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Líder do Pegida é indiciado por incitação ao ódio

2 de outubro de 2015

Para Promotoria de Dresden, insultos a imigrantes publicado por Lutz Bachmann no Facebook configuram crime. Cabe à Justiça decidir se abrirá processo. Pena pode chegar a cinco anos de prisão.

Foto: Reuters/F. Bensch

A Promotoria Pública de Dresden indiciou nesta sexta-feira (02/10) o fundador do movimento Pegida (sigla em alemão para "Europeus patriotas contra a islamização do Ocidente"), Lutz Bachmann, por incitação ao ódio em mensagens contra migrantes publicadas no Facebook.

Nas mensagens publicadas no outono de 2014, Bachmann, de 42 anos, chama estrangeiros de "animais" e "trastes", entre outros termos. De acordo com a promotoria, as postagens evidenciam que ele não se importou de perturbar a ordem pública. As autoridades acusam ainda o fundador do Pegida de atacar a dignidade dos refugiados, além insultá-los e difamá-los, e, dessa maneira, incitar ao ódio contra migrantes.

A promotoria abriu o inquérito em janeiro, quando o conteúdo das mensagens veio a público. A denúncia foi apresentada em Dresden, e, agora, cabe a um tribunal decidir se abrirá um processo contra Bachmann, que já cumpriu pena por furto e tráfico de drogas.

Além dessa denúncia, outras foram feitas contra o fundador do Pegida. Nesta segunda-feira, após uma marcha do movimento, uma pessoa apresentou queixa contra Bachmann, afirmando que ele havia chamado requerentes de asilo de criminosos.

Imprensa divulgou fotos de Bachmann postadas no FacebookFoto: picture-alliance/dpa/M. Brandt

Há também uma denúncia contra ele devido a outras mensagens publicadas em redes sociais. A pena por incitação ao ódio pode chegar a cinco anos de prisão.

O Pegida surgiu há um ano em Dresden e, durante o seu auge, em janeiro, chegou a reunir 25 mil pessoas nas ruas da cidade. Depois de um racha interno, o movimento perdeu força. No entanto, com a crise dos refugiados, as marchas das segundas-feiras voltaram a atrair pessoas. Esta semana, cerca de 7,5 mil participaram do protesto.

Em janeiro, Bachmann esteve envolvido num escândalo, que custou a ele, por um tempo, a liderança do movimento. Ele postou em seu perfil no Facebook uma foto em que usa um bigode e um penteado semelhantes aos de Adolf Hitler. Na época, ele se defendeu dizendo que o selfie era apenas "uma piada".

CN/dpa/ap

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