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"Jamaika-Aus" é a palavra alemã de 2017

8 de dezembro de 2017

Expressão descreve fracasso de negociações de coalizão entre conservadores, liberais e verdes. Termo foi escolhido por ter tanto relevância sócio-política quanto linguística.

Palavra Jamaika-Aus tendo ao fundo a bandeira da Jamaica
Jamaika-Aus é a palavra alemã de 2017Foto: picture alliance / Frank Rumpenhorst/dpa

A Sociedade da Língua Alemã (GfdS) anunciou nesta sexta-feira (08/12) sua palavra do ano para 2017: Jamaika-Aus (fim da Jamaica) é a expressão escolhida pelo júri. A palavra descreve o fracasso das negociações entre conservadores, liberais e verdes para formar um governo de coalizão liderado por Angela Merkel, após os liberais se retirarem das conversações.

Na Alemanha se costuma associar as coligações com as cores dos partidos (preto: CDU/CSU, amarelo: FDP e verde: Os Verdes). Se as negociações não tivessem fracassado, o país teria uma coalizão de governo nas cores da bandeira da Jamaica.

Leia também:Alemanha caminha para reedição da "grande coalizão"

O presidente da Sociedade da Língua Alemã, Peter Schlobinski, disse que a expressão não só reflete as dificuldades nas negociações para compor um novo governo após as eleições federais em setembro último, como também tem relevância sócio-política e linguística. Segundo ele, o fracasso das negociações significou tanto um fim como um recomeço, com a intervenção do presidente da Alemanha ou a possibilidade de novas eleições.

Em segundo lugar no concurso "palavra alemã do ano" ficou "Ehe für alle" ("casamento para todos"), em alusão à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, aprovado em junho no país. A terceira colocada foi a expressão "MeToo", da hashtag que viralizou na internet após as acusações de assédio sexual contra o produtor de cinema Harvey Weinstein, um dos mais conhecidos e influentes de Hollywood.

Desde 1971, a Alemanha elege sua palavra do ano. Em 2016, postfaktisch (pós-factual) foi escolhida por unanimidade pelo júri. "Pós-factual" ou "pós-verdade" é empregado para descrever uma cultura política baseada sobretudo em paixões e impressões pessoais, em detrimento dos fatos e com fins de manipulação.

Em 2015 havia sido Flüchtlinge (refugiados), enquanto em 2014 ganhou Lichtgrenz (fronteira de luz), a fileira de balões iluminados ao longo do trajeto do antigo Muro de Berlim, na celebração dos 25 anos da queda da fronteira entre as duas Alemanhas.

Para a seleção não é levada em conta a frequência com que uma expressão aparece, mas sim seu significado, popularidade e qualidade linguística.

RW/dpa/epd

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