
Em 13 de dezembro de 2016, a parte antiga da cidade de Aleppo se transformou em ruínas.
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Centro comercial Shahba (antes)
Presentes fazem parte da decoração de Natal do shopping Shahba, em dezembro de 2009. O centro comercial de cinco andares foi inaugurado em 2008 e era um dos maiores do país.
Foto: Reuters/K. Ashawi
Centro comercial Shahba (depois)
"Permanentemente fechado" diz uma mensagem quando alguém digita o nome do shopping no Google. O centro comercial foi seriamente atingido por ataques aéreos em 2014.
Foto: Reuters/A. Ismail
Mercado al-Zarab (antes)
A iluminação da entrada do mercado localizado na parte antiga de Aleppo ainda reluzia em 2008.
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Mercado al-Zarab (depois)
Em dezembro de 2016, vê-se a entrada do mercado quase totalmente destruída.