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Jihadistas atacam base dos EUA no Quênia

5 de janeiro de 2020

Terroristas do Al-Shabab –  grupo filiado à rede Al-Qaeda – foram repelidos por forças quenianas e americanas. Três americanos e quatro terroristas morreram.

Kenia Lamu County | Angriff der Al-Shabaab-Miliz auf US-Militärstützpunkt
O ataque foi confirmado pelo Comando dos Estados Unidos para a África (AFRICOM)Foto: Imago Images/Xinhua

O grupo jihadista somali Al-Shabab atacou neste domingo (05/01) uma base militar no leste do Quênia, que também é utilizada por militares dos Estados Unidos.

Inicialmente, o exército local afirmou que apenas quatro terroristas foram mortos no ataque. Mais tarde, o Comando dos Estados Unidos para a África (Africom) informou que o ataque também provocou a morte de três americanos – um militar e dois funcionários civis do Departamento de Defesa dos EUA.

"Nesta manhã, por volta das 5h30 (23h30 de sábado em Brasília), houve uma tentativa de violação da segurança na Manda Air Strip (nome da base aérea atacada). A tentativa de invasão foi rechaçada com sucesso", declarou a Força de Defesa do Quênia (KDF) em comunicado.

"Até agora, foram encontrados quatro corpos de terroristas. A pista de aterrissagem está segura. Devido à tentativa fracassada de invasão, houve um incêndio que afetou alguns dos tanques de combustível localizados na pista. O incêndio está sob controle, e os procedimentos de segurança padrão estão em vigor", acrescenta a nota.

Cerca de 150 militares americanos estavam na base no momento do ataque.

"O Al-Shabab é uma organização terrorista brutal", disse William Gayler, major-general do exército dos EUA. "É um afiliado da Al-Qaeda que procura estabelecer um território islâmico autogovernado no leste da África, remover a influência e os ideais ocidentais da região e promover sua agenda jihadista. A presença dos EUA na África é extremamente importante para os esforços de combate ao terrorismo", completou.

A Manda Air Strip está localizada no condado de Lamu, na fronteira com a Somália, e também é usada pelas tropas americanas. O Al-Shabab, filiado à rede Al-Qaeda desde 2012, reivindicou a responsabilidade pelo ataque em uma declaração que identificou o espaço como "uma das muitas bases de lançamento da cruzada americana contra o Islã na região".

Na última quinta-feira, o grupo jihadista atacou um ônibus e deixou pelo menos três pessoas mortas e três feridas, também em território queniano.

Desde outubro de 2011, quando o governo do Quênia enviou o exército para a Somália em resposta a uma onda de sequestros supostamente realizados pelo Al-Shabab em seu território, radicais islâmicos realizaram numerosos ataques no país.

A tentativa de assalto à Manda Air Strip também vem no calor da crescente tensão entre os Estados Unidos e o Oriente Médio sobre a morte do general iraniano Qasem Soleimani em um bombardeio americano em Bagdá, na sexta-feira.

A ação militar tem causado grande instabilidade na região e um crescimento da hostilidade contra os EUA, uma crise que também pode complicar a já difícil situação de segurança no Chifre da África e, especialmente na Somália.

JPS/efe/ots

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