Itália vence Inglaterra nos pênaltis e é campeã da Eurocopa
12 de julho de 2021
Seleção italiana, que tem três brasileiros naturalizados, conquista seu segundo título, na casa do adversário, diante do Estádio de Wembley lotado.
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Com o brilho do goleiro Gianluigi Donnarumma, a Itália, dos brasileiros naturalizados Jorginho, Emerson Palmieri e Rafael Tolói, venceu a Inglaterra neste domingo (11/07), nos pênaltis, no Estádio de Wembley, em Londres, e sagrou-se campeã da Eurocopa. É a segunda vez que a seleção italiana conquista este título – a primeira foi em 1968.
A equipe do técnico Roberto Mancini derrotou a anfitriã Inglaterra por 3 a 2 nos pênaltis, após as duas seleções terem empatado em 1 a 1 no tempo regulamentar e na prorrogação.
Domenico Berardi, Leonardo Bonucci e Federico Bernardeschi converteram as penalidades italianas, enquanto Andrea Belotti e Jorginho tiveram as cobranças defendidas por Jordan Pickford. Harry Kane e Harry Maguire marcaram para os ingleses, mas Marcus Rashford acertou a trave, e Jadon Sancho e Bukayo Saka pararam em Donnaruma.
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Gol mais rápido de uma final da Euro
Diante de 67.173 espectadores no estádio, Luke Shaw abriu o placar para os donos da casa e estabeleceu um recorde ao fazer o gol mais rápido de uma final da Eurocopa, marcando quando o cronômetro estava em um minuto e 57 segundos do primeiro tempo.
No lance, Shaw iniciou a jogada do ataque pelo lado esquerdo, tocou e seguiu em direção à área. Kieran Trippier cruzou no segundo poste e o lateral, livre de marcação, bateu de primeira para balançar as redes.
Antes do gol de Shaw, o recorde pertencia ao meia espanhol Chus Pereda, que marcou aos cinco minutos e 17 segundos do primeiro tempo em 1964, na final entre Espanha e União Soviética.
Após início morno, a "Azzurra" pressionou no segundo tempo e exigiu grandes defesas de Jordan Pickford. O empate veio aos 21 minutos, quando Palmieri cobrou escanteio e Marco Verratti cabeceou para baixo. O goleiro inglês defendeu, mas a bola bateu na trave e sobrou para Bonucci empurrar com o gol aberto.
Melhor na prorrogação, a Itália esteve perto de virar por duas vezes, quando Pickford desviou um cruzamento de Emerson e Andrea Belotti desperdiçou o rebote, e em cobrança de falta de Bernardeschi, que disparou uma bomba defendida pelo goleiro.
Nos pênaltis, ambos os goleiros defenderam duas cobranças, e a Itália levou a melhor devido ao erro de Rashford, que acertou a trave.
Lamento em casa
Esta foi a quarta final de Eurocopa da seleção italiana. Depois de conquistar o título em 1968, diante da Iugoslávia, a Azurra foi vice-campeã em 2000, contra a França, e 2012, ao ser derrotada pela Espanha.
Para o lamento dos torcedores ingleses, que sonhavam com outro título em Wembley, como o da Copa do Mundo de 1966, o futebol não "voltou para casa". A seleção da Inglaterra, que nunca havia chegado à final da Euro, ficou com o vice-campeonato.
A Eurocopa estava marcada para o ano passado, mas foi adiada para este ano devido à pandemia de covid-19.
le (efe, ots)
Futebol e política - 150 anos de histórias
O esporte mais popular do mundo comemora 150 anos de existência e, nesse espaço de tempo, teve momentos de conotação política e influência direta na humanidade, desde trégua em guerras à confraternização de etnias.
Foto: picture-alliance/dpa
A trégua de Natal
Véspera de Natal de 1914. A Europa estava em plena Primeira Guerra Mundial, mas soldados alemães e britânicos organizaram um cessar-fogo não oficial ao longo de toda a frente ocidental. O início da "Trégua de Natal" foi na região de Ypres, na Bélgica, onde as tropas adversárias decoraram as trincheiras, trocaram presentes e jogaram uma partida de futebol.
Foto: PD
O mártir do Wunderteam
No dia 3 de abril de 1938, a Alemanha enfrentou o "Wunderteam" da Áustria no famoso "Jogo da Anexação". Matthias Sindelar (esq. camisa escura) marcou um dos gols da vitória austríaca e comemorou efusivamente na frente dos políticos nazistas. Na Copa de 1938 ele se recusou a defender a Alemanha e, em janeiro de 1939, foi encontrado morto, asfixiado por monóxido de carbono na própria cama.
Foto: picture alliance/Schirner Sportfoto
A partida da morte
O FC Start é provavelmente o maior símbolo esportivo de resistência ao nazismo. Mesmo ciente das consequências, o time (de branco) se recusou a fazer a saudação nazista e ousou vencer - pela segunda vez - a Flakelf, equipe da Força Aérea alemã, no dia 9 de agosto de 1942. Pouco tempo depois, os jogadores foram levados para campos de concentração. A grande maioria morreu sob tortura.
Foto: PD
Capitalismo versus socialismo
Em plena Guerra Fria, no dia 25 de novembro de 1953, a melhor seleção da época, a Hungria, enfrentou a Inglaterra no Estádio de Wembley. O confronto tornou-se importante propaganda para as duas ideologias. Os socialistas, liderados por Ferenc Puskas (esq.), venceram os capitalistas por 6 a 3. Foi a primeira derrota inglesa em casa em 90 anos de futebol.
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"El Clásico"
Assim como o ditador Benito Mussolini sentenciou o "Vencer ou Morrer" para a seleção italiana na Copa de 1938, o general Franco também usou o futebol para enaltecer a Espanha que dirigia. E, em oposição aos catalães, ele usou o Real Madrid como ferramenta propagandista nos anos 50 e 60, originando uma das maiores rivalidades do futebol mundial.
Foto: picture-alliance/dpa
A Guerra das Cem Horas
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A guerra parou para ver Pelé
Em excursão pela África em 1969, o Santos parou a Guerra de Biafra, na Nigéria. O governador da região nigeriana inclusive autorizou a liberação da ponte que ligava a cidade de Benin - local do jogo - e Sapele, para que todos pudessem ver o Rei Pelé (na foto com Eusébio). Assim que o Santos subiu no avião, a guerra recomeçou.
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Final de Copa perto de centro de tortura
Quando o general Jorge Videla assumiu o poder e instalou uma violenta ditadura militar, a Argentina já estava definida como anfitriã da Copa de 78. Houve diversas ameaças de boicote e protestos. Paul Breitner, campeão de 74, se recusou a ir à Argentina, e a seleção holandesa, vice-campeã, protagonizou um último gesto de repúdio ao governo militar, dando as costas a Videla .
Foto: -/AFP/Getty Images
Winnie Mandela Futebol Clube
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Com o colapso da Iugoslávia, cresceram as tensões étnicas na região - que o futebol, mesmo que por um instante, conseguiu apaziguar. Com a inédita classificação da Bósnia para a Copa de 2014, sérvios, croatas e muçulmanos foram às ruas festejar. Unidos.