Líderes mundiais condenam tentativa de assassinato de Trump
14 de julho de 2024
"Não podemos permitir que isso aconteça", diz Biden. Lula chama ataque de "inaceitável". Scholz afirma que "tais atos de violência ameaçam a democracia".
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Vários líderes mundiais condenaram e expressaram consternação pela tentativa de assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano, Donald Trump, ocorrida neste sábado (13/07) durante um comício no estado da Pensilvânia.
O ex-presidente foi ferido na orelha, um homem na plateia foi morto, e outras duas pessoas foram feridas gravemente. O suposto atirador, que estava em um telhado do lado de fora do local do evento, foi morto a tiros pelo Serviço Secreto.
"Todos devem condenar"
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que "todos devem condenar" a tentativa de assassinato. "Não há lugar para esse tipo de violência nos EUA. É doentio, doentio!", afirmou, cerca de duas horas após o tiroteio. Biden disse estar aliviado pelo fato de Trump estar "indo bem".
Ele disse que não conseguiu entrar em contato com o republicano antes de seus comentários, mas a Casa Branca informou que Biden telefonou com Trump várias horas depois.
"Não podemos permitir que isso aconteça", acrescentou Biden.
O ex-presidente americano Barack Obama disse não haver "absolutamente nenhum lugar para a violência política em nossa democracia", em uma postagem no X.
"Embora ainda não saibamos exatamente o que aconteceu, todos nós deveríamos estar aliviados pelo fato de o ex-presidente Trump não ter sido gravemente ferido e usar
este momento para nos comprometermos novamente com a civilidade e o respeito em nossa política", acrescentou.
"O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável", declarou nas redes sociais.
"Atos como esse ameaçam a democracia"
O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, desejou a Trump uma rápida recuperação. "Tais atos de violência ameaçam a democracia", escreveu na plataforma X. "Meus pensamentos também estão com as pessoas que foram afetadas pela tentativa de assassinato", acrescentou.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, "condenou inequivocamente esse ato de violência política", disse seu porta-voz, Stephane Dujarric.
O presidente argentino Javier Milei culpou a "esquerda internacional" pela tentativa de assassinato contra Trump. "Em pânico por terem perdido nas urnas, eles recorrem ao terrorismo para impor sua agenda retrógrada e autoritária", disse Milei em sua conta no X.
O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador também condenou "o que aconteceu com o ex-presidente Donald Trump". "A violência é irracional e desumana", declarou ele na mesma rede social.
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"Violência política nunca é aceitável"
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse que estava "enojado com o tiroteio do ex-presidente Trump" e enfatizou que "a violência política nunca é aceitável".
A presidente da Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia, disse que estava "profundamente chocada com o tiroteio". "Desejo a Donald Trump uma rápida recuperação", disse Ursula von der Leyen.
O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, condenou "veementemente" o ataque. "Mais uma vez, estamos testemunhando atos inaceitáveis de violência contra representantes políticos", disse ele.
"Consternado"
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse estar "consternado com as imagens impactantes" do comício de Trump. "A violência política de qualquer tipo não tem lugar em nossas sociedades", disse o líder trabalhista.
Na França, o presidente Emmanuel Macron enviou seus "desejos de pronta recuperação" a Trump. "É uma tragédia para nossas democracias", disse ele.
Da Hungria, o primeiro-ministro nacionalista Viktor Orbán, que se encontrou com Trump no início desta semana, enviou ao candidato republicano "pensamentos e orações" neste "momento sombrio".
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, expressou sua "solidariedade" a Trump e disse esperar que "o diálogo e a responsabilidade" prevaleçam "sobre o ódio e a violência" na campanha eleitoral.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, desejou a Trump uma "rápida recuperação". "Essa violência não tem justificativa e não tem lugar em nenhum lugar do mundo", ressaltou.
md (AFP, DPA, AP)
Tiros contra Trump: imagens e reações
A tentativa de assassinato de Donald Trump em um comício na Pensilvânia chocou os EUA e o mundo. Veja como tudo aconteceu.
Foto: Brendan McDermid/REUTERS
Tiros
Uma série de tiros foi disparada durante o comício da campanha presidencial de Donald Trump em Butler, Pensilvânia. Os agentes do Serviço Secreto correram rapidamente para o palco e cercaram Trump.
Foto: Gene J. Puskar/AP Photos/picture alliance
Agentes correm para proteger Trump
No momento dos disparos, Trump pôde ser visto tocando sua orelha direita e se abaixando por detrás do púlpito onde discursava. Em seguida, agentes do Serviço Secreto correram para o palco e cobriram o ex-presidente com seus corpos. Eles se amontoaram sobre ele, enquanto outros agentes de segurança protegiam o local.
Foto: Evan Vucci/AP Photos/picture alliance
Rosto ensanguentado, punho em riste
Depois de cercar Trump, agentes do Serviço Secreto ajudaram o ex-presidente a se levantar. Manchas de sangue eram vistas em seu rosto. Trump ergueu o punho em direção à multidão, dizendo "fight, fight, fight" (luta, luta, luta). Muitos na multidão gritavam: "USA, USA" (EUA, EUA).
Foto: REUTERS
Trump em pode desafiadora
Após os agentes ajudarem Trump a se levantar, ele ergueu o punho em gesto de desafio. Com o rosto manchado de sangue, ele dizia à multidão para "lutar, lutar". As imagens do momento, capturadas aqui pelo fotógrafo da AP Evan Vucci, circularam rapidamente nas mídias sociais, já que muitos republicanos o viram como um momento decisivo da eleição de Trump.
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
A cena do crime: comício na Pensilvânia
Trump, tinha acabado de começar seu discurso quando os tiros foram disparados. Ele falava sobre migrantes. Uma testemunha disse à agência de notícias Reuters que, a princípio, pareciam fogos de artifício, mas depois as pessoas começaram a gritar. "Todo mundo começou a entrar em pânico. Foi um caos", afirmou.
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
Choque e medo entre participantes do comício
Uma pessoa da plateia foi morta e duas ficaram gravemente feridas, segundo autoridades de segurança. Um médico que estava no meio da multidão correu para ajudar um dos feridos. Depois de falar com os repórteres, o médico disse que a pessoa havia sido baleada na cabeça. A morte foi confirmada mais tarde.
Foto: Brendan McDermid/REUTERS
Choque nos EUA e no mundo
A notícia sobre o que o FBI está chamando de "tentativa de assassinato" ganhou as manchetes em todo o mundo. O presidente americano, Joe Biden, se disse aliviado por Trump "estar bem". Ele condenou o ataque, dizendo que "não há lugar nos Estados Unidos para esse tipo de violência". O vice-presidente Kamals Harris, que também estava fazendo campanha na Pensilvânia, condenou o "ato abominável".
Foto: Brian Snyder/REUTERS
Joe Biden: ataque "doentio"
O presidente dos EUA, Joe Biden, também falou com Donald Trump depois que ele recebeu alta do hospital. Biden disse estar grato ao Serviço Secreto por ter colocado Trump em segurança. Referindo-se ao ataque, ele afirmou: "É doentio. É doentio. É uma das razões pelas quais temos que unir este país".
Foto: Tom Brenner/REUTERS
Policiais fazem segurança de Biden
Policiais de Rehoboth Beach, em Delaware, vigiam o prédio onde o presidente dos EUA, Joe Biden, fez um discurso condenando o ataque contra seu provável rival nas próximas eleições presidenciais.
Foto: Tom Brenner/REUTERS
FBI: Não há outra "ameaça existente por aí"
Várias horas após o incidente, o FBI assumiu a liderança da investigação e afirmou ter ocorrido uma "tentativa de assassinato" de Trump, dizendo que havia identificado o atirador. O agente especial Kevin Rojek disse que as autoridades estavam "trabalhando febrilmente" no caso. O FBI informou que não ter "nenhuma razão" para acreditar que houvesse qualquer outra ameaça.
Foto: Brendan McDermid/REUTERS
Segurança reforçada
A polícia de Nova York montou guarda em frente à Trump Tower em Nova York. Depois de deixar o hospital, Donald Trump deveria passar a noite em sua residência em Nova York, segundo o jornal "The New York Times".
Foto: David Dee Delgado/REUTERS
A tentativa de assassinato mais grave desde 1981
Membros do Serviço Secreto patrulharam o local na Pensilvânia onde Donald Trump havia realizado um comício anteriormente. O ataque foi a tentativa mais séria de assassinar um presidente ou candidato à presidência desde 1981, quando Ronald Reagan foi baleado.