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Líderes religiosos muçulmanos defendem liberdade de imprensa

(sm)9 de abril de 2006

Uma conferência realizada em Viena com a participação de 130 líderes religiosos muçulmanos se compromete com respeito às liberdades civis, mas exige esforços de integração por parte das sociedades européias.

Imãs destacam papel das mesquitas na educação de membros da comunidade islâmicaFoto: AP

A aceitação dos muçulmanos nas sociedades cristãs européias ainda exigirá muito esforço de todas as partes. Isso foi o que concluíram cerca de 130 imãs e outras autoridades religiosas muçulmanas de 40 países, reunidos até domingo (09/04), numa conferência de três dias na capital austríaca.

Os imãs reunidos em Viena se voltaram contra a formação de uma "sociedade paralela" de muçulmanos na Europa. O domínio dos idiomas falados nos países onde vivem os muçulmanos seria um importante pressuposto para uma efetiva integração.

Reconhecimento de instituições islâmicas

O legítimo cultivo da cultura e religião islâmicas não implicaria uma rejeição consciente da sociedade majoritária, mas apenas a constituição de uma comunidade própria. O importante seria reconhecer as instituições criadas pelos muçulmanos, conforme exigiram os representantes desta comunidade religiosa.

Segundo enfatizaram os líderes religiosos muçulmanos, as crianças e jovens descendentes de migrantes são especialmente afetados pela "falta de permeabilidade social do sistema educacional de muitos países europeus". Além da atuação das mesquitas e instituições religiosas, seriam bem-vindos estímulos da sociedade majoritária para solucionar este problema.

Facilitar o processo de naturalização

A formação de adultos também não deveria se restringir ao aprendizado do idioma, mas também incluir programas de como lidar de forma sensata com o tempo livre, por exemplo. A declaração dos imãs reunidos em Viena também menciona possíveis estímulos à integração, como simplificação do processo de naturalização e casamento, reconhecimento de diplomas estrangeiros ou participação nos processos de decisão democrática, como eleições municipais.

Os signatários da declaração final do encontro de Viena apoiaram unanimemente a liberdade de imprensa e opinião. Estes direitos seriam um "bem comum indispensável", mas deveriam ser "exercidos com responsabilidade e respeito mútuo". A ampla discussão sobre os violentos protestos desencadeados pelas controversas caricaturas de Maomé foi um dos temas da conferência de imãs na capital austríaca.
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