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Cidades e Roteiros

17 de março de 2012

A cidade natal do escritor Thomas Mann, no norte Alemanha, tem um passado de potência comercial e uma fascinante arquitetura medieval.

Foto: DW / Nelioubin

São raras as ruas, becos e construções de Lübeck, no norte da Alemanha, que não têm história para contar. A começar pelo Holstentor, o portão de entrada para o centro histórico. Cartão-postal da cidade e patrimônio mundial, ele é o símbolo do poder de Lübeck na Idade Média como "rainha da Hansa" – uma aliança comercial e política que chegou a derrotar impérios.

Construído todo em tijolos vermelhos no século 5°, o portão era parte da muralha em torno da cidade. Hoje, abriga um museu sobre a Liga Hanseática. Igrejas predominam no panorama da cidade, como a velha Sankt Petri, de mais de 800 anos. De sua torre, podem-se ver o Mar Báltico e a gótica igreja de Santa Maria. No sul, a vista é dominada pela catedral de Lübeck. As ruas que conduzem às mais de mil casas do centro histórico são dos tempos medievais.

HolstentorFoto: Fotolia

A Fundação Füchtingshof foi criada no século 17. Ali podem morar viúvas de comerciantes e de marinheiros, sem pagar aluguel. Já há vários séculos as decisões sobre os destinos da cidade são tomadas na prefeitura de Lübeck. As fachadas testemunham a importância e a riqueza de séculos átras. Afinal, Lübeck liderou uma união de 200 cidades da Liga Hanseática.

Cidade de escritores

A tradição mercantil de Lübeck foi registrada no romance "Os Buddenbrooks", do Nobel de Literatura Thomas Mann, que nasceu na cidade. A casa da avó de Mann, que também é personagem da saga, virou museu.

Café NiedereggerFoto: dpa

Outro Nobel de Literatura a quem a cidade dedicou um museu é Günter Grass. O escritor não nasceu em Lübeck, mas a escolheu para morar. Já Willy Brandt, ex-chanceler federal da Alemanha, nasceu na cidade. Ele morou em Lübeck até que a política nazista o obrigou a fugir para a Noruega.

A política de conciliação com o Leste Europeu no tempo em que esteve à frente do governo alemão lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz de 1971. A casa de Willy Brandt e outros museus ficam na parte antiga da cidade.

Na visita a Lübeck, um ingrediente não pode faltar: o marzipã. A marca mais tradicional é a Niederegger. A especialidade feita com amêndoas, açúcar e água de rosas é fabricada por lá há mais de duzentos anos. A história da cidade é contada do seu lado mais doce. E no final da visita, é preciso dar um pulo ao café Niederegger e levar o símbolo de Lübeck como suvenir.

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