"Jogos Olímpicos serão seguros", diz diretora da OMS
24 de fevereiro de 2016
Em Brasília, Margaret Chan afirma que governo brasileiro tem tempo suficiente para executar planos de combate ao zika e proteger atletas e visitantes. Líder da Organização Mundial da Saúde elogia "esforços" de Dilma.
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A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou nesta terça-feira (23/02) que o Brasil estará apto para sediar os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro apesar da propagação do vírus zika.
Após encontro com a presidente Dilma Rousseff em Brasília, Chan disse que o governo brasileiro tem tempo suficiente para executar os planos de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, e garantir a segurança de turistas e atletas que visitarem o país durante a competição.
"Temos que garantir que as pessoas que venham para os Jogos, como visitante, participante ou atleta, tenham o máximo de proteção. Estou confiante de que o governo pode fazer isso", disse Chan, ao elogiar o desempenho de Dilma.
Chan ponderou que a batalha contra o zika será longa e complexa. "O vírus zika é muito resistente e difícil, assim como o mosquito Aedes aegypti", acrescentou.
A líder da OMS enfatizou a mobilização do governo e a transparência do país ao compartilhar informações sobre o zika e a microcefalia com o órgão. Nesta terça, o Ministério da Saúde confirmou 583 casos de microcefalia no país, 67 associados ao zika. A pasta investiga outros 4.107 casos suspeitos da doença.
No começo do mês, a OMS declarou situação de emergência internacional devido ao aumento de casos de infecções pelo zika em dezenas de países e à possível relação do vírus com quadros de malformação congênita e síndromes neurológicas.
Nesta terça, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) informou que investiga 14 novas suspeitas de possível transmissão sexual do zika. Os casos envolvem mulheres que foram contaminadas por parceiros portadores do vírus.
KG/abr/afp/rtr
Os 10 vírus mais perigosos do mundo
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.