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Israel constrói nova barreira em fronteira com Gaza

3 de fevereiro de 2019

Estrutura deverá ter seis metros de altura e 65 quilômetros de extensão. Premiê diz que muro visa evitar passagem de terroristas. Naquela área fronteiriça, 240 palestinos já foram mortos desde março.

Cerca na fronteira em Israel e a Faixa de Gaza
Cerca na fronteira em Israel e a Faixa de Gaza deve ser substituída por muro de seis metros de alturaFoto: picture-alliance/Zumapress/A. Hasaballah

Israel começou a construir uma nova barreira entre seu território e a Faixa de Gaza, informou neste domingo (03/02) o escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

"Durante o fim de semana, começamos a construir a barreira acima do nível do solo ao longo da fronteira de Gaza", afirmou Netanyahu na reunião semanal de seu gabinete de governo, segundo nota oficial. "Ela evitará que os terroristas de Gaza penetrem no nosso território", complementou o chefe de governo.

O jornal The Jerusalem Post noticiou que a nova barreira, construída com cimento e com cerca de seis metros de altura, substituirá a atual cerca fronteiriça com a Faixa de Gaza. A área se encontra sob bloqueio israelense desde que o movimento islamista Hamas tomou o controle do enclave em 2007.

Netanyahu não deu maiores detalhes sobre a construção, mas o Ministério da Defesa de Israel anunciou em nota que a estrutura começou a ser levantada na quinta-feira. Ela deve seguir o curso de 65 quilômetros de uma barreira subterrânea, que também se encontra em construção e se destina a neutralizar as ameaças de túneis para burlar a fronteira, construídos por militantes da Faixa de Gaza.

Neste domingo, cinco palestinos procedentes de Gaza, alguns deles armados com facas e alicates, foram detidos pelo Exército israelense nas imediações do perímetro do enclave, de acordo com informações do jornal Times of Israel.

Protestos de palestinos na fronteira entre Gaza e IsraelFoto: Reuters/I.A. Mustafa

"Também gostaria de deixar algo claro: se não for mantida a calma em Gaza, tomaremos decisões inclusive no período eleitoral e não hesitaremos em atuar", advertiu Netanyahu diante de sua equipe de governo, em referência aos próximos pleitos gerais previstos para 9 de abril.

A zona fronteiriça entre Israel e Gaza foi palco de mobilizações da Grande Marcha do Retorno, que convoca os palestinos a comparecerem à fronteira para protestar contra o bloqueio e reivindicarem o direito ao retorno dos refugiados palestinos. Desde março, 240 palestinos morreram no local, segundo números do Ministério da Saúde.

Também morreram um soldado israelense na área fronteiriça com a Faixa de Gaza e outro durante uma operação encoberta do Exército.

Israel acusa o Hamas de instigar os protestos e usá-los para danificar a cerca e se infiltrar no país para cometer ataques.

MD/efe/afp

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