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Juiz sueco vai interrogar Assange na embaixada do Equador

11 de agosto de 2016

Equador concorda que autoridades suecas interroguem fundador do Wikileaks sobre denúncias de estupro. Ativista vive na missão equatoriana na capital britânica desde 2012.

Julian Assange Gründer WikiLeaks
Foto: picture alliance/empics/D. Lipinski

O Equador anunciou nesta quinta-feira (11/08) que vai permitir que um juiz sueco interrogue o fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange, em sua embaixada em Londres, onde o ativista procurou asilo quatro anos atrás.

As autoridades suecas querem interrogar Assange como parte de uma investigação sobre duas denúncias de estupro que ocorreram na Suécia em 2010. Ele está morando na embaixada equatoriana desde junho de 2012, época em que o governo sueco pediu sua extradição para o Reino Unido. Desde então, a situação tem gerado tensão entre os governos sueco, britânico e equatoriano.

O Ministério das Relações Exteriores do Equador afirmou em comunicado que a audiência deve ser realizada nas próximas semanas."Nas próximas semanas, uma data será marcada para a audiência que será realizada na embaixada do Equador no Reino Unido", diz o comunicado.

Assange, de 45 anos, nega as acusações da Justiça sueca e afirma que elas foram politicamente motivadas devido ao seu trabalho à frente do Wikileaks e à publicação de segredos de Estado, especialmente dos EUA. A defesa dele afirma temer que ele possa ser extraditado para os EUA caso venha a ser preso pelos suecos, correndo o risco de ser condenado à morte.

Em fevereiro, Assange conseguiu uma vitória junto ao grupo de trabalho das Nações Unidas sobre prisões arbitrárias, que apontou que Suécia e Reino Unido cometeram infrações no contexto dos direitos fundamentais. A opinião da ONU, no entanto, não é vinculativa, e tanto as autoridades britânicas e suecas ainda afirmam que pretendem levar Assange à Justiça.

Em maio, um tribunal de Estocolmo afirmou que "Assange continua a ser suspeito de estupro e que existe o risco de fuga".

JPS/rt/dpa

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