Israel deixa de exigir máscara em ambientes fechados
15 de junho de 2021
Nova regra tem exceções, como em aviões e asilos. Com a campanha de vacinação contra a covid-19 mais avançada do mundo, país já havia retirado obrigatoriedade da proteção facial ao ar livre em abril.
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Em Israel não é mais obrigatório usar máscaras em ambientes fechados. O país com a campanha de vacinação mais avançada do mundo decidiu retirar uma de suas últimas restrições da pandemia nesta terça-feira (15/06). A obrigatoriedade de uso de máscaras ao ar livre já havia sido suspensa em abril.
A medida foi adotada devido ao número persistentemente baixo de novas infecções pelo coronavírus. Mas há exceções: o uso de máscaras em aviões e a caminho da quarentena ainda é compulsório, e indivíduos não vacinados devem manter a proteção facial em lares de idosos e outras instalações de saúde de longa permanência, assim como funcionários em unidades de saúde.
Quase 60% da população de 9,3 milhões de habitantes já recebeu as duas doses da vacina em Israel, segundo o site Our World in Data. O estágio avançado na campanha de imunização permitiu a reabertura completa de escolas e do comércio. Atualmente, o país possui apenas algumas poucas dezenas de pacientes em tratamento contra a covid-19.
De acordo com dados do Ministério da Saúde israelense, o número de pacientes que morreram em decorrência do coronavírus diminuiu drasticamente em junho, chegando a registrar no máximo uma morte por dia. Ao mesmo tempo, a curva de infecção está cada vez mais achatada, após ter caído abruptamente em fevereiro e março. Nas últimas 24 horas, foram registrados apenas quatro novos casos.
No entanto, as autoridades israelenses se mantêm cautelosas sobre receber visitantes estrangeiros devido a preocupações com novas variantes. Israel deu as boas-vindas ao seu primeiro grupo turístico no final do mês passado. Todos os turistas precisam apresentar um comprovante de vacinação e fazer um teste na chegada ao país.
Desde o início da pandemia, Israel registrou quase 840 mil casos de covid-19 e pouco mais de 6.400 mortes ligadas à doença, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. Embora o país tenha iniciado sua campanha de vacinação em 19 de dezembro, os recordes de infecções e mortes diárias foram registrados ambos em janeiro: 11.934 casos no dia 27, e 101 óbitos no dia 20.
pv/ek (AP, Reuters, DPA)
As vacinas contra covid-19 aprovadas na UE
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) liberou cinco imunizantes para combater a pandemia causada pelo vírus Sars-Cov-2. Saiba de onde vêm e como funcionam.
Foto: Christof STACHE/AFP
Pfizer-Biontech (BNT162b2)
Desenvolvida pela alemã Biontech e produzida pela americana Pfizer, é uma vacina de RNA mensageiro (mRNA). Seu princípio é fazer o próprio corpo produzir a proteína do vírus. Depois que o material é injetado no corpo humano, ele instrui o organismo a produzir a proteína, incentivando a fabricação de anticorpos contra Sars-Cov-2. O produto exige a aplicação de duas doses.
Foto: Liam McBurney/REUTERS
AstraZeneca (AZD1222 ou ChAdOx1 nCoV-19)
A tecnologia usada chama-se vetor viral recombinante, que usa um adenovírus incapaz de causar doenças. No corpo humano, a vacina incentiva a produção da proteína do coronavírus, que o sistema imune reconhece como ameaça e destrói. Quando o Sars-Cov-2 infecta o organismo de verdade, o corpo reconhece e combate o vírus. São necessárias duas doses.
Foto: Marco Passaro/Independent Photo Agency Int./imago images
Moderna (mRNA-1273)
Também usa a tecnologia de RNA mensageiro, que imita a proteína spike, específica do vírus Sars-CoV-2, que ajuda na invasão das células humanas. A cópia não é nociva como o vírus, mas desencadeia uma reação das células do sistema imune. Ela também deve ser aplicada em duas doses. Como todas as vacinas contra covid-19, é aplicada em forma de injeção intramuscular.
Foto: Markus Mainka/dpa/picture-alliance
Janssen, da Johnson&Johnson (Ad26.COV2-S)
O produto da farmacêutica Janssen exige a aplicação de apenas uma dose. Sua tecnologia é baseada em vetores de um tipo de vírus que causa resfriado comum. Na vacina, parte da proteína das espículas do vírus é colocada no adenovírus (que é o transportador). No corpo vacinado, inicia-se um processo de defesa, com a produção de anticorpos contra o invasor e a criação de uma "memória" contra o vírus.
Foto: Michael Ciaglo/Getty Images
Nuvaxovid, da Novavax (NVX-CoV2373)
A quinta vacina aprovada pela União Europeia contra o coronavírus é a Nuvaxovid, fabricada pela americana Novavax. Ela é baseada em proteínas, ou seja, contém pequenas partículas proteicas do vírus Sars-CoV-2 produzidas em laboratório. Com isso, as proteínas atuam como anticorpos neutralizantes e, assim, bloqueiam o vírus causador de covid-19.