Israel intercepta flotilha rumo a Gaza com Greta Thunberg
Publicado 1 de outubro de 2025Última atualização 3 de outubro de 2025
Embarcações tentavam levar ajuda humanitária ao enclave palestino. Israel diz que ativistas, entre os quais alguns brasileiros, estão "seguros e saudáveis", e que já começou a deportá-los. Ação gerou protestos na Europa.
Em registro do dia 2 de outubro, ativistas a bordo de um barco da Flotilha Sumud são interceptados por forças israelensesFoto: Global Sumud Flotilla/REUTERS
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A marinha israelense interceptou nesta sexta-feira (03/10) o último barco da flotilha internacional que transportava ativistas de vários países rumo à Faixa de Gaza, na tentativa de entregar ajuda humanitária à população do território palestino.
Em comunicado, a Flotilha Global Sumud afirmou que os militares israelenses haviam "interceptado ilegalmente todos as nossas 42 embarcações – cada uma carregando ajuda humanitária, voluntários e a determinação de furar o cerco ilegal de Israel sobre Gaza".
As autoridades israelenses afirmam ter detido mais de 400 ativistas, políticos, personalidades e jornalistas que estavam a bordo da flotilha, incluindo a ativista climática sueca Greta Thunberg. O grupo havia partido da Espanha no mês passado.
Após uma parada de 10 dias na Tunísia, onde os organizadores relataram dois ataques de drones a embarcações da flotilha, o grupo retomou sua jornada em 15 de setembro. Um de seus principais navios, o Alma, foi "agressivamente cercado por um navio de guerra israelense", informou o grupo, antes que outra embarcação, o Sirius, fosse submetida a "manobras de assédio semelhantes".
As embarcações começaram a ser interceptadas na quarta-feira a cerca de 70 milhas náuticas (129 quilômetros) da costa de Gaza, segundo os organizadores, que compartilharam o posicionamento geográfico da flotilha em tempo real.
"Por volta das 20h30, horário de Gaza [14h30 no horário de Brasília], várias embarcações da Flotilha Global Sumud, incluindo a Alma, a Sirius e a Adara, foram interceptadas ilegalmente e abordadas pelas forças de ocupação israelenses em águas internacionais", informou em nota a organização da flotilha.
"Além das interceptações confirmadas, transmissões ao vivo e comunicações com várias outras embarcações foram perdidas."
Os ativistas relataram que as forças navais israelenses utilizaram "agressão ativa" contra sua frota. "O navio Flórida foi deliberadamente abalroado no mar. [As embarcações] Yulara, Meteque e outras foram alvos de canhões de água", disse a Flotilha Global Sumud em publicação no Telegram, acrescentando que todos a bordo saíram ilesos.
Tel Aviv: ativistas estão "seguros e saudáveis"
O Ministério do Exterior de Israel confirmou em comunicado na quarta-feira que "vários navios da flotilha de ajuda humanitária a Gaza foram parados e seus passageiros estão sendo transferidos para um porto israelense".
"Greta e seus amigos estão seguros e saudáveis", disse a pasta em postagem no X juntamente com um vídeo que parecia mostrar a ativista sueca ao lado de vários militares israelenses mascarados e armados.
Israel já havia alertado a flotilha para que não se aproximasse da região. "A Marinha israelense entrou em contato com a [...] flotilha e pediu que mudassem de curso", afirmou o Ministério do Exterior de Israel, em nota. "Israel informou à flotilha que eles estavam se aproximando de uma zona de combate ativa e violando um bloqueio naval legal."
A Espanha e a Itália, que enviaram escoltas navais, pediram que os navios interrompessem seu curso antes de entrar na zona de exclusão declarada por Israel, ao largo de Gaza.
A flotilha, no entanto, havia prometido prosseguir com sua tentativa de entregar ajuda ao território palestino, apesar do que chamou de táticas de "intimidação" por parte do Exército israelense.
Na sexta-feira, o ministério israelense do Exterior anunciou a deportação de quatro italianos. "O restante está no processo de deportação. Israel deseja terminar esse procedimento o mais rápido possível."
Ávila é cofundador do movimento ecológico Bem Viver no Brasil. Na viagem anterior de outra flotilha humanitária, também barrada pelos israelenses em julho, a atuação de Ávila foi alvo de críticas de publicações pró-Israel, que destacaram negativamente a participação anterior do ativista no funeral de Hassan Nasrallah, o líder máximo do Hezbollah, e um discurso em um evento no Irã.
A Flotilha Global Sumud tinha o objetivo de romper o bloqueio naval israelense ao território palestino.Foto: Stefanos Rapanis/REUTERS
Também estavam no grupo a deputada federal Luizianne Lins, a vereadora de Campinas Mariana Conti (Psol), a presidente do Psol no Rio Grande do Sul, Gabrielle Tolotti, o médico Mohamad El Kadri, coordenador do Fórum Latino Palestino, e outros militantes pró-Palestina como Magno de Carvalho Costa, dirigente Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp).
Em nota divulgada na quarta-feira, o governo brasileiro afirmou acompanhar com preocupação o caso e disse que "deplora a ação militar do governo de Israel, que viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica".
O Itamaraty também exigiu o "levantamento imediato e incondicional de todas as restrições israelenses à entrada e distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, em consonância com as obrigações de Israel, como potência ocupante, à luz do direito internacional humanitário".
Protestos na Europa em reação
Manifestantes pró-palestinos protestaram contra a interceptação da flotilha em cidades da Europa, bem como em Buenos Aires, na Argentina, e na Cidade do México. Na Itália, dezenas de milhares saíram às ruas na sexta-feira como parte de uma greve geral convocada por sindicatos em apoio aos ativistas detidos por Israel – 40 deles são cidadãos italianos.
A greve afetou largamente a malha ferroviário em todo o país e o transporte público em grandes cidades como Milão e Roma. Há protestos marcados em diversas cidades italianas, inclusive para o sábado.
Houve protestos na Itália (foto) e também em Espanha, França e AlemanhaFoto: Matteo Minnella/REUTERS
Na quinta-feira, um vídeo que circulava nas redes sociais mostrava o ministro israelense de Segurança Nacional, o ultradireitista Itamar Ben-Gvir, dirigindo-se aos ativistas e chamando-os de "terroristas da flotilha".
O presidente colombiano, Gustavo Petro, expulsou na quarta-feira todos os diplomatas israelenses restantes no país devido à interceptação da flotilha. Petro rompeu relações com Israel no ano passado, mas quatro diplomatas ainda permaneciam no país. O presidente disse que duas mulheres colombianas foram detidas por Israel em "águas internacionais" e pediu sua "libertação imediata"
O Ministério do Exterior da Turquia condenou a interceptação dos barcos como um "ato de terrorismo" e uma grave violação do direito internacional. Em um comunicado, o órgão afirmou que estava tomando iniciativas para garantir a libertação imediata de cidadãos turcos e outros passageiros detidos pelas forças israelenses.
"Devemos lembrar que se trata de uma missão humanitária que não estaria acontecendo se o governo israelense tivesse permitido a entrada de ajuda", afirmou o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, nesta quarta-feira, acrescentando que os cidadãos espanhóis que estavam na flotilha receberão total proteção diplomática.
O grupo islamista Hamas classificou a interceptação como um "crime de pirataria e terrorismo marítimo contra civis", e instou "todos os defensores da liberdade no mundo" a denunciá-la.
A ação israelense "em águas internacionais, bem como a prisão de ativistas e jornalistas" a bordo dos navios "constitui um ato traiçoeiro de agressão", "que se soma ao histórico obscuro de crimes cometidos" por Israel, afirmou o grupo islamista em comunicado. O Hamas é considerado uma organização terrorista pela União Europeia (UE), Estados Unidos, Alemanha e vários outros países.
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Qual é a missão da flotilha?
Estima-se que a Flotilha Global Sumud transportava cerca de 300 toneladas de suprimentos essenciais, como alimentos, água potável e medicamentos.
"Os produtos nessas flotilhas não atendem às necessidades [totais] dos palestinos em Gaza, mas chamam a atenção internacional para o que está acontecendo em Gaza", explicou à DW Nathan Brown, professor de ciência política e relações internacionais da Universidade George Washington.
"Outro efeito, embora talvez um pouco menos significativo, é que isso transmite uma mensagem à população palestina de que ela não está sendo ignorada", observou.
Brown lembrou que havia uma enorme frustração entre os palestinos, que temiam que a ordem internacional baseada em regras do pós-Segunda Guerra Mundial fossem válidas para os outros, mas não para eles.
Ao mesmo tempo, aumentam as críticas europeias à guerra de Israel em Gaza. Autoridades na Espanha, França, Eslovênia e outros países chamaram o bloqueio humanitário israelense de "insuportável".
Israel confirmou que "vários navios da flotilha foram parados e seus passageiros transferidos para um porto israelense"Foto: Global Sumud Flotilla/REUTERS
"O que Israel é percebido como fazendo não é simplesmente guerrear em Gaza, mas, na verdade, induzir deliberadamente a fome, o que seria um claro crime de guerra", disse Brown à DW. "O abismo cada vez maior entre apoiadores e críticos [de Israel] é algo para o qual a flotilha atual busca chamar mais atenção", concluiu.
Israel, porém, rejeita as críticas. "O governo israelense diz que está permitindo a entrada de comida suficiente, que o que é transportado estaria sendo roubado pelo Hamas, que as flotilhas são apenas um golpe publicitário de pessoas que odeiam Israel e que este é o único conflito atual em que se espera que uma parte alimente a outra", disse Brown.
O que aconteceu com as outras flotilhas?
Em 2008, um ano após o Hamas assumir o controle da Faixa de Gaza, quando Israel ainda não havia implementado totalmente seu bloqueio naval, várias flotilhas chegaram ao enclave. Mas, em meados de 2009, os israelenses começaram a interceptar todos os barcos e fecharam o acesso a Gaza por mar. Desde 2010, nenhuma outra flotilha chegou a Gaza.
Em 31 de maio de 2010, forças israelenses interceptaram seis barcos civis da Flotilha da Liberdade de Gaza no que ficou conhecido como o ataque Mavi Marmara. Os militares abriram fogo contra o navio de passageiros de propriedade turca, matando 10 ativistas turcos pró-palestinos. A Marinha israelense alegou posteriormente ter agido em legítima defesa, mas sua ação foi amplamente criticada em todo o mundo. As relações diplomáticas entre Israel e Turquia se deterioraram até Israel emitir um pedido formal de desculpas em 2013 e concordar em pagar 20 milhões de dólares (R$ 108 milhões) em indenização às famílias das vítimas em 2016.
A iniciativa de 2011, chamada Flotilha da Liberdade 2, jamais conseguir partiu da Grécia devido a uma combinação de pressão política, sabotagem técnica e obstáculos legais. Como consequência da pressão israelense, a Grécia proibiu a partida de navios da flotilha para Gaza, alegando preocupações de segurança e diplomáticas.
Em 29 de junho de 2015, a Flotilha da Liberdade 3, de bandeira sueca, que transportava ativistas, parlamentares, jornalistas e figuras públicas de mais de 20 países, foi interceptada a cerca de 160 quilômetros de Gaza. As forças israelenses abordaram alguns dos navios, enquanto outros retornaram. A Marinha israelense teria utilizado armas de choque durante a operação.
Em outubro de 2016, o Barco das Mulheres para Gaza, uma flotilha que transportava mulheres ativistas, também foi interceptado antes de chegar a Gaza.
Em 2018, forças navais israelenses interceptaram e apreenderam dois navios pertencentes à Flotilha Futuro Justo para a Palestina, primeiro o Al Awda, em 29 de julho, e depois o Freedom, em 3 de agosto. Segundo relatos de pessoas a bordo, as forças israelenses agrediram alguns dos ativistas, que foram posteriormente deportados de Israel.
Duas flotilhas que partiram no início deste ano e a Global Sumud, que neste momento navega rumo a Gaza, são descritas como missões da Flotilha da Liberdade.
Greta Thunberg já estava entre os participantes da Missão Madleen, que partiu em junho de 2025. Eles ficaram detidos depois que as forças israelenses interceptaram o barco e, mais tarde, foram deportados.
Em julho, ativistas da missão Handala foram presos depois que seu navio foi interceptado e apreendido em águas internacionais ao largo da costa de Gaza.
rc/ra (AFP, Reuters, DPA)
O mês de setembro em imagens
Veja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Sergio Lima/AFP
Ex-assessor de deputado da AfD é condenado por espionagem
Um ex-assessor do eurodeputado alemão Maximilian Krah, do partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD), foi condenado a 4 anos e 9 meses de prisão sob a acusação de ter espionado para a China. Um tribunal de Dresden considerou provado que Jian G. trabalhou para um serviço secreto chinês. (30/09)
Foto: Sebastian Kahnert/dpa/picture alliance
Lufthansa anuncia corte de 4 mil cargos administrativos
A companhia aérea alemã Lufthansa anunciou um corte de 4 mil cargos administrativos até 2030, à medida que avança em um processo de automação, digitalização e consolidação do trabalho com a ajuda da inteligência artificial (IA). O sindicato dos trabalhadores do setor de serviços Verdi criticou os cortes. (29/09)
Foto: Michael Bihlmayer/CHROMORANGE/picture alliance
Ponte mais alta do mundo é inaugurada na China
Estrutura que corta o Cânion Huajiang, na província de Guizhou, tem 625 metros de altura em seu ponto mais alto do chão até a pista, e 1.420 metros de extensão. Ponte levou três anos para ser construída, e vai encurtar o tempo de viagem de cerca de duas horas para poucos minutos. (28/09)
Foto: STR/AFP/Getty Images
Protesto em Berlim contra guerra em Gaza bate recorde de público
Manifestação reuniu 100 mil, segundo a organização, e 60 mil, nas estimativas da polícia. Ato foi respaldado por cerca de 50 organizações, entre elas a Anistia Internacional e o partido A Esquerda, e pediu o fim da exportação de armas alemãs a Israel, o acesso desimpedido de ajuda humanitária à Faixa de Gaza e a aplicação de sanções da União Europeia contra Israel. (27/09)
Foto: Annette Riedl/dpa/picture alliance
Em discurso na ONU boicotado por diplomatas, Netanyahu descarta criação de Estado palestino
Recebido sob vaias e com a saída de várias delegações, que esvaziaram o plenário, premiê israelense chamou solução de dois Estados de "suicídio nacional", pois sinalizaria que "assassinar judeus vale a pena". Também negou as acusações de genocídio e denúncias de fome em Gaza, e disse que Israel protege o Ocidente dos "bárbaros" no Oriente Médio. (26/09)
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Sarkozy condenado a cinco anos de prisão na França
Um tribunal de Paris condenou o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy a cinco anos de prisão por associação criminosa. Ele foi acusado de aceitar contribuições para a campanha eleitoral da qual saiu vitorioso, em 2007, do antigo ditador líbio Muammar Kadafi, por intermédio de um empresário franco-libanês. (25/09)
Foto: Vincent Isore/IP3press/IMAGO
CCJ do Senado enterra a PEC da Blindagem por unanimidade
Aprovada na Câmara, Proposta de Emenda à Constituição que visava ampliar a proteção de parlamentares contra processos na Justiça gerou uma onda de indignação e provocou manifestações em todo o país. A repercussão negativa acelerou o processo na Comissão de Constituição e Justiça, que foi unânime ao rejeitar a PEC. Presidente do Senado anunciou o arquivamento, enterrando de vez a proposta. (24/09)
Foto: Gustavo Basso/DW
Na ONU, Lula critica sanções dos EUA e conduta de Israel
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso de abertura da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas para criticar duramente o que chamou de "ataques à soberania" brasileira, numa fala direcionada ao governo dos Estados Unidos. O discurso ainda incluiu críticas a Israel. (23/09),
Foto: Timothy A. Clary/AFP
PGR denuncia Eduardo Bolsonaro por coação à Justiça
Eduardo Bolsonaro e o produtor de conteúdo Paulo Figueiredo foram denunciados por articular junto ao governo Trump sanções contra o Brasil e o STF no intuito de impedir a condenação de Jair Bolsonaro. Ex-presidente não foi denunciado. "A dupla de denunciados não hesitou em arrogar a si própria a inspiração determinante das sanções econômicas que vieram a ser", disse o PGR, Paulo Gonet. (22/09)
Foto: Lev Radin/Pacific Press/picture alliance
Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem Estado palestino
Os governos do Reino Unido, Canadá e Austrália formalizaram o reconhecimento oficial do Estado palestino. Os reconhecimento britânico e canadense são especialmentes simbólicos, já que são as duas primeiras nações do G7 a formalizarem a medida. O governo israelense, que é contra o estabelecimento de um Estado para os palestinos, crticiou o reconhecimento. (21/09)
Foto: Luis Boza/NurPhoto/picture alliance
Ciberataque afeta aeroportos europeus
Vários aeroportos europeus, incluindo Bruxelas, Berlim e Heathrow, em Londres, foram afetados por "interrupções cibernéticas" que impactaram os sistemas de check-in e despacho de bagagem, causando atrasos e longas filas. (20/09)
Foto: Marta Fiorin/REUTERS
Bombas da Segunda Guerra em Berlim
Duas bombas da Segunda Guerra Mundial encontradas em locais diferentes de Berlim forçaram a retirada de mais de 20 mil moradores de suas casas. Um dos artefatos foi encontrado no leito do rio Spree, no centro da cidade, durante inspeção de rotina. Ao mesmo tempo, em outro bairro, uma bomba russa de 100 quilos foi encontrada em um canteiro de obras. Nenhuma delas precisou ser desativada. (19/09)
Foto: Michael Ukas/dpa/picture alliance
França tem dia de protestos contra medidas de austeridade
Protestos em massa contra medidas de austeridade reuniram 500 mil pessoas na França, que vive crise social e politica devido à escalada de seu déficit fiscal. Manifestantes pedem o cancelamento dos planos orçamentários, aumento de impostos para os mais ricos e a reversão da reforma da Previdência. Cerca de 80 mil policiais foram mobilizados e mais de 180 pessoas foram detidas. (18/09)
Foto: Sylvain Thomas/AFP/Getty Images
Bolsonaro recebe alta médica; biópsia indica câncer de pele
Ex-presidente recebeu alta hospitalar um dia após ser internado no Hospital DF Star, em Brasília, em razão de um quadro de vômito e queda de pressão arterial. Segundo boletim médico, biópsia de duas lesões retiradas no último domingo apontou a presença de carcinoma, tipo comum de câncer de pele. Retirada das manchas cutâneas descarta necessidade de tratamentos adicionais. (17/09)
Foto: Julia Maretto/AFP
Comissão da ONU acusa Israel de genocídio em Gaza
Uma comissão independente de inquérito do Conselho de Direitos Humanos da ONU acusou Israel de estar cometendo genocídio na Faixa de Gaza, atingindo quatro dos cinco critérios da Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio. O Ministério do Exterior de Israel afirmou que "rejeita categoricamente esse relatório distorcido e falso". (16/09)
Foto: Ali Jadallah/Anadolu/picture alliance
Netanyahu admite isolamento de Israel em meio à guerra em Gaza
Em um raro reconhecimento do isolamento decorrente das críticas internacionais a Israel devido à guerra em Gaza, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, culpou as minorias na Europa que promovem "ideologia antissemita e islâmica extremista" e defendeu ataques de seu país além de suas fronteiras, como o realizado no Catar, para "proteger seus cidadãos". (15/09)
Foto: Nathan Howard/AFP/Getty Images
Ato pró-palestinos interrompe Volta da Espanha em Madri
Protestos pró-palestinos interromperam a etapa final da Volta da Espanha, em Madri, uma das três maiores competições anuais do ciclismo mundial. Os ativistas protestavam contra a participação de uma equipe israelense na prova. O grupo derrubou barreiras de metal e ocupou diversos pontos do trajeto da corrida. Duas pessoas foram presas e 22 policiais ficaram feridos. (14/09)
Foto: Manu Fernandez/AP Photo/picture alliance
Ultradireita britânica reúne 110 mil em manifestação anti-imigração
Milhares de pessoas tomaram as ruas de Londres em uma das maiores manifestações da ultradireita britânica dos últimos anos. Os participantes carregavam bandeiras da Inglaterra, do Reino Unido e cartazes com mensagens anti-imigração. Nove pessoas foram presas após confrontos com policiais. (13/09)
Foto: Alex Day/Avalon/Photoshot/picture alliance
Suspeito de matar Charlie Kirk é preso nos EUA
Autoridades americanas capturaram o suspeito de assinar o ativista de ultradireita Charlie Kirk. Em uma coletiva de imprensa, o governador de Utah, Spencer Cox, indicou que o assassinato teve motivação política. Cox também disse que os investigadores encontraram um fuzil envolto em uma toalha e que a arma tinha uma mira telescópica acoplada. (12/09)
Foto: FBI/ZUMA/picture alliance
Bolsonaro é condenado a 27 anos de prisão por cinco crimes
Primeira Turma do STF condenou de forma inédita um ex-presidente brasileiro pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Bolsonaro foi tomado como líder da organização criminosa. Outros sete réus do "núcleo crucial" também receberam penas de reclusão. (11/09)
Foto: Sergio Lima/AFP
Influenciador aliado de Trump morre baleado nos EUA
O ativista e influenciador de ultradireita Charlie Kirk, 31 anos, importante aliado do presidente Donald Trump, foi baleado em uma universidade dos EUA. Kirk foi levado a um hospital, mas sua morte foi anunciada pouco depois por Trump. Ele respondia a perguntas em um evento ao ar livre, em Utah, quando o ataque aconteceu. (10/09)
STF tem 2 votos para condenar Bolsonaro e mais 7 réus por golpe
Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), votaram pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. Assim, o julgamento na Primeira Turma do STF tem placar de 2 a 0 pela condenação, faltando três votos. (09/09)
Foto: Eraldo Peres/AP Photo/picture alliance
Em crise política, França perde mais um primeiro-ministro
Quarto premiê francês em dois anos, centrista François Bayrou perdeu moção de confiança na Assembleia Nacional da França e deixa o governo após menos de 10 meses. País vive crise fiscal e enfrenta disparada da dívida pública. Políticas orçamentárias do primeiro-ministro desagradaram o parlamento e agora pressionam o mandato de Emmanual Macron. (08/09)
Foto: Bertrand Guay/AFP
Primeiro santo millenial
O Papa Leão 14 celebrou a canonização de Carlo Acutis, o primeiro santo da geração millennial, durante uma missa solene na Praça de São Pedro. O adolescente italiano nascido em Londres em 1991, conhecido por criar um site dedicado a catalogar milagres eucarísticos e apelidado de "influenciador de Deus", foi reconhecido pelos fiéis por unir tecnologia e devoção na promoção da fé católica. (07/09)
Foto: Andrew Medichini/AP Photo/dpa/picture alliance
Japão celebra maioridade do sucessor imperial
O príncipe Hisahito de Akishino, segundo na linha de sucessão ao Trono do Crisântemo, completou 19 anos neste sábado, em um dia marcado pela sua cerimônia de maioridade. Os rituais protocolares permitirão ao príncipe começar a participar da agenda oficial da família imperial do Japão e lhe abrem caminho para um futuro reinado. (06/09)
Foto: Japan Pool/Jiji Press/AFP
Novo vídeo mostra reféns israelenses
O grupo radical palestino Hamas divulgou um novo vídeo marcando os 700 dias do início da ofensiva israelense contra Gaza, no qual mostra os reféns israelenses Guy Gilboa-Dalal e Evyatar David. Na foto, manifestantes homenageiam as vítimas do Hamas e os reféns sequestrados durante os ataques a Israel em 7 de outubro de 2025. (05/09)
Foto: Israel Hadari/ZUMA/picture alliance
Macron afirma que 26 países apoiam força de garantia para a Ucrânia
Uma cúpula em Paris com o presidente francês, Emmanuel Macron, seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelenski, e líderes europeus, alguns por videoconferência, discutiu como aliados ajudariam Kiev a se proteger de investidas russas caso haja acordo para encerrar a guerra. "No dia em que o conflito acabar, as garantias de segurança serão mobilizadas", afirmou Macron. (04/09)
Foto: Ludovic Marin/AFP
Acidente com bondinho em Lisboa deixa ao menos 15 mortos
Pelo menos 15 pessoas morreram e 18 ficaram feridas nesta quarta-feira após o Elevador da Glória, uma popular atração turística de Lisboa, descarrilar. Imagens mostram que o bondinho tombou em um local onde o trilho faz uma curva e se chocou contra um prédio. Uma investigação sobre as causas do acidente foi iniciada. (03/09)
Acadêmicos acusam Israel de cometer genocídio em Gaza
A Associação Internacional de Acadêmicos de Genocídio – a maior organização profissional de acadêmicos que estudam os extermínios em massa – afirmou que Israel está cometendo genocídio em sua ofensiva na Faixa de Gaza e acusou o país de cometer crimes contra a humanidade e de guerra. Opinião se soma a coro cada vez maior de entidades que usam o termo para descrever as ações de Israel. (01/09)
Foto: Mohammed Ali/Xinhua/picture alliance
Começa julgamento de Bolsonaro e demais acusados por trama golpista
Teve início no STF o julgamento do ex-presidente e de outros sete réus acusados de formar o núcleo central do grupo acusado de tentar um golpe de Estado após as eleições de 2022. Entre os réus estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, os ex-ministros da defesa Braga Netto, da Justiça, Anderson Torres e ex-chefe do GSI, Augusto Heleno. (02/09)