Chefes de Estado e de governo expressam condolências aos Estados Unidos e reforçam urgência de combate a crimes de ódio. "Ataques mortais como esse nos causam profunda tristeza", diz Merkel.
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Massacre em Orlando gera comoção e homenagens pelo mundo
01:13
Uma série de líderes mundiais manifestaram-se sobre o massacre que deixou ao menos 50 mortos e 53 feridos numa casa noturna gay de Orlando, na Flórida, neste domingo (12/06).
"Nós estamos firmemente determinados a continuar com uma vida tolerante e aberta, mesmo que ataques mortais como esse nos causem profunda tristeza", declarou a chanceler federal alemã, Angela Merkel, que iniciou uma visita oficial à China nesta segunda-feira.
O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, condenou o ataque supostamente planejado devido à orientação sexual das vítimas.
O presidente russo, Vladimir Putin, enviou condolências ao presidente americano, Barack Obama, e disse que a Rússia compartilha da dor e da tristeza dos familiares das vítimas do "crime bárbaro".
Massacre em Orlando gera comoção e homenagens pelo mundo
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O presidente de Israel, Reuvén Rivlin, lamentou o massacre no clube Pulse. "O ataque contra a comunidade LGBT de Orlando é tão covarde quanto anormal", escreveu em comunicado dirigido a Obama. "O povo de Israel se mantém ombro a ombro com nossos irmãos e irmãs americanos na luta moral e justa contra toda forma de violência e ódio", disse.
O governo japonês expressou solidariedade com os Estados Unidos "neste momento difícil". "O terrorismo é um desafio contra os valores que o Japão e os EUA compartilham. Seguiremos trabalhando na luta contra o terror junto à comunidade internacional", afirmou o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que se mostrou "profundamente comovido e indignado".
No domingo, Obama classificou o pior massacre a tiros da história recente dos EUA como um ato de terror e ódio. "O massacre nos lembra como é fácil pôr as mãos numa arma que permite a eles atirar em pessoas em escolas, em uma casa de culto, cinemas e clubes noturnos", disse Obama ao reforçar a necessidade de debate sobre o porte de armas no país.
Homenagem no Tony Awards
Na noite de domingo, a cerimônia do Tony Awards, considerado o Oscar do teatro, homenageou vítimas do massacre.
"A tragédia de vocês é a nossa tragédia. O teatro é um lugar onde há espaço para todo mundo, todas as raças, orientações sexuais e credos. O ódio nunca vencerá", disse o apresentador britânico James Corden no início do evento.
O musical de hip hop Hamilton venceu a premiação com 11 estatuetas. Ao anunciar o vencedor, a atriz Barbra Streisand se juntou aos atores presentes no palco e prestou uma homenagem aos mortos em Orlando.
"Hoje a nossa alegria é tingida de tristeza. A arte pode nos educar e divertir e, em momentos como esse, nos consolar", disse.
KG/efe/rtr/afp/dpa
O massacre de Orlando
Os Estados Unidos viveram o maior massacre a tiros de sua história: um homem armado abriu fogo em uma casa noturna na Flórida deixando dezenas de mortos e feridos, antes de ser morto pela polícia.
Foto: picture-alliance/AP Images/B. Self
No fim da noite
O tiroteio na casa noturna Pulse, em Orlando, começou por volta das 2h (horário local), pouco antes de o clube fechar. "Todos estavam bebendo o último drinque", conta um sobrevivente. O atirador abriu fogo e matou ao menos 50 pessoas. Mais de 50 outras ficaram feridas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Reféns por três horas
O homem armado com um rifle e uma pistola abriu fogo contra os frequentadores do clube noturno Pulse, na área central da cidade, e fez reféns por cerca de três horas. A polícia decidiu entrar no local e chegou a trocar tiros com o atirador, que foi morto. Não se sabe quantos dos reféns foram mortos na troca de tiros.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Ação da Swat
Agentes da Swat, forças especiais da polícia americana, entraram na Pulse por volta das 5h (horário local) e mataram o homem.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Estado de emergência
O maior massacre da história dos Estados Unidos fez a Flórida e a cidade de Orlando declararem estado de emergência. A Casa Branca informou que o presidente americano, Barack Obama, está acompanhando as investigações junto ao FBI.
Foto: Reuters/K. Kolczynski
"Você reza para não levar um tiro"
"Pensei, isso é sério? Então só me agachei. E disse 'por favor, por favor, quero conseguir sair daqui'. E quando eu fui, vi pessoas baleadas. Vi sangue. Você reza para não levar um tiro", contou Christopher Hansen, que estava na área VIP da boate quando o homem armado com um rifle e uma pistola começou o massacre. Na foto, parente de vítima é consolado em frente à casa noturna.
Foto: Reuters/S. Nesius
Tiros ininterruptos
"Pessoas na pista de dança e no bar se deitaram no chão e alguns de nós que estávamos no bar e perto da saída conseguimos sair e correr", lembra Ricardo Almodovar. Segundo o portorriquenho, os tiros foram disparados sem interrupção por cerca de um minuto.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Obama lamenta
O presidente americano afirmou que o maior massacre a tiros da história dos EUA foi um ataque contra todos os americanos e voltou tocar na questão do porte de armas, um discurso repetido em mesmo tom por Hillary Clinton.
Foto: Getty Images/A. Wong
Ruas isoladas
Mais de 12 horas após o ataque, as ruas em torno da discoteca continuavam isoladas. O incidente é investigado pelo FBI (a polícia federal americana) como um ato de terrorismo. Os primeiros detalhes sobre o atirador sugerem um homem instável, violento, homofóbico e simpatizante do "Estado Islâmico".
Foto: picture-alliance/AP Photo/C. O'Meara
Doação de sangue
Americanos fizeram fila em Orlando para doar sangue, após um apelo feito pelas autoridades locais. Pelo menos 53 pessoas ficaram feridas no ataque, muitas delas em estado grave.