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Festa da Liberdade

9 de novembro de 2009

Festa no Portão de Brandemburgo teve participação de líderes políticos do mundo todo. Chanceler federal Angela Merkel lembra a data, pedindo mais esforços para reunificar o país.

Líderes mundiais festejaram sob guarda-chuvasFoto: AP

Sob uma chuva fina intermitente, mais de 100 mil pessoas se reuniram no Portão de Brandemburgo nesta segunda-feira (09/11) para viver mais um momento histórico na capital alemã. A grande Festa da Liberdade começou com um concerto da orquestra ao ar livre da orquestra da Staatsoper, regida pelo maestro israelense de origem argentina Daniel Barenboim.

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, o presidente russo, Dimitri Medvedev, e chefes de Estado e de governo de cerca de 30 países atravessaram o Portão de Brandemburgo. Depois, Merkel e representantes dos aliados, vencedores da Segunda Guerra Mundial, se pronunciaram. Entre as atrações musicais da noite, estão a banda americana Bon Jovi e o DJ Paul van Dyk, natural da Alemanha Oriental.

A queda de mais de mil pedras de dominó de tamanho gigante enfileiradas entre o Portão de Brandemburgo e a praça Potsdamer Platz, no mesmo lugar por onde corria o Muro, é o ponto alto da noite. O ato simboliza a queda da fronteira entre as duas Alemanhas e o efeito dominó que o acontecimento provocou no mundo inteiro. Cerca de 15 mil jovens e crianças pintaram as peças de isopor, de quase 2,5 metros de altura. Uma delas foi decorada com a colaboração especial do líder sul-africano Nelson Mandela.

Mais esforços

À tarde, a chanceler federal atravessou um antigo ponto de fronteira na rua Bornholmer Strasse, juntamente com o ex-dirigente soviético Mikhail Gorbachov, do ex-líder do sindicato polonês Solidariedade, Lech Walesa, e de 200 antigos oposicionistas do regime comunista, além de uma multidão de curiosos. Foi um gesto simbólico. A ponte foi a primeira ser aberta na cidade.

Em seu discurso, Angela Merkel disse que a queda do Muro "resultou de uma longa história de falta de liberdade e da luta pela falta de liberdade".

Pedras de dominó pintadas e com 2,5 metros de altura representaram o Muro de BerlimFoto: AP

Merkel classificou o 9 de novembro de 1989 como o "dia mais feliz da história alemã", em cerimônia religiosa realizada pela manhã. Ela e o presidente alemão, Horst Köhler, participaram de um culto ecumênico na Gethsemanekirche, igreja que desempenhou um papel importante na revolução pacífica de 1989 na Alemanha Oriental.

Angela Merkel cobrou mais esforços no sentido de conclusão da reunificação do país. Ela disse em entrevista à TV alemã que na região da antiga Alemanha Oriental houve melhorias, mas que a taxa de desemprego continua sendo o dobro da registrada nos estados ocidentais.

Dia de alegria

Já o presidente alemão, Horst Köhler, afirmou que o dia 9 de novembro deve ser lembrado como um "dia de alegria", mas também como a data em que aconteceu a Noite dos Cristais em 1938, quando sinagogas e estabelecimentos judaicos foram atacados por nazistas na Alemanha, iniciando a perseguição sistemática de judeus no Terceiro Reich. "O 9 de novembro de 1938 e o 9 de novembro de 1989 estão ligados entre si", ressaltou Köhler. "A divisão só pôde ser superada porque nós, alemães, aprendemos as lições da nossa história entre 1933 e 1945", observou.

A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, afirmou em uma cerimônia realizada na véspera que a queda do Muro foi um dos eventos mais importantes do século 20. "Ele modificou a paisagem de um continente", disse, durante sua primeira viagem à Alemanha como integrante do governo Obama.

MD/dpa/ap/rtre

Revisão: Roselaine Wandscheer

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