1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Líbia anuncia avanço nas investigações após ataque a consulado dos EUA

14 de setembro de 2012

Primeiro-ministro Mustafá Abu Shagur diz que algumas detenções já foram feitas. Protestos contra os Estados Unidos se espalham para outros países muçulmanos.

Mustafá Abu ShagurFoto: picture-alliance/dpa

O novo primeiro-ministro líbio, Mustafá Abu Shagur, declarou nesta quinta-feira (13/09) à agência de notícias AFP que as forças de segurança do país fizeram um "grande avanço" nas investigações sobre o ataque ao consulado dos EUA, na cidade de Bengasi na Líbia, na noite desta terça-feira.

"Nós temos alguns nomes e algumas fotografias", disse. "Algumas detenções já foram feitas e outras estão sendo realizadas neste momento."

Quatro funcionários norte-americanos, incluindo o embaixador Chris Stevens, foram mortos no ataque ao consulado em Bengasi, cidade que foi o principal reduto dos rebeldes durante a revolta contra o ditador Muammar Kadafi.

A revolta contra os Estados Unidos parece ser originada, ao menos em parte, por um filme de produção amadora que ofende o Islã. Uma parte da produção foi traduzida para o árabe e postada no portal Youtube. O filme retrata o profeta muçulmano Maomé como homossexual, mulherengo e abusador de crianças.

"O governo dos Estados Unidos não teve absolutamente nada que ver com esse vídeo. Rejeitamos completamente o seu conteúdo e a sua mensagem", afirmou a secretária de Estado Hillary Clinton, em Washington, nesta quinta-feira.

"Para nós, e para mim pessoalmente, este vídeo é repugnante e condenável. Parece ter um propósito profundamente cínico, de ofender uma grande religião e provocar a ira." Apesar disso, afirmou Clinton, a existência do filme não justifica o emprego da violência.

Protestos foram registrados nesta quinta-feira em vários países e regiões, incluindo Iêmen, Egito, Bangladesh, Irã, Iraque, Kuwait, Jordânia, Sudão, Tunísia e na Faixa de Gaza. Autoridades dos EUA confirmaram que medidas extras de segurança foram tomadas em vários países para evitar mais problemas nesta sexta-feira.

AFN/lusa/afp
Revisão: Alexandre Schossler

Pular a seção Mais sobre este assunto