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Prazo maior a Atenas depende de conclusões da troika

22 de agosto de 2012

Após encontro com premiê grego, Antonis Samaras, presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, diz que concessão de maior prazo à Grécia dependerá do relatório da troika e afirma que não haverá decisão antes de outubro.

Greek Prime Minister Antonis Samaras, left, welcomes Jean Claude Junker, Prime Minister, of Luxembourg and President of Eurogroup prior their meeting in Athens, on Wendesday, Aug. 22, 2012. Greece needs more time to implement tough financial reforms and spending cuts, Prime Minister Antonis Samaras says as he starts the first of a series of top-level European meetings to discuss his debt-ridden country's international bailout. Jean-Claude Juncker, head of the Eurogroup, the body representing the finance ministers of the 17 countries that use the euro, arrived in Athens Wednesday afternoon to meet with Samaras and his finance minister, Yannis Stournaras. (Foto:Petros Giannakouris/AP/dapd)
Foto: AP

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, declarou, nesta quarta-feira (22/08), ser "totalmente contra" a saída da Grécia da zona do euro, acrescentando que a "prioridade número um do governo grego é a consolidação das finanças públicas", além de "uma estratégia robusta para reduzir seu deficit a médio prazo". As afirmações foram feitas logo após um encontro em Atenas com o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras.

Juncker não descartou que a Grécia consiga obter um alargamento dos prazos para atender as condições acordadas com credores internacionais, como reivindica Samaras. O líder conservador pede um "espaço para respirar" para a economia grega. Sua esperança é que os parceiros europeus lhe concedam mais tempo, e que a Grécia só tenha que alcançar a meta de deficit da União Europeia de 3% do PIB em 2016 e não já em 2014, como acordado com a troika, formada pelo Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional.

Crise de credibilidade

Juncker destacou, entretanto, que um relaxamento de prazos dependerá do relatório a ser elaborado pela troika, cujas conclusões devem ser anunciadas em outubro. "Vai depender das conclusões da missão da troika", concluiu Juncker. Em entrevista a uma rede de televisão em Luxemburgo, garantiu que "não haverá decisão alguma sobre a Grécia antes de outubro".

Samaras apela: Grécia necessita de "espaço para respirar"Foto: dapd

Após a reunião com Samaras, Juncker apelou aos gregos para que não desperdicem "a última chance". "No que diz respeito ao futuro imediato, acredito que a bola está agora na metade grega do campo", explicou. "Quero dizer que sou absolutamente contra a saída da Grécia da zona do euro", voltou a ressaltar, acrescentando que a medida poria em risco toda a união monetária. No entanto, exigiu dos gregos mais esforços para superar o alto endividamento, acrescentando: "O processo de privatização prometido deve ser reiniciado". Juncker salientou, ainda, que o país está sofrendo uma crise de credibilidade.

Em entrevista ao diário popular alemão Bild, Samaras afirmara que a Grécia precisa de mais tempo para fazer cortes de gastos e reformas. "Tudo o que queremos é um pouco de espaço para respirar, para reativar a economia rapidamente e aumentar a renda do Estado", disse o primeiro-ministro ao diário. "Deixe-me ser claro. Não estamos pedindo dinheiro adicional", sublinhou.

Merkel rejeita pedido de tempo

A Alemanha é contrária à concessão de mais tempo a Atenas. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, ressaltou nesta quarta-feira que, na zona do euro, "todos os parceiros devem cumprir suas obrigações". "Isto também se aplica à Grécia", acrescentou. "Para ser levada a sério como parceiro internacional, a Europa precisa de credibilidade."

Merkel acenou rejeição ao pedido grego por mais tempoFoto: AP

Samaras encontra nesta sexta-feira a líder alemã em Berlim e no sábado visita o presidente francês, François Hollande em Paris. Antes, Angela Merkel e Hollande se encontram em Berlim. De acordo com o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, há ainda grande necessidade de ajustes entre as posições francesa e alemã.

MD/dpa/afp
Revisão: Augusto Valente

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