Lúcio diz não ter condições de jogar contra o Bayern
1 de fevereiro de 2002Por esta o técnico Klaus Toppmöller, do Bayer Leverkusen, não contava. Muito pelo contrário, Toppi abriu mão do zagueiro Lúcio na rodada passada do Campeonato Alemão e nas quartas-de-final da Copa Alemanha para não arriscar uma piora no pé esquerdo do brasileiro que comprometesse sua escalação domingo contra o Bayern de Munique, na capital bávara.
Lúcio foi tratar-se com especialistas nos Estados Unidos e voltou na quarta-feira. Os médicos americanos garantiram não haver razões clínicas para o zagueiro ficar sem jogar. Mas o brasileiro aponta as suas. "Desde meados de dezembro que não disputo uma partida. Estou sem condicionamento e treino. Não faz sentido entrar em campo", alega Lúcio, insinuando que pode enfraquecer mais do que reforçar a defesa do Leverkusen contra o ataque bávaro, formado provavelmente por Élber e Pizarro.
Blefe? A última palavra sobre o assunto ficou para o sábado, quando o atleta fará ainda um teste antes do embarque para Munique. "Se ele se sentar no avião, vai jogar", afirma Toppmöller. Neste caso, Lúcio deverá calçar uma chuteira especial, para reduzir as dores que vêm sentindo no pé esquerdo, resultado de uma ossificação na apófise do escafóide.
Cara a cara - O clássico possivelmente ficará sem o duelo brasileiro Lúcio versus Élber, mas não sem o alemão Ballack versus Effenberg. O primeiro, de 25 anos, já está contratado pelo Bayern para substituir o segundo, de 33.
No entanto, apesar de suas promessas de que dará tudo de si até o fim da temporada para dar ao Leverkusen o primeiro título nacional de sua história, Ballack parece já estar pipocando antes do grande desafio pessoal de enfrentar seu futuro empregador. "Em Munique, nunca conseguimos nada mesmo. Com estes três pontos, não podemos contar", diz o meio-campista, referindo-se aos quase oito anos de derrotas do Leverkusen para o Bayern na capital da Baviera.
Declaração estranha para quem tem a intenção de ser campeão este ano e defender no próximo o recordista de títulos do país. "Se Michael Ballack não der tudo de si para o Bayer Leverkusen até seu último dia no clube, ele não será merecedor de jogar no Bayern de Munique", avisa Uli Hoeness, diretor do clube bávaro.