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Jordânia enforca dois jihadistas em retaliação por piloto

4 de fevereiro de 2015

Entre os executados está a iraquiana Sajida al-Rishawi, que participou dos ataques terroristas de 2005 em Amã e que o "Estado Islâmico" queria libertar. Outro executado era membro da Al Qaeda.

Sajida al-Rashawi havia sido condenada à morte na JordâniaFoto: Reuters/M. Jaber

A Jordânia executou nesta quarta-feira (04/02) dois jihadistas iraquianos em retaliação à execução do piloto jordaniano Muath al-Kasaesbeh, supostamente queimado vivo pelo grupo extremista autodenominado "Estado Islâmico" (EI).

Entre os executados está uma mulher, Sajida al-Rishawi, condenada à morte pela sua participação nos ataques terroristas de 2005 em Amã, os piores da história da Jordânia. Rishawi, de 44 anos, deveria morrer no ataque, mas seu cinto com explosivos não funcionou.

O outro executado é Ziad al-Karbouli, um membro do alto escalão da Al Qaeda que havia sido condenado à morte em 2008. Ambos foram enforcados durante a madrugada. A notícia de que o piloto havia sido executado levou uma multidão às ruas de Amã para exigir vingança.

O EI havia proposto libertar um refém japonês, Kenji Goto, e o piloto jordaniano em troca da libertação de Rishawi. A Jordânia considerou aceitar a proposta, mas queria garantias de que o piloto estava vivo.

Obama recebeu o rei Abdullah na Casa BrancaFoto: Reuters

A decisão de executar a iraquiana foi anunciada depois de o EI ter divulgado um vídeo em que afirma ter queimado vivo o piloto jordaniano, capturado em dezembro. O vídeo mostra um homem envolto em chamas dentro de uma cela metálica. Segundo as autoridades jordanianas, o piloto havia sido executado já no início de janeiro.

O rei Abdullah 2º recebeu a notícia da morte do piloto durante uma viagem aos Estados Unidos. Ele disse que Kasaesbeh é um herói e prometeu continuar a luta contra o "Estado Islâmico". O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que, caso verdadeiro, o vídeo comprova mais uma vez a barbárie do grupo terrorista.

O piloto jordaniano havia sido detido em dezembro por extremistas da Síria, quando participava de ataques da coligação contra os extremistas. A Jordânia é um dos principais aliados dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo islâmico.

AS/lusa/rtr/afp

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