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Jornalistas espanhóis sequestrados na Síria são libertados

8 de maio de 2016

José Manuel Lopez, Ángel Sastre e Antonio Pampliega chegam à Espanha, após 10 meses em cativeiro. Eles desapareceram em julho de 2015 na cidade de Aleppo onde trabalhavam numa reportagem investigativa.

Spanien Journalisten wieder frei
Foto: picture alliance/dpa/D. Crespo

Três jornalistas espanhóis que estavam sequestrados na Síria desde o ano passado chegaram em Madri, neste domingo (08/05). Eles foram recepcionados por familiares na base aérea de Torrejon de Ardoz, próximo da capital espanhola.

No dia anterior, autoridades espanholas comunicaram que os jornalistas tinham sido libertados. "Os três foram libertados [...] e estão a caminho da Espanha", disse a presidente da Federação de Associações da Imprensa da Espanha (Fape), Elsa González, no sábado.

As fontes governamentais realçaram à agência de notícias EFE que a libertação destes jornalistas só foi possível graças à colaboração de países aliados e amigos, sobretudo, na fase final, de Turquia e Catar.

Os três homens – Antonio Pampliega, José Manuel Lopez e Ángel Sastre – desapareceram em julho. Eles trabalhavam em uma reportagem investigativa na cidade de Aleppo, norte da Síria, onde outros jornalistas foram capturados no passado, segundo notícias da imprensa espanhola na época.

A vice-primeira-ministra em exercício da Espanha, Soraya Saenz de Santamaria, fez contato e falou com os três, segundo um porta-voz do governo. O jornal El País noticiou que eles estão agora na Turquia e esperam ser levados para a Espanha por autoridades.

Os jornalistas entraram na Síria a partir da Turquia em 10 de julho e desapareceram pouco depois, informou a Fape no ano passado. Poucos detalhes foram divulgados sobre a situação dos jornalistas.

Os três jornalistas espanhóis José Manuel Lopez, Ángel Sastre e Antonio Pampliega, de esquerda para direitaFoto: picture-alliance/dpa/EFE

Jornalistas repeitados

Pampleiga, de 33 anos, tem contribuido para a agência de notícias AFP na cobertura das guerras civis na Síria e no Iraque. Lopez, de 45 anos, é um fotógrafo premiado e alimenta o banco de imagens da AFP de diversas zonas de guerra, incluindo a Síria. E Sastre, de 35 anos, também cobriu diversos pontos de conflito em todo o mundo para televisão, rádio e imprensa escrita espanhola.

Segundo ranking da organização Repórteres sem Fronteiras (RSF), a Síria é o país mais perigoso do mundo para jornalistas. Em agosto de 2014, o grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) decapitou o jornalista americano James Foley, que foi capturado no norte da Síria dois anos antes. Em 2013, outros três jornalistas espanhóis tinham sido capturados pelo EI, mas todos foram liberados.

PV/rtr/lusa/afp/efe

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