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Israel anuncia congelamento de planos para novos assentamentos

13 de novembro de 2013

Após protestos dos palestinos e impasse diplomático com americanos, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, paralisa planos para a construção de mais de 20 mil habitações nas colônias da Cisjordânia ocupada.

Foto: Gali Tibbon/AFP/Getty Images

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, interrompeu repentinamente na terça-feira (12/11) um projeto para a construção de novos assentamentos na Cisjordânia. Netanyahu afirmou que a proposta havia criado um "confronto desnecessário" com a comunidade internacional e que os planos poderiam chegar a enfraquecer a sua campanha contra o controverso programa nuclear iraniano, já que foram anunciados "num momento em que estamos fazendo um esforço para persuadir a comunidade internacional a conseguir um acordo melhor com o Irã."

O plano anunciado também na terça-feira pelo ministro israelense da Habitação, Uri Ariel, provocou fortes protestos pelo lado palestino, que ameaçou abandonar as negociações de paz intermediadas pelos Estados Unidos, como também duras críticas de autoridades em Washington, que afirmaram terem sido pegas de surpresa pelos planos israelenses.

Na noite de terça-feira, o primeiro-ministro Netanyahu anunciou uma reavaliação dos planos de construção de 20 mil habitações na Cisjordânia, divulgados anteriormente pela imprensa israelense. Em declaração, Netanyahu afirmou que os planos teriam sido publicados pelo Ministério da Habitação sem o seu conhecimento e que o ministro Ariel havia aprovado a análise da proposta.

Segundo a declaração, a proposta divulgada tratava apenas de planos de construção em potencial e não de projetos já em fase de planejamento para execução.

Vista geral da construção de habitações no assentamento de Carmel, na CisjordâniaFoto: picture-alliance/dpa

Crise com EUA

Nesta quarta-feira, o negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, reiterou a advertência de um "fim oficial das negociações de paz" caso a proposta israelense venha a ser concretizada. Erekat declarou a jornalistas que, após a volta do presidente palestino, Mahmoud Abbas, do Egito nesta quarta-feira, haveria necessidade urgente de uma reunião para avaliar os recentes acontecimentos.

Entre outras medidas, os palestinos estariam cogitando levar a questão para o Conselho de Segurança da ONU. Segundo o negociador-chefe palestino, Abbas teria conversado com o secretário de Estado americano, John Kerry, sobre o assunto.

Na terça-feira em Washington, a porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki, afirmou que os Estados Unidos estariam "muito preocupados" com os últimos relatos. "Fomos pegos de surpresa pelo anúncio e estamos, no momento, tentando conseguir explicações mais detalhadas do governo de Israel."

Segundo Psaki, não houve mudanças na posição americana na questão: "Nós não aceitamos a legitimidade da continuidade das atividades de assentamento."

CA/dpa/ap

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