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Líder salafista alemão vai a julgamento

6 de setembro de 2016

Sven Lau é acusado de dar apoio financeiro e recrutar combatentes para grupo terrorista na Síria, ligado à Frente al-Nusra. Ele ficou conhecido por criar a "polícia da sharia" na Alemanha.

Sven Lau
Sven LauFoto: picture-alliance/dpa/F. Gambarini

O pregador salafista alemão Sven Lau foi a julgamento nesta terça-feira (06/09) em Düsseldorf, no oeste da Alemanha, acusado de apoiar e de recrutar seguidores para o grupo terrorista sírio JMA (Jaish al-Muhajireen wal-Ansar, ou Exército de Emigrantes e Apoiadores).

O salafista alemão ficou conhecido por criar a autointitulada "polícia da sharia", que patrulhava as ruas da cidade de Wuppertal. Homens de colete alaranjado que pregavam uma visão radical do islamismo exigiam que os muçulmanos não frequentassem casas noturnas, não consumissem bebidas alcoólicas ou drogas, não comparecessem a shows de música e não se envolvessem com prostituição.

Lau foi preso em dezembro de 2015 na cidade de Mönchengladbach, também no oeste do país. Segundo os promotores, ele era o principal contato do JMA na região de Düsseldorf.

A acusação afirma que ele teria recrutado dois voluntários em 2013 e também diz que ele entregou 250 euros em dinheiro a um combatente na Síria e pagou e organizou a entrega de equipamentos de visão noturna no valor de 1.440 euros à organização terrorista.

O JMA, que conta com combatentes estrangeiros da Chechênia e da Ásia Central, jurou lealdade à Frente al-Nusra, mas uma dissidência se uniu ao grupo "Estado Islâmico" (EI). Lau faz parte da ala que apoia o EI.

Lau nega as acusações e diz que fez viagens à Síria por razões humanitárias. O advogado dele, Mutlu Guenal, afirmou que o processo é "judicialmente cego" e criticou a escolha das testemunhas. A expectativa é que o julgamento prossiga até janeiro.

KG/afp/rtr/dpa

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