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Reações

2 de maio de 2011

Governantes lembram que o líder da Al Qaeda foi responsável pela morte de milhares de pessoas inocentes e dizem que o fim dele é uma boa notícia para o mundo. Mas a luta contra o terrorismo continua, salientam.

Westerwelle: boa notícia para todas as pessoas que defendem a paz
Westerwelle: boa notícia para todas as pessoas que defendem a paz e a liberdadeFoto: dapd

Líderes das nações países europeias saudaram nesta segunda-feira (02/05) a morte do líder terrorista Osama bin Laden. Em Berlim, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, mostrou-se aliviada quando soube do fato, disse o porta-voz Steffen Seiber.

A premiê lembrou que Bin Laden foi o responsável pela morte de milhares de inocentes. "Por ordens dele e em nome dele o terrorismo foi conduzido em diversos países. Ele se voltava contra homens, mulheres e crianças, contra cristãos e muçulmanos", afirmou o porta-voz.

Merkel disse também que agora é necessário redobrar a atenção. As "forças de paz" obtiveram sucesso nesta missão, mas o terrorismo ainda não está eliminado. "Todos precisamos estar atentos", enfatizou a chanceler federal.

O ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, disse que Bin Laden foi um dos terroristas mais brutais do mundo. "Esse homem tirou a vida de milhares de pessoas inocentes. Que se tenha posto um fim às ações desse terrorista é uma boa notícia para todas as pessoas que defendem a paz e a liberdade no mundo", disse o ministro.

Wolfgang Ischinger, ex-embaixador alemão em Washington e organizador da conferência de segurança em Munique, disse acreditar em retaliação por parte de grupos terroristas contra os Estados Unidos e o Paquistão.

Sarkozy: justiça foi feita

Karzai: morte é resposta às ações do líder terroristaFoto: AP

Em Paris, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, qualificou a morte de Osama Bin Laden de uma derrota histórica para a "praga do terrorismo". O chefe do Estado francês salientou, porém, que o combate contra a organização Al Qaeda "deve continuar sem descanso".

Sarkozy descreveu o líder da Al Qaeda como o promotor de uma ideologia do ódio e o responsável pela morte de milhares de pessoas em todo o mundo, “notadamente nos países muçulmanos”. Para essas vítimas, afirmou Sarkozy, a justiça foi feita.

Assim como a França, também o governo italiano saudou "a tenacidade dos Estados Unidos” na caça ao líder da Al Qaeda. Em comunicado, o governo em Roma expressou sua satisfação pela eliminação de Osama Bin Laden durante uma operação das forças norte-americanas no Paquistão.

"Trata-se de uma grande vitória para os Estados Unidos e para toda a comunidade internacional na luta contra a Al Qaeda e contra o terrorismo", declarou em nota oficial o ministro do Exterior da Itália, Franco Frattini.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, também felicitou os Estados Unidos e disse que a morte de Bin Laden é um grande alívio para todos os povos do mundo. Cameron disse também que este é um momento para recordar os que foram mortos pelas forças de Bin Laden.

A Rússia também saudou a morte do terrorista. Um porta-voz do presidente russo, Dimitri Medvedev, sublinhou que o país está pronto para aumentar a cooperação na luta conjunta contra o terrorismo. "A Rússia foi um dos primeiros países a enfrentar os perigos trazidos pelo terrorismo global e, infelizmente, sabe o que na realidade é a Al Qaeda", declarou o porta-voz.

O Japão decidiu reforçar a segurança das suas bases militares. A intenção é prevenir eventuais represálias, anunciou o ministro japonês da Defesa, Toshimi Kitazawa, citado pela agência de notícias Jiji.

Oriente Médio

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, considerou que a morte de Bin Laden é uma resposta às ações do líder da Al Qaeda. Karzai apelou aos talibãs para que tirem lições da morte de Bin Laden e se unam, agora, ao processo de paz no país. Bin Laden também foi responsável pela morte de muitos afegãos, disse o presidente nesta segunda-feira em Cabul.

O presidente do Afeganistão pediu novamente à Otan e à comunidade internacional para que a luta contra o terrorismo, principalmente no Paquistão, seja intensificada.

O ex-embaixador do regime Talibã no Paquistão, Abdul Salam Saeef, declarou, porém, que a morte de Bin Laden não vai impedir a luta dos rebeldes contra as tropas internacionais estacionadas no Afeganistão. Segundo ele, trata-se de uma guerra liderada por afegãos contra estrangeiros. Ele disse ainda que a morte de Bin Laden no Paquistão comprova que a presença das tropas internacionais no Afeganistão é injustificada.

Igreja Católica

O Vaticano comunicou apenas que espera que a morte do líder da Al Qaeda não venha a desencadear ainda mais problemas para o mundo. Bin Laden carregava grande responsabilidade pela cisão e pelo ódio entre os povos, sentimentos que causaram a morte de inúmeras pessoas, declarou o porta-voz Federico Lombardi, nesta segunda-feira de manhã. Bin Laden instrumentalizou a religião para seus fins, acrescentou Lombardi. Apesar de tudo, a morte de uma pessoa nunca pode ser motivo de alegria para um cristão, afirmou o porta-voz.

BR/lusa/dpa/rtr
Revisão: Alexandre Schossler

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