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Janot denuncia senadores do PMDB

8 de setembro de 2017

Romero Jucá, Renan Calheiros, Edison Lobão, Valdir Raupp e Jader Barbalho, além de José Sarney, são acusados de formação de organização criminosa. Eles teriam recebido R$ 864 milhões em propina desviada da Petrobras.

Denúncia de Janot ocorreu no âmbito das investigações da Operação Lava Jato
Denúncia de Janot ocorreu no âmbito das investigações da Operação Lava JatoFoto: picture alliance/AP Images/E.Peres

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta sexta-feira (08/09) ao Supremo Tribunal Federal (STF) os senadores do PMDB Edison Lobão (MA), Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO) e Jader Barbalho (PA), além do ex-senador José Sarney, pelo crime de organização criminosa.

A denúncia ocorreu no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. O ex-presidente da Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras, Sérgio Machado também foi denunciado.

De acordo com a denúncia, há indícios de que os senadores mantinham o controle da Diretoria Internacional da Petrobras e da Transpetro, por meio da indicação de diretores, para receber propinas de fornecedores da estatal. Os acusados teriam recebido 864 milhões de reais em propina e gerado um prejuízo de 5,5 bilhões de reais aos cofres da Petrobras e 113 milhões de reais aos da Transpetro.

"Os agentes políticos, plenamente conscientes das práticas indevidas que ocorriam na Petrobras, tanto patrocinavam a nomeação e a manutenção dos diretores e dos demais agentes públicos no cargo, quanto não interferiam e nem fiscalizavam o devidamente o cartel e irregularidades subjacentes", destaca a Procuradoria-Geral da República (PGR).

A denúncia será avaliada pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no STF. A Segunda Turma da Corte decidirá, então, se os acusados serão julgados pelo crime, cuja pena varia de três a oito anos de prisão, além de multa.

Acusados atacam Janot

Ao site de notícias UOL, Barbalho negou as acusações e disse que Janot quer apenas limpar sua imagem com a denúncia. "Ele está saindo da PGR desmoralizado depois da trapalhada da J&F. Ele quer limpar a imagem que saiu muito avacalhada depois de vir à tona que ele negociou com criminosos a imunidade processual", afirmou o senador.

Em nota, Jucá também negou as acusações e disse que acredita na seriedade do STF. Ao G1, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, que representa o senador, além de Lobão e Sarney, afirmou estar perplexo com a denúncia, que mostraria apenas que o procurador-geral é contra políticos.

Na terça-feira, Janot apresentou denúncia semelhante contra membros do PT, entre eles os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Já o PP, que também faria parte do esquema, foi denunciado pelo procurador-geral na última sexta-feira. A denúncia está sob sigilo.

Leia mais: O PT mais uma vez contra a parede

No fim de agosto, Sarney, Renan, Jucá, Raupp e o senador Garibaldi Alves Filho (RN), também do PMDB, já haviam sido denunciados pela PGR pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro dentro do esquema que desviou recursos em contratos da Transpetro entre 2008 e 2012.

CN/abr/ots

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