Kosovar-albanesa Majlinda Kelmendi é campeã olímpica na categoria meio-leve. Kosovo alcança o feito na estreia em Jogos Olímpicos e justamente no Brasil, que ainda não reconhece a sua independência.
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A judoca Majlinda Kelmendi fez história nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Na final da categoria meio-leve (até 52kg), neste domingo (07/08), Kelmendi superou a italiana Odette Giuffrida e conquistou a primeira medalha olímpica para o Kosovo.
Kelmendi, segunda colocada no ranking mundial em sua categoria, derrotou Giuffrida por um yuko – um terço de um ponto (ippon), caracterizado quando o oponente cai de lado. Ficaram com o bronze a russa Natalia Kuziutina e a japonesa Misato Nakamura, que derrotou a brasileira Érika Miranda na disputa pelo pódio.
Após a conquista inédita, Kelmendi não segurou as lágrimas, ergueu os braços e acenou para os espectadores na Arena Carioca 2, que contou com algumas bandeiras do Kosovo na plateia.
A bicampeã mundial – 2014, na Rússia, e 2013, justamente no Rio de Janeiro – foi a porta-bandeira do Kosovo na cerimônia de abertura, na sexta-feira passada. Nos Jogos de Londres, em 2012, a atleta kosovar-albanesa representou a Albânia, mas ficou sem medalha.
Os Jogos do Rio de Janeiro são os primeiros com atletas competindo sob a bandeira do Kosovo, que proclamou a independência da Sérvia em 2008 e que foi aceito como membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2014.
O Kosovo é reconhecido como país independente por 109 dos 193 Estados-membros da ONU, entre eles Alemanha, Estados Unidos, França e Reino Unido. Países como Espanha, Rússia e Brasil não reconhecem o Kosovo como independente.
PV/afp/dpa/ap
Grandes medalhistas olímpicos
Alguns já morreram, outros não competem mais. As modalidades dos atletas de maior sucesso nos Jogos Olímpicos são natação e hipismo.
Foto: dapd
Michael Phelps
Ele é o maior: não só por sua altura (1,92 m), mas também pelas medalhas olímpicas conquistadas. Em quatroOlimpíadas, o nadador americano ganhou 28 medalhas, sendo 23 delas de ouro. Em 2012, ele havia encerrado a carreira, mas não aguentou e voltou a competir dois anos depois. No Rio, garantiu cinco ouros e uma prata.
Foto: Getty Images/T. Pennington
Larissa Latynina
Seu sonho era se tornar bailarina, mas por sorte ela mudou de ideia, já que o balé não é disciplina olímpica. Entre 1956 e 1964, a então ginasta soviética subiu 18 vezes ao pódio, para receber nove medalhas de ouro. Depois de encerrar a carreira como atleta, ela se dedicou ao treinamento das equipes de ginástica olímpica da então União Soviética.
Foto: Imago
Paavo Nurmi
De 1920 a 1928, o finlandês conquistou 12 medalhas olímpicas, das quais nove de ouro. Nurmi estabeleceu 24 recordes mundiais, dos 1.500 metros até a corrida de uma hora. Em 1931, ele fez propaganda para o medicamento Rejuven, que hoje seria considerado anabolizante. Em 1932, ele recebeu uma proibição vitalícia de competir, sob a acusação de lesar as regulamentações de amadorismo.
Foto: picture-alliance/Imagno/Austrian Archives
Mark Spitz
Nos Jogos de 1972, em Munique, o nadador americano ganhou sete medalhas de ouro. Na Olimpíada anterior, no México, ele havia conquistado prata e bronze. Aos 22 anos de idade, ele encerrou a carreira para comercializar sua popularidade. Em 1992, aos 41 anos, ele tentou se qualificar para os Jogos de Barcelona, mas fracassou.
Foto: Imago
Carl Lewis
O americano dominou o salto em distância e os 100 metros rasos nas décadas de 1980 e 1990. Em 1999, ele inclusive foi eleito "atleta do século". Com nove medalhas de ouro e uma de prata, ele é um dos atletas mais bem sucedidos da história olímpica. Em 2003, Lewis admitiu ter usado substâncias proibidas durante a carreira no atletismo.
Foto: picture-alliance/dpa/S.Simon
Birgit Fischer
A canoísta é a alemã mais bem sucedida em Olimpíadas. Ainda nos tempos da Alemanha Oriental e mais tarde pela Ocidental, ela conquistou 12 medalhas (oito de ouro e quatro de prata). Ela participou de seis Jogos, sendo que em 1984 não pôde ir a Los Angeles por causa do boicote da Europa Oriental. Sua supremacia por tanto tempo lhe valeu um registro no livro Guinnes de recordes.
Foto: picture-alliance/dpa/S.Simon
Reiner Klimke
O cavaleiro Reiner Klimke é o segundo maior medalhista olímpico alemão. Nos Jogos de 1964 a 1988, ele conquistou seis medalhas de ouro e duas de bronze no adestramento. Klimke fez doutorado em Direito e foi um dos poucos atletas alemães ativos na política. Até hoje, é um dos mais bem sucedidos atletas olímpicos em sua modalidade.
Foto: picture-alliance/dpa
Kristin Otto
A nadadora participou apenas uma vez de Jogos Olímpicos, em 1988 em Seul, quando arrebarou nada menos que seis medalhas de ouro para a então Alemanha Oriental. Em 1999 e 2000, a equipe de natação alemã-oriental e seu treinador foram condenados por prática de doping anos a fio. Kristin, hoje jornalista esportiva, afirma que durante sua carreira nunca soube que era vítima de doping sistemático.
Foto: picture-alliance/dpa/L.Perenyi
Isabell Werth
Em Tóquio, a alemã participou pela sexta vez de uma Olimpíada. Ela coleciona sete medalhas olímpicas de ouro e quatro de prata. Em 2009, uma substância proibida encontrada em seu cavalo lhe valeu uma suspensão de seis meses. Em 2013, novas acusações de doping contra ela não foram comprovadas.
Foto: picture-alliance/dpa/F. Gentsch
Torben Grael e Robert Scheidt
Eles são os brasileiros com o maior número de medalhas olímpicas (cinco cada). Grael conquistou ouro em Atenas (2004) e em Atlanta (1996), bronze em Seul (1988) e em Sydney (2000) e prata em Los Angeles (1984). Já Scheidt (na foto) ganhou ouro em Atlanta (1996) e em Atenas (2004), prata em Sidney (2000) e em Pequim (2008) e bronze em Londres (2012).