1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Irã manifesta ceticismo quanto a acordo nuclear

9 de abril de 2015

Aiatolá Ali Khamenei hesita em apoiar acordo prévio acertado com potências mundiais. Ao mesmo tempo, presidente Rohani exige remoção imediata das sanções ao país no primeiro dia de validade de um pacto definitivo.

Ali Khamenei, líder supremo do IrãFoto: picture-alliance/AP Photo/Office of the Iranian Supreme Leader

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, manifestou-se nesta quinta-feira (09/04) sobre o acordo nuclear prévio acertado na semana passada entre seu país e potências mundiais, afirmando não ser "nem a favor nem contra" o pacto e ressaltando que este ainda não é definitivo.

"O que foi feito até agora não garante um acordo [definitivo], nem seu conteúdo, nem que as negociações irão até o fim", declarou Khamenei.

Horas antes, o presidente iraniano, Hassan Rohani, disse que a aprovação de um acordo definitivo depende da remoção imediata das sanções impostas pelo Ocidente no contexto do programa nuclear do país.

Rohani declarou que o acordo prévio serve como prova de que o Irã "não se rendeu à política de pressão e sanções". "Essa é uma vitória nossa", comemorou. As declarações sinalizam uma posição mais rígida de Teerã, que poderia estar tentando acumular poder de barganha.

O Irã e seis potências mundiais chegaram a um acordo prévio na semana passada sobre o pacto que deverá restringir a capacidade do país de produzir armas nucleares em troca do acesso dos iranianos a contas bancárias congeladas, mercados de petróleo e bens financeiros bloqueados. As linhas gerais definidas na semana passada terão agora que ser detalhadas num acordo mais amplo, até 30 de junho.

"Não assinaremos nenhum acordo [definitivo] se as sanções econômicas não forem totalmente removidas no primeiro dia da implementação do acordo", afirmou Rohani durante uma cerimônia do Dia da Tecnologia Nuclear no Irã, que comemora as conquistas do país na área.

O acordo prévio, porém, não prevê a imediata remoção das sanções, e especifica que estas seriam retiradas somente após observadores internacionais verificarem se Teerã se comprometeu de fato com as limitações previstas no pacto. Além disso, se em algum momento o país falhar ao cumprir o acordado, as sanções seriam imediatamente restabelecidas.

RC/rtr/ap

Pular a seção Mais sobre este assunto