Desembargador acata pedido de advogados do Whatsapp e revoga decisão de juiz de Sergipe de manter aplicativo inativo por três dias. Brasileiros ficaram sem acesso ao serviço por mais de 24 horas.
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O desembargador Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima, do Tribunal de Justiça de Sergipe, decidiu revogar o bloqueio do aplicativo de mensagens Whatsapp nesta terça-feira (03/05), pouco mais de 24 horas após a suspensão do serviço no Brasil.
O acesso ao aplicativo foi bloqueado em território nacional às 14h (Brasília) de segunda-feira, por decisão do juiz Marcel Montalvão, da Vara Criminal de Lagarto, em Sergipe. O serviço deveria ficar inativo por um período de 72 horas.
Os advogados do Whatsapp entraram com um pedido na Justiça para revogar a decisão de Montalvão, que foi negado por outro desembargador, Cezário Siqueira Neto, durante a madrugada. Mais tarde, porém, o magistrado Abreu Lima acatou o pedido da empresa.
"A decisão já foi disponibilizada no site do Tribunal de Justiça de Sergipe para dar ciência às partes e autoridades interessadas", afirma um comunicado do tribunal.
Brasileiros enfrentam transtornos com bloqueio do Whatsapp
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O bloqueio do Whatsapp
O juiz Montalvão ordenou a interrupção dos serviços do Whatsapp no Brasil por três dias, atendendo a um pedido de medida cautelar da Polícia Federal.
O bloqueio foi solicitado porque o Facebook, dono do Whatsapp, descumpriu ordens judiciais que exigiam o compartilhamento de informações. Conteúdos de conversas no aplicativo seriam usados como provas em investigações ligadas ao crime organizado e ao tráfico de drogas, que tramitam em segredo de justiça em Lagarto.
Em comunicado, o Whatsapp informou ter cooperado até o limite de suas possibilidades com a Justiça brasileira. "Estamos desapontados que um juiz de Sergipe tenha decidido mais uma vez ordenar o bloqueio de Whatsapp no Brasil", afirma o texto.
"Esta decisão pune mais de 100 milhões de brasileiros que dependem do nosso serviço para se comunicar, administrar os seus negócios e muito mais, para nos forçar a entregar informações que afirmamos repetidamente que nós não temos."
A recusa em liberar esses dados já havia levado à prisão do vice-presidente do Facebook na América Latina, Diego Dzodan, em 1º de março – também determinada por Montalvão. O executivo, porém, foi liberado no dia seguinte, após decisão do Tribunal de Justiça de Sergipe.
EK/abr/lusa/rtr
Facebook compra WhatsApp
A era do Facebook acabou? Não parece. Mark Zuckerberg simplesmente compra tudo que os jovens usam. A última aquisição: o serviço de mensagens por celular WhatsApp.
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Uma vida sem o WhatsApp?
Para muitos usuários de smartphones, é impossível imaginar uma vida sem o WhatsApp. No mundo inteiro há mais de 450 milhões de usuários enviando mensagens diariamente. O serviço é utilizado principalmente pelos jovens.
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Novos amigos
O serviço de mensagens do Facebook estava perdendo popularidade a ponto de o gigante da internet incorporar o WhatsApp por 19 bilhões de dólares. O negócio deve impulsionar a área de mensagens rápidas da rede social.
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O inventor
Jan Koum é o homem que teve a ideia do WhatsApp e, em 2009, junto com o amigo Brian Acton, lançou o produto. O aplicativo é uma das principais histórias de sucesso da área da tecnologia. Ainda em janeiro, numa conferência em Munique, Koum havia jurado: "nós queremos crescer, mas não queremos vender".
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Gigante das redes sociais
Mesmo que os críticos digam que o grande momento do Facebook já passou, a nova fusão revigora o gigante das redes sociais localizado ao sul de San Francisco, em Menlo Park, capaz de conectar pessoas no mundo todo.
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Motivos para sorrir
Com aquisição de mais um concorrente, Mark Zuckerberg tem toda a razão de manter sua pose de relaxado. O aplicativo de "conversação em tempo real" (como afirmou Zuckerberg sobre o WhatsApp) tem como objetivo chegar a todos os smartphones do mundo. O SMS, velho conhecido dos usuários mais antigos da telefonia móvel, vai cada vez mais perder espaço.
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WhatsNext?
Talvez seja só uma questão de tempo até Zuckerberg se apropriar de outro concorrente, o Snapchat. Com esse aplicativo, os usuários podem enviar mensagens de texto, fotos e vídeos que se deletam depois de algum tempo. Um enorme sucesso entre os jovens. O Facebok já ofereceu 3 bilhões de dólares pelo serviço, valor considerado insuficiente pelos donos do Snapchat.
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Instagram já está no time
O Instagram, aplicativo com o qual se pode editar e postar fotos, foi e é tão popular na internet que o Facebook anunciou, em dezembro de 2012, a sua compra. O preço do novo parceiro? Um bilhão de dólares.