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Motivo do naufrágio

16 de janeiro de 2012

Segundo o "Corriere della Sera", o capitão do cruzeiro Costa Concórdia queria fazer uma saudação à família do chefe dos garçons, natural da Ilha de Giglio, e por isso mudou a rota do navio.

Costa Concórdia
Costa Concórdia: perto demais da Ilha de GiglioFoto: REUTERS

Nesta segunda-feira (16/01), três dias após o desastre no litoral italiano com o navio de cruzeiro Costa Concórdia, que levava 4,2 mil pessoas a bordo, 16 pessoas continuam desaparecidas. O número oficial de mortos é de seis.

A companhia de navegação responsabiliza exclusivamente o capitão do Costa Concórdia, Francesco Schettino, pelo acidente, e o jornal italiano Corriere della Sera sustenta que ele teria propositalmente mudado a rota do navio para homenagear um membro da tripulação que nasceu na Ilha de Giglio.

Segundo o jornal, uma usuária do Facebook chamada Patrizia T. postou em seu mural um recado que reforça a tese de que a mudança de rota por parte do capitão ocorreu para homenagear o chefe dos garçons do cruzeiro, o italiano Antonello T.

Na sexta-feira, às 21h06 (horário local), Patrizia T. postou o seguinte recado em seu mural: "Em pouco tempo, o Costa Concórdia passará bem, bem perto de nós. Um grande beijo para meu irmão, que em Savona finalmente abandonará a embarcação para entrar em férias."

Quando alguém questionou a que horas o navio passaria perto da costa, outro usuário escreveu: "Às 21h30, como sempre."

O irmão da usuária provavelmente seria Antonello T., segundo publicou o jornal italiano. O capitão teria convidado o chefe dos garçons para ir à cabine de comando para que ele pudesse ver a ilha onde nasceu.

"Olhe Antonello, estamos em frente da ilha", teria dito alguém ao mâitre. "Cuidado, estamos muito perto da costa", teria sida a resposta de Antonello, segundo relatou o jornal. A colisão com a rocha teria acontecido aproximadamente meia hora depois do comentário da irmã no Facebook.

O pai de Antonello confirmou à agência de Reuters que recebeu uma ligação do filho, pouco antes do acidente, para avisá-lo de que o navio passaria perto da ilha para fazer uma homenagem.

A equipe de resgate afirma que a busca pelos desaparecidos é perigosa porque o convés está com inclinação de 90 graus, o que aumenta o risco do navio deslizar sobre as pedras e afundar de vez. Porém destacaram que as buscas continuam até que toda a embarcação tenha sido averiguada.

BR/dpad/dpa/afp
Revisão: Alexandre Schossler

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