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Líderes condenam atentado na Turquia e reforçam união

29 de junho de 2016

Nações Unidas expressam necessidade de intensificar cooperação internacional contra o terrorismo. EUA, Alemanha, França e Otan prometem apoio ao governo turco.

Policial na entrada do aeroporto Atatürk, que foi alvo de triplo atentado suicidaFoto: Reuters/M. Sezer

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, condenou nesta quarta-feira (29/06) o atentado perpetrado na noite anterior no aeroporto de Istambul, que fez ao menos 36 mortos e 147 feridos, e pediu uma maior cooperação internacional no combate ao terrorismo.

Em comunicado, Ban Ki-moon condenou o "ataque terrorista" e manifestou seu "profundo pesar e condolências" aos familiares das vítimas e ao governo e povo da Turquia. O secretário-geral da ONU afirmou esperar que os responsáveis pelo crime sejam identificados e levados à Justiça.

Ban Ki-moon ainda sublinhou "a necessidade de se intensificar os esforços de cooperação regional e internacional para combater o terrorismo e o extremismo violento".

Os Estados Unidos também condenaram os ataques, que chamaram de "abomináveis", e garantiram apoio à Turquia. "O aeroporto internacional Atatürk, como o aeroporto de Bruxelas, que foi atacado anteriormente este ano, é um símbolo das conexões internacionais e dos laços que nos unem", afirmou o porta-voz do executivo americano, Josh Earnest.

"Continuamos a ser leais e a manifestar o nosso apoio à Turquia, nosso aliado e parceiro na Otan, bem como aos nossos amigos e aliados em todo o mundo, e vamos continuar a enfrentar o terrorismo."

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, condenou o atentado e expressou a solidariedade da Aliança Atlântica para com a Turquia. "Condeno veementemente os horrendos atentados", afirmou Stoltenberg, acrescentando que os aliados estão unidos na determinação para combater o terrorismo em todas as suas formas.

O presidente francês, François Hollande, chamou o atentado de ato abominável. "Condeno esse ataque", afirmou o chefe de Estado, temendo que atos terroristas tornem a situação na Turquia ainda mais difícil.

O desafio agora é "garantir que se possa saber quem foram os autores para, em conjunto, fazermos tudo o que for possível contra o terrorismo, particularmente naquela região", afirmou. "Temos de agir para coordenar ainda mais os nossos serviços e realizar o máximo possível de ações necessárias contra o terrorismo", acrescentou.

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, transmitiu suas condolências às vítimas e se declarou chocada com este novo ato terrorista. Ela manifestou ainda solidariedade com o povo turco. "Quero dizer a todo o povo turco que estamos unidos na luta contra o terrorismo e vamos nos apoiar mutuamente", declarou Merkel.

O governo da Grécia também condenou o atentado nos termos mais duros. O Ministério do Exterior manifestou "indignação e estado de choque" por este "novo ataque terrorista" na cidade de Istambul. "Estamos firmes ao lado dos nossos vizinhos, dos nossos irmãos, contra o terrorismo", escreveu a diplomacia grega.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, apelou para que a luta internacional conjunta contra o terrorismo seja reforçada depois daquele que foi o quarto atentado mortal registrado em Istambul somente neste ano.

Segundo o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, os indícios iniciais apontam o grupo extremista Estado Islâmico (EI) como o responsável pelo triplo atentado suicida.

O aeroporto internacional Atatürk é o maior da Turquia e um dos que tem mais trânsito no mundo.

AS/lusa/dpa