Lula se reúne com Xi Jinping com uma grande questão de fundo: o Brasil vai aderir à Cinturão e Rota? Especialista aponta que existe hesitação no Itamaraty, que tenta manter não alinhamento na disputa entre China e EUA
Anúncio
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, receberá nesta quarta-feira (20/11) em Brasília o presidente chinês, Xi Jinping, com uma grande questão de fundo: o Brasil aceitará ou não o convite para aderir à iniciativa global chinesa de investimentos em infraestrutura, a Cinturão e Rota, também conhecida como "Nova Rota da Seda”?
A China tem todo o interesse, pois vê na eventual entrada do Brasil uma chancela ao seu projeto internacional perante os países da América do Sul. Mas o governo brasileiro está dividido sobre o tema, e o Itamaraty apresentou ressalvas.
Ana Tereza Marra, professora de relações internacionais da Universidade Federal do ABC e especialista em China do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil (Opeb), afirma à DW que a diplomacia brasileira considera que a relação com a China já é bastante profícua. E que a adesão do Brasil à Cinturão e Rota traria ganhos mais simbólicos do que práticos – simbolismo que poderia, por outro lado, afetar a equidistância com a outra potência global, os Estados Unidos.
A China é o primeiro parceiro comercial do Brasil, e os Estados Unidos, o segundo. E o Brasil "não deve escolher nenhum dos lados, deve manter uma posição de equidistância e de não alinhamento, e tentar tirar vantagens e ter boas relações com os dois países", diz Marra.
Mas também há setores do governo que veem na Cinturão e Rota uma oportunidade para tentar negociar com a China mais investimentos em infraestrutura e na indústria brasileira, que possam contribuir para a neoindustrialização perseguida por Lula. "Se o Brasil tiver clareza daquilo que quer retirar dessa relação e dos projetos que quer propor, pode ser que seja vantajoso", avalia Marra, que não considera uma eventual entrada da Cinturão e Rota sinônimo de alinhamento a Pequim.
Ela também prevê que o novo governo Donald Trump aumentará a pressão sobre o Brasil para conter a expansão da China – como ocorreu no seu primeiro mandato com a escolha da rede de telefonia 5G – mas diz que o país terá condições de sustentar sua posição de não alinhamento.
DW: Qual é a fotografia atual das relações entre Brasil e China?
Ana Tereza Marra: Há da parte do Brasil neste momento uma tentativa de elevar a qualidade política e econômica das relações com a China. Desde 2009, a China é a principal parceira comercial brasileira, e o Brasil é um dos países do mundo que tem maior superávit com a China. Esse resultado econômico tem sido importante para o Brasil.
Por outro lado, é uma relação comercial bastante assimétrica, que tem impacto sobre o processo de desindustrialização no Brasil. O governo Lula tem como meta promover uma neoindustrialização, e tem visto a China como uma possível parceira que pode contribuir para isso.
Mas como imaginar a China participando da reindustrialização do Brasil, se ela tem interesse em exportar seus produtos industrializados para os brasileiros?
É a discussão desses últimos dois anos – pensar projetos industriais, relacionados a infraestrutura, que os países possam realizar conjuntamente e ajudar no processo interno de industrialização.
É óbvio que isso é mais uma questão relacionada ao Brasil ter capacidade interna e de ter projetos para propor, não só para a China, mas também para outros países. Mas o Brasil considera que para a China é importante, em termos de geopolítica, fortalecer o mundo multipolar.
Existe uma leitura de que, para a China, interessa que [os países da] América do Sul, e o Brasil é o principal país na América do Sul, estejam fortalecidos para que possam atuar como um polo autônomo e possam ter autonomia estratégica em relação às pressões que os Estados Unidos fazem para a contenção da China. Essa vontade política é percebida, vamos ver como ela vai se colocar na prática e se vai produzir resultados.
A China tem aumentado os investimentos no Brasil não só em setores que tradicionalmente ela investia, como energia, mas em setores industriais, de manufatura. Aí temos que pensar como esses investimentos podem contribuir para que o Brasil se coloque em cadeias de valores e crie internamente uma rede de fornecedores que possam contribuir pra esse desenvolvimento industrial.
A recente ampliação do Brics afetou a relação do Brasil com a China?
O Brasil não queria a expansão dos Brics, considerava que isso ia diluir o poder do país dentro do grupo. E acho que o Brasil ainda não está completamente confortável com o grupo expandido.
É um grupo que tem uma identidade ainda incerta, mas que é lido no chamado Ocidente como um grupo que tem se tornado cada vez mais antiocidental. E a perspectiva do Brasil no Brics sempre foi pensá-lo como um elemento para fortalecer o mundo multipolar e o pleito de desenvolvimento dos países mais pobres, que ajudaria o Brasil a colocar pautas de interesse brasileiro.
Dito isso, acho que as relações entre Brasil e China são hoje suficientemente maduras pra ter desacordos, como esse que aconteceu sobre a expansão do Brics, e para compartimentar as coisas. Uma coisa é o Brics e outra coisa são as as relações Brasil-China.
No conflito geopolítico entre Estados Unidos e a China, que tipo de política externa o Brasil deve adotar?
O Brasil não deve escolher nenhum dos lados, deve manter uma posição de equidistância e de não alinhamento, e tentar tirar vantagens e ter boas relações com os dois países.
A China é o primeiro parceiro comercial do Brasil, e os Estados Unidos são o segundo. Em termos das relações políticas e das conexões históricas, os Estados Unidos são um país no centro da política externa brasileira.
É claro que essa estratégia pode se tornar cada vez mais difícil ao longo do tempo. Agora temos a volta do Trump na Presidência dos Estados Unidos. Quando ele foi presidente da outra vez, pressionou a América Latina a ter uma estratégia de contenção contra a China, muito mais do que o governo Biden – inclusive na discussão sobre a atuação das empresas de tecnologia chinesa na rede 5G. Ele pressiona mais, e o aumento das pressões pode dificultar a equidistância.
Mas o Brasil tem condições de sustentar essa posição. A posição tradicional da política externa brasileira é de não alinhamento. Geralmente os períodos de alinhamento são explicados por momentos em que figuras do Executivo, por motivos variados, acabam se sobrepondo à posição tradicional do Itamaraty.
Em relação à Iniciativa Cinturão e Rota [Belt and Road Initiative], qual é o interesse chinês em atrair a adesão o Brasil?
A China tem hoje um grande interesse de legitimar cada vez mais sua atuação internacional, de ser percebida como um país internacionalmente responsável, que contribui para o desenvolvimento de outros países. E para isso a Belt and Road é um dos principais pilares.
Mais de 150 países fazem parte dessa iniciativa. Mas a China quer atrair países que são mais importantes, e o Brasil é visto como um desses países muito importantes, que ajudaria a legitimar esse projeto, não só para os países do Sul Global, mas também para os países da região. A entrada do Brasil é vista como uma espécie de chancela a esse projeto chinês.
Para o Brasil, aderir à iniciativa traria mais vantagens ou desvantagens?
Existe hesitação com relação a entrar nesse projeto, principalmente do Itamaraty, que tem algumas considerações. A primeira é pensar o que a entrada do Brasil na Belt and Road agregaria para as relações Brasil-China. A avaliação é de que, em termos políticos, as relações Brasil e China já são maduras o suficiente, e o Brasil já tem relações comerciais importantes com a China e tem recebido cada vez investimentos chineses.
Aí se pergunta: o que a Belt and Road agregaria pra isso? A impressão de algumas pessoas é de que não mudaria muito, que seria uma entrada simbólica, e diplomaticamente isso não faria tanto sentido da perspectiva brasileira.
O segundo ponto de hesitação é que o Itamaraty tem uma posição de não alinhamento, de tentar resguardar uma distância nesse conflito entre China e Estados Unidos. Embora eu, particularmente, não ache que se o Brasil entrar na Belt and Road isso signifique alinhamento com a China. Há mais de 150 países na Belt and Road, não dá pra dizer que eles são alinhados à China.
Por outro lado, existem atores dentro do governo que são favoráveis, que querem que o Brasil use a oportunidade da Belt and Road para tentar negociar com a China mais investimentos em infraestrutura e na indústria, na perspectiva de um plano de desenvolvimento nacional. Particularmente, acho que se o Brasil consegue ter clareza daquilo que quer retirar dessa relação e dos projetos que quer propor, pode ser que seja vantajoso.
Outra coisa é que aderir à Belt and Road, no fim das coisas, é assinar um memorando de entendimentos. Não é uma coisa que signifique mudar políticas internas, aderir a instrumentos formalmente vinculantes. É bastante flexível e para ser negociada, para que se coloque projetos que sejam de interesse mútuo.
O mês de novembro em imagens
O mês de novembro em imagens
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Após tensas negociações, COP29 termina com promessa de US$ 300 bi por ano
Conferência do Clima da ONU em Baku, no Azerbaijão, terminou com promessa de US$ 300 bilhões por ano para países mais afetados por eventos climáticos extremos. Acordo tenso foi costurado na reta final do evento e sob protestos de alguns países (foto). Valor ficou abaixo dos US$ 1,3 trilhão pedidos. Reunião também aprovou regulamentação do mercado de carbono. (23/11)
Foto: Murad Sezer/REUTERS
Putin alerta para mais testes com mísseis
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu mais testes com o míssil hipersônico Oreshnik, disparado um dia antes na cidade de Dnipro, na Ucrânia. Por isso, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, apelou para mais sistemas antiaéreos contra as ameaças, que levaram o parlamento da Ucrânia a fechar as portas. Putin também disse que a Rússia deve começar a produção em série da nova arma. (22/11)
Foto: Press Service of the State Emergency Service of Ukraine in Dnipr/picture alliance
PF indicia Bolsonaro e outros 36 por tentativa de golpe de Estado
A PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas pelos crimes de tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. Os agentes apontam que Bolsonaro "analisou e alterou" uma minuta de decreto desenhada para não deixar o poder após derrota nas urnas em 2022 e que ele sabia da existência de um plano para executar Lula. (21/11)
Foto: Nelson Almeida/AFP/Getty Images
Protesto de agricultores franceses contra acordo UE-Mercosul entra no 3º dia
Agricultores franceses fizeram barricadas, fecharam a fronteira entre a Espanha e a França e jogaram chorume em frente a prédios públicos em protesto contra um possível acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O CEO do Grupo Carrefour na França, Alexandre Bompard, endossou a manifestação e interrompeu a compra de carne produzida pelos países do bloco sul-americano. (20/11)
Foto: Gaizka Iroz/AFP/Getty Images
PF desbarata complô de militares para matar Lula, Alckmin e Moraes
A Polícia Federal prendeu um membro da corporação e quatro militares ligados às forças especiais do Exército suspeitos de planejarem um golpe de Estado após as eleições de 2022 e de um complô para assassinar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Inquérito envolve ainda o general Braga Netto, ex candidato a vice de Jair Bolsonaro. (19/11)
Foto: Evaristo Sa/AFP
Líderes do G20 no Rio de Janeiro
Brasil recebe líderes das 20 principais economias do planeta no Rio de Janeiro. Declaração final do encontro defende combate à pobreza, desenvolvimento sustentável, taxação de super-ricos e pede soluções diplomáticas para conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio. (18/11)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Biden visita a Floresta Amazônica
O presidente dos EUA, Joe Biden, chegou neste domingo a Manaus na primeira visita à Amazônia de um presidente americano em exercício, antes de seguir para o Rio de Janeiro para a cúpula do G20. Ele visitou uma reserva florestal, encontrou-se com líderes locais e sobrevoou de helicóptero uma parte da floresta e o encontro dos rios Negro e Solimões. (17/11)
Foto: Manuel Balce Ceneta/AP/picture alliance
No G20 Social, Lula defende "jornadas mais equilibradas"
O presidente Lula recebeu neste sábado a declaração final do G20 Social – iniciativa da presidência brasileira do G20 para sistematizar e levar propostas da sociedade civil aos chefes de governo dos países do grupo. Ele aproveitou o evento para se entrar no debate sobre a jornada de trabalho, em evidência após proposição de PEC que acaba com a jornada 6x1. (16/11)
Foto: Daniel Ramalho/AFP
Scholz pede a Putin "paz justa e duradoura" na Ucrânia
Na primeira conversa em quase dois anos, chanceler federal alemão (foto) defendeu negociações para encerrar a guerra, enquanto líder russo insistiu em "novas realidades territoriais" em solo ucraniano. Em entrevista de TV exibida no mesmo dia, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski disse crer que a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos apressará o fim do conflito. (15/11)
Moraes associa atentado suicida em Brasília a "gabinete do ódio" de Bolsonaro
Após Jair Bolsonaro chamar a ação de um homem-bomba em Brasília de "fato isolado", o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu dizendo que o episódio é fruto do clima extremismo que se instalou no país durante o mandato do ex-presidente. Moraes descartou anistia a golpistas: "Pacificação, só com responsabilização de criminosos." A PF apura o caso. (14/11)
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Biden dá as boas-vindas a Trump para iniciar a transição
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o atual mandatário, Joe Biden, estiveram reunidos hoje no Salão Oval da Casa Branca inaugurando formalmente a transição para o governo do republicano, que toma posse em 20 de janeiro. Trump enfatizou que "política é difícil" em seu retorno, embora tenha agradecido a Biden por seus esforços para garantir uma transição pacífica. (13/11)
Foto: AP/dpa/picture alliance
Eleições antecipadas à vista
O partido SPD, do chanceler Olaf Scholz, e a sigla de oposição CDU chegaram a um acordo: as eleições antecipadas para o Bundestag (parlamento alemão) serão realizadas em 23 de fevereiro. A decisão veio uma semana depois da demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, do neoliberal FDP, que selou o fim da coalizão tripartidária à frente do país, que contava ainda com os verdes. (12/11)
Foto: Fabian Sommer/dpa/picture alliance
Holanda impõe controles de fronteira para barrar ilegais
O governo holandês anunciou a imposição de controles extras em suas fronteiras terrestres para combater a imigração ilegal. "É hora de enfrentar o tráfico de migrantes de maneira concreta", disse ministra holandesa da Migração, Marjolein Faber. Medida tem caráter temporário, de acordo com as normas da União Europeia. (11/11)
Foto: Marcel van Hoorn/ANP/AFP
Ucrânia lança ataque de drones contra Moscou
Bombardeada com um número recorde de 145 drones, a Ucrânia reagiu atacando Moscou com ao menos 34 drones, na mais pesada investida contra a capital russa desde o início da guerra, em 2022. O ataque ucraniano interrompeu o tráfego aéreo em três grandes aeroportos de Moscou e feriu ao menos uma pessoa em um vilarejo nos subúrbios da cidade. (10/11)
Foto: Tatyana Makeyeva/AFP/Getty Images
Ataque suicida deixa mais de 20 mortos no Paquistão
Um ataque suicida executado em uma estação ferroviária da cidade paquistanesa de Quetta, na conturbada província do Baluchistão, deixou pelo mais de 20 mortos e 40 feridosl. O grupo separatista Exército de Libertação do Baluchistão (BLA) assumiu a responsabilidade em um comunicado divulgado nas redes sociais.(09/11)
Foto: Banaras Khan/AFP/Getty Images
Cúpula da UE termina sob espectro da reeleição de Trump
Líderes da UE prometeram dar novo impulso à economia do bloco europeu ao término da cúpula que reuniu chefes de governo dos 27 Estados-membros na Hungria. Resultado das eleições nos EUA motivou europeus a avançarem medidas para aumentar competitividade do bloco. Cúpula termina com promessa de reforçar defesa e combater alta nos custos de energia. (08/11)
Foto: Mehmet Ali Ozcan/AA/picture alliance
Biden pede união e promete transição pacífica nos EUA
“Você não pode amar seu país somente quando vence. Você não pode amar seu vizinho somente quando concorda. Algo que esperamos que possamos fazer, não importa em quem você votou, é nos vermos não como adversários, mas como concidadãos americanos. Reduzam a temperatura”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, em discurso na Casa Branca (07/11)
Foto: Ron Sachs/Pool/CNPZUMA Press Wire/IMAGO
Scholz demite ministro das Finanças e governo alemão fica por um fio
A tríplice coalizão partidária que governa a Alemanha desmoronou após o chanceler federal Olaf Scholz, do Partido Social Democrata (SPD), exonerar o ministro das Finanças, Christian Lindner, que também é presidente do Partido Liberal Democrático (FDP, na sigla em alemão). Num pronunciamento na televisão, Scholz explicou as razões da demissão e dirigiu palavras duras ao ex-ministro. (06/11)
Foto: ODD ANDERSEN/AFP/Getty Images
Trump derrota Kamala e retorna à Presidência dos EUA
Donald Trump foi eleito novamente presidente dos Estados Unidos, protagonizando um retorno dramático e triunfal à Casa Branca. O republicano derrotou de maneira decisiva sua rival democrata Kamala Harris ao superar a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral dos EUA. E, em contraste com sua vitória anterior, em 2016, Trump ainda ficou à frente no voto popular. (06/11)
Foto: Brian Snyder/REUTERS
EUA vão às urnas para escolher o novo presidente
Os EUA foram às urnas para definir quem vai comandar a maior potência econômica e militar do mundo. Na disputa estão a democrata Kamala Harris – que pode ser eleita a primeira mulher a ocupar a Casa Branca – e o republicano Donald Trump – que tenta um retorno à Presidência quase quatro anos após deixar Washington em desgraça, na esteira de uma tentativa de golpe. (05/11)
Foto: Timothy D. Easley/AP Photo/picture alliance
Morre Agnaldo Rayol aos 86 anos
Após mais de 60 anos de carreira artística, morreu o carioca Agnaldo Rayol, em consequência de uma queda em sua residência. Cantor romântico, com o auge do sucesso na década de 1960, também protagonizou telenovelas e filmes em papéis de galã, e apresentou programas próprios na TV. Descendente de imigrantes, tocou os corações de seus fãs com canções em italiano, até nos anos 90. (04/11)
Foto: Fotoarena/IMAGO
População joga lama em rei da Espanha durante protestos pós-enchentes
Uma visita do rei e da rainha da Espanha e do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, às áreas atingidas pelas enchentes em Valência, no leste do país, terminou em confusão. Uma multidão atirou lama, pedras e objetos na comitiva e hostilizou as autoridades com gritos de "assassinos". O barro atingiu o rosto do rei Felipe VI e da rainha Letizia. (03/11)
Foto: Manaure Quintero/AFP/Getty Images
Espanha intensifica busca por sobreviventes após enchente
O governo espanhol enviou 10 mil agentes de segurança para auxiliar nas buscas por desaparecidos na região de Valência, leste do país, atingida por uma enchente de grandes proporções que deixou 211 mortos nesta semana. Esse é o maior emprego de forças do Exército espanhol em tempos de paz. A inundação já é considerada a segunda mais mortal deste século na Europa. (02/11)
Foto: Alberto Saiz/AP Photo/picture alliance
Alemanha facilita mudança legal de gênero
Maiores de 18 anos poderão requerer a alteração dos registros oficiais, adotando um novo prenome e gênero, ou até eliminando a indicação de gênero. Menores acima dos 14 anos também podem recorrer às novas regras, sob aprovação paterna ou por recurso legal. Em Berlim, que tem comunidade LGBT+ atuante, cerca de 1.200 requerimentos foram apresentados no primeiro dia de vigência da nova lei. (01/11)