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Líderes mundiais lamentam morte de Hugo Chávez

6 de março de 2013

Principalmente os aliados, como Cuba e o Irã, expressaram seu pesar com a morte do presidente venezuelano. EUA falam em novo capítulo na história da Venezuela.

Foto: picture-alliance/Photoshot

Ao redor do mundo, líderes de diversas nações expressaram seu pesar com a morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciada nesta terça-feira (05/03).

O governo da China afirmou que Chávez era um "grande amigo do povo chinês" e prometeu manter os laços com o país sul-americano, fortalecidos durante o governo chavista. O presidente Hu Jintao e seu sucessor, Xi Jinping, enviaram mensagens pessoais de condolências ao vice-presidente Nicolás Maduro.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, homenageou Chávez, elevando-o à condição de "mártir" e de "símbolo da resistência ao imperialismo, defensor dos valores humanos e revolucionários". Ahmadinejad qualificou a doença de Chaves de "suspeita" e afirmou, em mensagem de condolências a Maduro, que seu colega "deu sua vida pelo seu país e pela liberdade do povo venezuelano".

Repercussão na Europa

"Um homem forte e extraordinário", afirmou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre seu colega venezuelano. "Ele sempre exigia o máximo de si mesmo", observou o presidente russo em telegrama de condolências, agradecendo Chávez por solidificar as relações entre Moscou e Caracas.

Hugo Chávez e Mahmoud AhmadinejadFoto: picture-alliance/dpa

O ministro do Exterior da Alemanha, Guido Westerwelle, disse que a morte de Chávez é um profunda ruptura para a Venezuela. "Sentimos muito pela dor da família e pela tristeza do povo venezuelano", afirmou o ministro nesta quarta-feira em Berlim. "Tenho confiança que, após o luto, haverá o nascer de uma nova era", afirmou Westerwelle, ressaltando que o país tem um enorme potencial que deve ser explorado por meio da democracia e da liberdade.

O presidente da França, François Hollande, fez elogios à "determinação do líder venezuelano na luta por justiça", ressaltando que Chávez "marcou profundamente a história de seu país".

O secretário britânico do Exterior, William Hague, afirmou estar entristecido pela morte, e disse que o líder venezuelano deixou uma "marca permanente" no povo da Venezuela.

América Latina de luto

Na América Latina, líderes e aliados enviaram seus sentimentos ao povo venezuelano e prestaram homenagens a Chávez.

O governo cubano declarou três dias de luto oficial em homenagem ao seu aliado mais próximo e maior benfeitor na região. Em pronunciamento oficial pela televisão estatal, o governo afirmou que "Chávez, como um verdadeiro filho, permaneceu fiel a Fidel Castro ".

O presidente boliviano, Evo Morales, cujas prioridades políticas e estilo de liderança seguem a cartilha chavista, afirmou estar "arrasado" com a morte de seu amigo e que irá à Venezuela para prestar suas condolências.

Hugo Chávez era próximo a Fidel Castro e seu governo apoiou a economia cubanaFoto: Reuters

Outro grande aliado de Chávez, o presidente do Equador, Rafael Correa, considerou a morte do venezuelano uma "perda irreparável" para a América Latina. "Perdemos um grande revolucionário. Ficam, porém, milhões inspirados por seu exemplo", disse Correa, e adicionou que "a história reconhecerá a grandeza de um homem extraordinário". Seu governo decretou três dias de luto oficial.

Assim como Correa, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, também considerou a morte de Chávez "uma grande perda para a Venezuela e para o continente".

Na Argentina, a presidente Cristina Kirchner também decretou luto oficial por três dias, mas não se manifestou publicamente. O vice-presidente argentino Amado Boudou disse na rede social Twitter que "toda a América Latina está de luto" e confirmou que a presidente teria se disposto a viajar a Caracas o quanto antes.

O presidente uruguaio, José Mujica, aliado político e amigo pessoal de Chávez, declarou que "a morte sempre causa tristeza, mas quando se trata de alguém que combateu na linha de frente, alguém a quem me referi como 'o líder mais generoso que já encontrei', a dor é mais profunda".

Moderação norte-americana

Enquanto os líderes latino-americanos fizeram homenagens emocionadas, o governo dos Estados Unidos reagiu com certa moderação à morte de um de seus principais adversários políticos.
 
O presidente Barack Obama expressou o desejo de melhorar as relações entre os dois países. "Os EUA reafirmam seu apoio ao povo venezuelano, com total  interesse em desenvolver um relacionamento construtivo com o governo do país", afirmou Obama em nota oficial. "No momento em que a Venezuela inaugura um novo capítulo de sua história, os EUA reforçam o compromisso com políticas que promovam princípios democráticos, o Estado de Direito e os direitos humanos".

Barack Obama e Hugo Chávez: relações nem sempre tranquilasFoto: AP

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, elogiou o trabalho de Chávez em prol dos mais pobres e seu apoio ao processo de paz na Colômbia. "Ele representava os desafios e aspirações dos mais necessitados."

RC/afp/dpa/epd
Revisão: Alexandre Schossler

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