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Juncker apresenta propostas para futuro da UE

1 de março de 2017

Depois de anos de crise política, presidente da Comissão Europeia formula cinco caminhos para a unidade do bloco e pede que países-membros escrevam um novo capítulo na história após o Brexit.

Juncker já excluiu o Reino Unido em propostas
Juncker já excluiu o Reino Unido em propostasFoto: REUTERS/Y. Herman

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou nesta quarta-feira (01/03) que chegou o momento dos 27 países integrantes da União Europeia (UE), já excluindo o Reino Unido, se tornarem pioneiros na conquista de um novo futuro para o bloco.

A declaração foi feita durante a apresentação ao Parlamento Europeu de um plano que traça cinco cenários para o debate sobre o futuro da UE. O evento ocorreu apenas algumas semanas antes do Reino Unido ativar o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que iniciará seu processo de saída do bloco.

O líder do executivo europeu salientou que a UE enfrentará "grandes desafios, mas que não são impossíveis de ultrapassar".  Juncker disse que por mais doloroso que o Brexit seja, o processo não impedirá a União Europeia de se mover em direção ao futuro.

O presidente da Comissão apresentou ainda "cinco caminhos" para a unidade que deverão ser analisados por líderes europeus durante uma cúpula especial em 25 de março, em Roma, que celebrará o aniversário de 60 anos do acordo de criação do bloco.

As propostas de Juncker vão desde reduzir a UE a um mercado comum até criar uma Europa de velocidades múltiplas, na qual países com a mesma opinião possam avançar com os planos mesmo quando outros discordam. Outra opção prevê o recuo de Bruxelas em várias áreas, como desenvolvimento regional, saúde, emprego e políticas sociais.

Como alternativa, há ainda a manutenção do status quo do bloco, com progressos limitados para o fortalecimento da moeda comum e a cooperação de defesa. O quinto caminho prevê uma abordagem mais federalista que, segundo Juncker, dividirá mais poder, recursos e decisões.

Durante o discurso, Juncker condenou os ataques permanentes de políticos populistas à Bruxelas e destacou que a União Europeia não é responsável pelos problemas de cada país. O presidente reconheceu, porém, que o bloco é colocado frequentemente num pedestal e também falhou no cumprimentos de algumas promessas ambiciosas, como diminuir as altas taxas de desemprego.

"Seja qual for a nossa escolha, o destino da Europa está nas nossas mãos. Nossa tarefa é dizer claramente o que a UE pode e não pode fazer", acrescentou Juncker, pedindo para que os líderes europeus respondam as sugestões até o fim deste ano.

CN/lusa/ap/afp/rtr/dpa

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