Com maior número de mortes entre 100 mil habitantes do mundo, país adota medidas duras para conter o coronavírus, temendo pico de infecções nos feriados. Governo quer assegurar volta ao trabalho e às escolas em janeiro.
Anúncio
A Itália, que vem enfrentando um aumento acentuado de casos e mortes associadas à covid-19 nas últimas semanas, anunciou nesta sexta-feira (18/12) novas restrições para conter a doença, válidas durante os feriados de Natal e Ano Novo.
O anúncio do governo surgiu pouco antes de o país passar a liderar o ranking de mortes por 100 mil habitantes em todo o mundo.
Após especialistas alertarem que os riscos associados ao coronavírus ainda se mantêm em níveis perigosos, o governo adotou para todo o país as medidas relativas às chamadas "zonas vermelhas”, que impõem o confinamento à população, com a exceção de saídas necessárias por motivos de trabalho, saúde ou para tarefas urgentes. Em geral, será permitida apenas uma saída por dia por residência.
O lockdown mais rigoroso será válido entre os dias 24 e 27 de dezembro e, posteriormente, do dia 31 até 3 de janeiro. Nesses períodos, lojas, bares e restaurantes permanecerão fechados e as viagens entre as regiões do país serão proibidas.
No período complementar, entre 28 e 30 de dezembro e no dia 4 de janeiro, medidas um pouco mais brandas referentes às "zonas alaranjadas” permitirão a movimentação das pessoas dentro de suas cidades e a abertura de lojas, mas não de bares e restaurantes. As viagens serão permitidas dentro de um raio de 30 quilômetros dos respectivos locais de residência, exceto para as capitais de província.
Itália tem 112,35 mortes por 100 habitantes
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, justificou as medidas ao afirmar que "entre nossos especialistas há fortes preocupações de que a curva de infecções atinja o pico durante o período natalino”.
Com as restrições, o governo planeja manter o compromisso de promover a volta em larga escala ao trabalho e às escolas no dia 7 de janeiro. Conte também prometeu um pacote de ajuda econômica de 645 milhões de euros que devem ser destinados ao setor de bares e restaurantes, fortemente atingidos pelo fechamento obrigatório,
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, que monitora os avanços da doença em todo o mundo, a Itália já tem o maior índice de mortes por 100 mil habitantes registrado no planeta, com 112,35 óbitos em média.
Nessa avaliação, o país está à frente das outras nações que também estão entre as mais afetadas, como a Espanha (104,71 mortes por 100 mil habitantes), os Estados Unidos (95,85) e Brasil (88,63).
RC/afp/dpa
A importância do contato físico
Em nosso mundo altamente digitalizado, onde nos comunicamos mais via smartphone do que pessoalmente, rapidamente esquecemos a importância do contato interpessoal. Para viver bem, o ser humano precisa de contato físico.
Foto: Colourbox/T. Srilao
O contato com a pele
Nossa pele sente tudo: pesquisadores descobriram que as pessoas podem reconhecer certas emoções como amor, raiva, gratidão e repugnância apenas pelo toque. Assim, o mero contato físico revela sentimentos. O contato físico praticado com regularidade e de forma agradável também constrói laços emocionais nos relacionamentos. Desta forma, ajuda a manter os laços sociais.
Foto: picture-alliance/blickwinkel/McPHOTO/ADR
Melhor pelo contato
A comunicação pelo toque pode ajudar a construir confiança e melhorar o trabalho em equipe. Um estudo descobriu que jogadores profissionais de basquete e equipes que interagiam mais fisicamente no início da temporada, por exemplo, através de abraços em grupo, alcançaram melhores resultados em jogos posteriores.
Foto: Reuters/A. Perawongmetha
O abraço dá força
Abraços sinalizam "eu te apoio" e assim ajudam a reduzir o estresse. Pesquisas mostraram que o humor das pessoas abraçadas em um dia cheio de conflitos ficou significativamente melhor. Este tipo de apoio também ajuda as pessoas com baixa autoestima a reduzirem sua insegurança. O abraço pode até mesmo evitar um resfriado, com seu efeito redutor de estresse.
Foto: picture-alliance/AP Photo/R. Gul
Toque em mim!
Pares que se tocam amorosamente fazem muito bem à saúde um do outro. Mãos dadas e abraços não só os tornam mais resistentes ao estresse, como contribuem significativamente para a saúde cardiovascular: o ritmo cardíaco diminui, a pressão sanguínea cai e a liberação de cortisol, o hormônio do estresse, diminui. Casais podem até sincronizar os batimentos cardíacos e ondas cerebrais através do toque!
Foto: AFP/Getty Images/P. Singh
Massagem, mais que relaxamento
Um toque físico não só é agradável, como também pode servir de analgésico. Pesquisadores do Centro Médico da Universidade Duke descobriram que as massagens de corpo inteiro aliviam a dor e aumentam a mobilidade em pacientes com artrite. A propósito, não são apenas os massageados que se beneficiam! O tratamento também tem um efeito positivo sobre o massagista.
Foto: apops/Fotolia.com
Estímulo para bebês
As massagens podem ajudar os bebês prematuros a ganhar peso. Ao estimular o sistema nervoso, são liberados hormônios que melhoram a absorção dos alimentos. O efeito analgésico do contato com a pele ajuda os bebês a processar procedimentos médicos. O contato não apenas reduz a liberação do hormônio do estresse cortisol, mas também libera o hormônio de ligação oxitocina.
Foto: picture-alliance/AP/Sharp HealthCare
Faça você mesmo!
Pena que nem sempre há alguém por perto para massagear ou acariciar. Mas uma automassagem tem um efeito positivo semelhante. Toques mais firmes são mais eficazes do que os leves. Ioga ou levantamento de peso, nos quais há bastante contato com o chão ou a pressão sobre certas partes do corpo é particularmente alta, também têm um efeito aliviador do estresse.
Foto: Colourbox
Tecnologia que toca
A fim de garantir que as pessoas com amputações não fiquem sem esses contatos tão importantes, há próteses monitoradas por sensores. Existem também pesquisas para desenvolver uma tecnologia de pele eletrônica, capaz de distinguir entre diferentes superfícies e até mesmo "sentir" calor ou frio.