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Israel aprova construção de novo assentamento na Cisjordânia

31 de março de 2017

Conselho de Segurança israelense libera pela primeira vez em quase 20 anos construção de assentamento. Segundo Netanyahu, projeto abrigará colonos que perderam casas por ordem judicial.

Casas são construídas em assentamento israelense na Cisjordânia
Casas são construídas em assentamento israelense na CisjordâniaFoto: picture-alliance/newscom/D. Hill

Pela primeira vez em quase 20 anos, o Conselho de Segurança do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu aprovou nesta quinta-feira (30/03) a construção de um novo assentamento na Cisjordânia. O local abrigará colonos que tiveram suas casas demolidas por ordem judicial no início do ano.

Netanyahu afirmou que a decisão foi aprovada por unanimidade e anunciou que a colônia para substituir a de Amona será construída próximo à cidade palestina de Ramallah. Esse será o primeiro assentamento construído na Cisjordânia desde 1999.

Amona foi evacuada em fevereiro por ordem judicial, depois de o Supremo Tribunal de Israel considerar que as casas foram construídas ilegalmente em território privado palestino. Depois desta decisão, Netanyahu prometeu um novo assentamento para abrigar os colonos israelenses.

Israel declarou ainda nesta quinta-feira como terras estatais cerca de 90 hectares ao redor dos assentamentos Adei Ad, Guivat Haroe e Ali, para resolver questões legais, segundo disse em comunicado.

A comunidade internacional e os palestinos consideram ilegais qualquer atividade nos territórios ocupados por Israel na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Numa resolução aprovada em dezembro, o Conselho de Segurança da ONU exigiu que Israel parasse de construir em territórios palestinos ocupados.

Cerca de 350 mil israelenses vivem na Cisjordânia, e outros 200 mil em Jerusalém Oriental, cujo controle foi assumido por Israel após a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

O avanço israelense na Cisjordânia ameaça uma coexistência pacífica entre israelenses e palestinos, solução defendida pela comunidade internacional para dar fim ao conflito.

CN/ap/efe/rtr

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