Johnny Depp ganha processo de difamação contra Amber Heard
2 de junho de 2022
Júri decidiu que atriz de "Liga da Justiça" terá que pagar indenização de mais de 10 milhões de dólares ao ex-marido. Por outro lado, astro de "Piratas do Caribe" deverá pagar 2 milhões de dólares à ex-esposa.
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Um júri nos Estados Unidos considerou nesta quarta-feira (1º/06) a atriz Amber Heard responsável por difamar seu ex-marido, o ator Johnny Depp, em um julgamento acompanhado de perto nas redes sociais e transmitido ao vivo na televisão e na internet.
Os sete jurados – cinco homens e duas mulheres – sentenciaram Amber Heard por difamação, condenando a atriz a pagar 15 milhões de dólares a Depp. Posteriormente, a juíza diminui o valor para 10,35 milhões de dólares, devido às regras do estado da Virgínia, onde ocorreu o julgamento.
O júri também considerou que Amber Heard agiu com "malícia", indicando convicção de que a artista fez declarações sabendo que eram falsas.
Por outro lado, o júri também considerou que Heard foi difamada por um ex-advogado de Depp e determinou que o ator pagueuma indenização de dois milhões de dólares à atriz, valor que foi mantido pela juíza.
Depp não esteve presente da audiência, à qual assistiu por videoconferência do Reino Unido.
"Depois de seis anos, o júri trouxe-me de volta à vida. Estou realmente tocado", escreveu o astro da franquia de filmes Piratas do Caribe no Instagram.
Já Amber Heard mostrou-se "devastada" com o veredito. "Estou devastada que uma montanha de provas não tenha sido suficiente para confrontar o poder, a influência e a ascendência muito maiores do meu ex-marido", disse em comunicado. "Estou ainda mais desapontada com o que este veredito significa para outras mulheres. É um retrocesso. Desafia a ideia de que a violência contra as mulheres deve ser levada a sério", acrescentou.
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Coluna causou discórdia
Depp processou Heard por difamação por uma coluna publicada no jornal Washington Post em 2018, na qual a atriz se definia como "uma figura pública que representa a violência doméstica". A atriz não mencionou Johnny Depp no texto, mas seu ex-marido pediu no processo por difamação 50 milhões de dólares em danos, afirmando que a declaração destruiu sua carreira e reputação.
Amber Heard, que atuou em filmes como Liga da Justiça e Aquaman, respondeu pedindo o dobro: 100 milhões de dólares.
A atriz de 36 anos afirma ter exercido seu direito à liberdade de expressão ao escrever a coluna. Segundo ela, a reclamação de Johnny Depp foi "fútil" e prolongou "os abusos e assédios" que ela afirma ter sofrido durante o relacionamento.
Heard também acusou um ex-advogado do ator de tê-la difamado ao dizer à imprensa que suas alegações de violência doméstica eram "falsas".
Durante o julgamento de seis semanas, as duas estrelas de Hollywood se acusaram mutuamente de abusos antes e durante o casamento de dois anos.
Heard testemunhou que Depp a agrediu física e sexualmente. Depp negou e disse que foi ela quem se tornou violenta. Os dois se conheceram durante as gravações do filme Diário de um Jornalista Bêbado e foram casados de 2015 a 2017.
le (Lusa, AFP, EFE, AP, Reuters, ots)
Filmes que nunca chegaram às telas do cinema
Na história da sétima arte, não faltam projetos fracassados e obras-primas idealizadas por diretores renomados que nunca conseguiram ser exibidas – de Stanley Kubrick a Orson Welles e Alfred Hitchcock.
Foto: picture-alliance/Everett Colle/20thCentFox
'Napoleon', de Kubrick: jamais filmado
Um épico sobre Napoleão Bonaparte era para ser o filme mais elaborado de Stanley Kubrick, mas o projeto fracassou apesar do roteiro e dos figurinos já prontos. Para os produtores, um fator de desistência foi o malogro financeiro da megaprodução 'Waterloo', de Sergei Bondarchuk. Mas os preparativos de Kubrick não foram em vão: uma parte do material foi usada em seu filme 'Barry Lyndon' (1975).
Foto: Taschen
Falta de sorte para os filmes de Eisenstein
No início dos anos 1930, o famoso diretor Sergei Eisenstein planejou, mas acabou não conseguindo filmar uma obra intitulada 'Que viva Mexico!' em Hollywood. Uma segunda tentativa, um filme sobre a história do México, também não teve êxito. O material filmado acabou sendo usado em vários documentários.
Foto: Icestorm
Orson Welles e seus projetos incompletos
Orson Welles talvez seja o mestre dos filmes inacabados. O número de obras clássicas é superado pelo de projetos nunca finalizados. O mais célebre deles é 'The Other Side of the Wind' ('O outro lado do vento'). Welles começou a filmá-lo nos anos 1980, mas morreu antes de as filmagens terminarem. A plataforma online Netflix restaurou e completou o filme, que deverá ser lançado também no cinema.
Foto: picture-alliance/Mary Evans Picture Library
O último filme de Marilyn Monroe
Quando as filmagens começaram em 1962, ninguém sabia que este seria o último filme de Marilyn Monroe. Dirigido por George Cukor, 'Something's Got To Give' parece ter sido condenado ao fracasso porque Monroe abandonou a produção diversas vezes. Lee Remick foi escalada para substituí-la, mas foi vetada pelo ator principal, Dean Martin. Um documentário posterior mostra 37 minutos da obra inacabada.
Foto: picture-alliance/Everett Colle/20thCentFox
'Hell', experiência com cores
A icônica atriz alemã Romy Schneider deveria ter estrelado um famoso filme inacabado: 'L'Enfer' ('O Inferno'), de Henri-George Clouzot (1964). A produção se tornou um pesadelo, inclusive porque Clouzot teve um infarto. Posteriormente, o diretor usou alguns takes sensacionais de Schneider em seu último filme. Em 2009, foi lançado um documentário explorando por que 'O Inferno' nunca foi finalizado.
Foto: Kinowelt
Jerry Lewis e os palhaços chorões
De Jerry Lewis, 'The Day the Clown Cried' é um dos projetos mais misteriosos da história do cinema. O objetivo era narrar uma história da Alemanha nazista por meio do humor. O comediante americano dirigiu e estrelou o drama de 1972. Apesar de finalizado, o filme nunca foi exibido publicamente devido a problemas legais e à insatisfação de Lewis com o resultado.
Foto: STF/AFP/Getty Images
A megalomania de Francis Ford Coppola
Francis Ford Coppola também trabalhou em vários projetos que nunca avançaram. Entre eles, 'Megalópolis', de 1984 – o script de 200 páginas sobre uma disputa entre um arquiteto e um prefeito em relação ao futuro de Nova York nunca foi transformado em filme.
Foto: picture-alliance/AP Photo/L. Rebours
Sonho não realizado: 'Leningrado'
Nos anos 1980, o diretor italiano Sergio Leone, habituado a épicos (a foto o mostra no set de filmagens de 'Era uma vez no Oeste' em 68), queria filmar uma obra sobre o cerco dos nazistas a Leningrado durante a Segunda Guerra Mundial. O filme nunca foi realizado, uma vez que o diretor morreu em 1989, aos 60 anos, devido a problemas cardíacos.
Foto: picture-alliance/dpa/Cinecitta Press Office
Alfred Hitchcock e mais sonhos frustrados
Até o "mestre do suspense" Alfred Hitchcock não conseguiu finalizar todas as suas ideias. No final dos anos 1950, ele queria filmar 'No Bail for the Judge' (algo como 'Sem fiança para o juiz'), baseado no livro homônimo de Henry Cecil. Estrelado por Audrey Hepburn, o filme era sobre um juiz acusado de assassinar uma prostituta. Mas houve problemas, Hepburn recuou e Hitchcock tocou outros projetos.
Foto: Imago/Granata Images
Final feliz: 'The Man Who Killed Don Quixote'
As filmagens do lendário projeto sobre Dom Quixote, de Terry Gilliam, começaram em 2000, apenas para serem adiadas e interrompidas repetidamente por uma série de razões. Com o passar dos anos, os atores e até a história mudaram. O filme finalmente estreou nas telas de cinema no Festival de Cannes de 2018.
Foto: Diego Lopez Calvin/Tornasol Films/Carisco Producciones