1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Kirchnerista sai na frente nas primárias argentinas

10 de agosto de 2015

Governador de Buenos Aires Daniel Scioli, correligionário de Cristina, lidera votação em pleito tido como parâmetro para presidenciais de 25 de outubro. Opositor Maurício Macri, prefeito da capital, aparece em segundo.

Governador de Buenos Aires Daniel ScioliFoto: Getty Images/AFP/J. Mabromata

O governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, candidato do partido da presidente Cristina Kirchner, venceu as eleições primárias argentinas – um pleito de voto obrigatório considerado o principal termômetro para as presidenciais de 25 de outubro.

Com 62% das urnas apuradas nesta segunda-feira (10/08), Scioli, único candidato da Frente para a Vitória, tinha 37% dos votos. Ele era seguido pelo prefeito de Buenos Aires, Maurício Macri, que se impôs com folga sobre seus correligionários da conservadora Proposta Republicana, até aqui dona de 31% dos votos.

"Quero agradecer aos que votaram em nós. E aos que não votaram saibam que vamos pôr todo nosso empenho para convencer a todos, a fim de que tenham certeza em outubro que este é o caminho para chegar à grande Argentina do desenvolvimento e do progresso", disse Scioli, que dedicou a vitória a Néstor Kirchner, de quem foi vice-presidente, e a Cristina.

Em terceiro lugar na contagem aparecem os peronistas dissidentes da aliança Unidos por uma Nova Alternativa. Juntos, Sergio Massa (13%) e José Manuel de la Sota (8%) somavam mais de 21% dos votos.

Quinze pré-candidatos a presidente participaram das primárias, destinadas sobretudo a que cada partido escolha seu nome para 25 de outubro. O pleito é considerado o mais aberto desde 2003, quando Néstor Kirchner chegou ao poder. Desde então, o kirchnerismo venceu sucessivas eleições com relativa facilidade.

Maurício Macri, prefeito de Buenos Aires, é principal nome que ameaça o kirchnerismoFoto: Reuters/E. Marcarian

Cada pré-candidato tem que obter pelo menos 1,5% dos votos para participar das presidenciais, quando quem ficar com 45% dos votos ou mais de 40% e dez pontos acima do segundo mais votado se tornará o sucessor de Cristina Kirchner. Com os resultados, só seis candidatos foram habilitados.

Os dois mais votados – Macri e Scioli – são ambos ex-homens de negócios, com políticas mais ortodoxas que as de Cristina. Os altos gastos do atual governo drenaram as contas públicas e alimentaram a inflação, enquanto o controle cambial e comercial desacelerou o investimento.

Macri promete liberar rapidamente os mercados. Scioli afirma que o "gradualismo" é o melhor caminho para abrir a economia e ao mesmo tempo, segundo ele, preservar a forte rede de seguridade social.

RPR/efe/ots