Proximidade da candidata de extrema direita à Presidência francesa não afetou seriamente seu desempenho no primeiro turno. Agora não será tão fácil ela convencer o eleitorado mais ciente de questões geopolíticas.
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Quando Moscou iniciou sua invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, a líder da extrema direita francesa Marine Le Pen uniu-se ao coro internacional condenando a invasão.
"Nenhuma razão pode justificar o lançamento de uma operação militar pela Rússia que destrói o equilíbrio de paz na Europa: isso precisa ser condenado inequivocamente", declarou num comunicado à imprensa, acrescentando que as manobras deveriam parar imediatamente.
À mídia, a chefe do Reagrupamento Nacional (RN) disse ser "natural" a França acolher refugiados ucranianos. Seis semanas mais tarde, nas eleições presidenciais, ela só ficou atrás do mandatário Emmanuel Macron, qualificando-se para enfrentá-lo no segundo turno.
No entanto, as palavras de Le Pen contrastam fortemente com sua proximidade histórica ao presidente russo, Vladimir Putin. Poucas semanas antes do pleito anterior, em 2017, a recebeu no Kremlin. A foto do aperto de mão entre os dos políticos ilustra um dos panfletos de campanha de Le Pen, impresso antes da guerra e em seguida recolhido.
Em seu manifesto, a ultradireitista pleiteia uma "aliança" com a Rússia, por exemplo na política de segurança europeia. Para a campanha anterior, ela recebera um empréstimo de 9 milhões de euros (45,8 milhões de reais) de um banco russo.
Igualmente em 2017, referindo-se à invasão e anexação da península ucraniana da Crimeia, condenada pela comunidade internacional em peso, ela disse na emissora francesa BFMTV: "Não acho, de forma alguma, que se possa falar de anexação ilegal. Os habitantes da Crimeia declararam num referendo que queriam ser parte da Rússia." Até pouco antes da guerra, Le Pen também afirmava não acreditar "de forma alguma" que os russos fossem invadir a Ucrânia.
"União em torno da bandeira" para Macron
O acadêmico ucraniano Anton Shekhovtsov, diretor da ONG Centro para Integridade Democrática, sediada em Viena, lembra que essa postura de Le Pen era típica dos movimentos de ultradireita.
"Partidos como o RN ou a Liga da Itália [...] costumavam pensar que, mostrando ser aliados do importante protagonista geopolítico Putin, eles deixariam de ser siglas marginais, passando a formar um mainstream alternativo."
"Claro, agora que Putin se tornou tóxico aos olhos da sociedade internacional, Le Pen não pode mais se permitir ser vista como alguém próximo à Rússia. Afinal de contas, ela é uma populista, ela escuta o que o povo diz", explica o autor do livro Russia and the Western far right: Tango noir (Rússia e a extrema direita ocidental: Tango noir).
A popularidade de Le Pen nas enquetes sofreu um baque após o começo da invasão, apesar de ela condenar Moscou. A cotação de Macron, por sua vez, subiu, auxiliada pelo efeito "união em torno da bandeira", que une os cidadãos em torno de seu líder, em tempos de crise.
Eleitorado de Le Pen não se importa com o mundo
Tendo falhado no passado em criar uma nova estrutura de segurança europeia incluindo a Rússia, o presidente estava agora na linha de frente das tentativas internacionais de mediar entre os dois países em guerra. Mas aí a maré eleitoral virou.
"Os eleitores viram que os esforços de Macron não davam resultado", comenta o pesquisador-chefe da Universidade Sciences Po, de Paris, e especialista em Rússia Jacques Rupnik. "Nesse meio tempo, Le Pen passou a se concentrar nos efeitos da guerra e como as sanções ocidentais estavam aumentando os preços no país."
A populista passou a se apresentar como a candidata próxima à população, prometendo fazer caírem os preços dos gêneros de primeira necessidade e abordando a principal apreensão do eleitorado: o declínio de seu poder aquisitivo. Por sua vez, Macron basicamente se manteve distante da rota de campanha, concentrando-se na crise internacional, parecendo desconectado das preocupações populares.
Segundo Gilles Ivaldi, pesquisador associado de política no Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, outro fator positivo para Le Pen foi concentrar-se em seu eleitorado tradicional no primeiro turno.
"Seus apoiadores usuais são, em grande parte, da classe operária ou média-baixa, desinteressados em tópicos geopolíticos, internacionais." Assim, embora ela tenha repetido seu ponto de vista em relação à Crimeia apenas poucos dias antes do pleito, seus eleitores aparentemente não se abalaram.
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Segundo turno puxado
O primeiro turno foi muito mais apertado do que se previra semanas antes. O segundo, em 24 de abril, poderá ser mais puxado para Le Pen: as pesquisas de intenção de voto predizem que os dois candidatos estarão pau a pau. No entanto, para ter uma chance de vencer, a ultradireitista terá que ampliar seu círculo de simpatizantes.
"Ela vai precisar angariar apoio de cidadãos mais moderados e educados, que são mais bem informados e mais apreensivos com a proximidade dela à Rússia", observa Ivaldi.
Esse público inclui o eleitorado da candidata de centro-direita, Valéria Pécrèsse, os 26% que não participaram da primeira rodada, e os adeptos do esquerdista Jean-Luc Mélenchon. Assim, o pesquisador crê que o campo de Macron usará os laços com Putin contra ela.
"A vizinhança da ultradireita com autocratas como Putin, mas também [premiê] Viktor Orbán, da Hungria, e o governo de direita polonês, mostra que o RN ainda é um partido extremista, com uma plataforma nacionalista e xenófoba", frisa Gilles Ivaldi.
Em entrevista à rádio francesa RTL na segunda-feira (11/04), o ministro da Economia e apoiador de Macron Bruno Le Maire qualificou Le Pen como "aliada de Putin": "São duas visões opostas", enfatizou, acrescentando que a Europa será um lugar diferente, caso ela vença.
A destruição nas cidades da Ucrânia
Bombardeios russos atingem várias cidades ucranianas, causando não só mortes, mas também muita destruição.
Foto: DW
Bombardeio russo transforma bairro de Kharkiv em cidade-fantasma
Meses de bombardeio russo transformaram Saltivka, um grande bairro residencial de Kharkiv, em cidade-fantasma. As poucas pessoas que ainda não fugiram estão fazendo o que podem para se preparar para o inverno.
Foto: DW
Escola em Marhanets
Interior de um prédio escolar danificado em Marhanets, na Ucrânia, em 10 de agosto de 2022.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/REUTERS
Carcaça do Antonov
Os restos do Antonov An-225, o maior avião de carga do mundo, e veículos militares russos destruídos durante combates entre forças russas e ucranianas em hangar bombardeado no aeroporto em Hostomel, nos arredores de Kiev.
Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo/picture alliance
Trabalho sob risco de vida
Bombeiros do Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia trabalham em um tanque de óleo após bombardeio noturno em Mykolaiv, na Ucrânia, em 2 de agosto de 2022.
Prédios danificados por um ataque com foguete na região de Odessa, na Ucrânia, em 26 de julho de 2022. A mídia local informou que a Rússia lançou um ataque maciço de mísseis na região de Odessa e Mykolaiv.
Foto: STR/NurPhoto/picture alliance
Fumaça e cinzas
Fumaça sobe dos escombros de um prédio destruído no local de um ataque militar russo em Vinítsia, Ucrânia, a 14 de julho de 2022.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/REUTERS
Em busca de uma normalização
Funcionários limpam destroços em frente a um hotel destruído após um ataque com foguete em Kramatorsk, em 3 de julho de 2022, em meio à invasão russa da Ucrânia.
Foto: Genya Savilov/AFP/Getty Images
Ruínas em Odessa
Neste prédio destruído após o ataque com mísseis russos morreram 17 pessoas e 31 ficaram feridas em Odessa, no sul da Ucrânia, em 1º de julho.
O busto do poeta nacional da Ucrânia, Taras Shevchenko, na cidade de Borodianka, com um prédio ao fundo destruído durante os combates entre os exércitos russo e ucraniano na cidade.
Fumaça sobe sobre os restos de um prédio destruído por um bombardeio, enquanto o ataque da Rússia à Ucrânia continua, em Lysychansk, região de Luhansk.
Foto: Oleksandr Ratushniak/REUTERS
Em busca de roupas
Um homem procura roupas em frente a um prédio destruído por ataques em Tchernihiv.
Foto: Natacha Pisarenko/AP/dpa/picture alliance
Destruição atinge prédios e árvores
Militares ucranianos passam por um prédio fortemente danificado em um bombardeio russo em Bakhmut, leste da Ucrânia.
Foto: Francisco Seco/AP Photo/picture alliance
Desentulhando
Pessoas limpam os destroços de sua casa destruída após um ataque de míssil, que matou uma idosa, na cidade de Druzhkivka, na região de Donbass.
Foto: Aris Messinis/AFP/Getty Images
Confinados em bunkers
A cidade de Soledar, na região de Donetsk, tinha cerca de 11 mil habitantes antes da guerra. Agora, os poucos civis que ainda permanecem na cidade estão confinados em bunkers. A foto é de 30 de maio.
Foto: Rick Mave/ZUMAPRESS/picture alliance
Sem casa e sem carro
Destroços de um prédio bombardeado por forças russas atingem carros estacionados em frente a um edifício em Kharkiv, no dia 31 de maio.
Foto: Stringer/AA/picture alliance
Escola bombardeada
Uma escola foi destruída no fim de maio por bombardeios na vila de Smolyanynove, a leste de Sievierodonetsk, na região de Donbass.
Foto: Alexander Reka/ITAR-TASS/IMAGO
Era uma vez um mercado
Um morador local observa os escombros do que era um mercado na cidade de Sievierodonetsk, região de Donbass, em 16 de maio.
Foto: Serhii Nuzhnenko/REUTERS
Vida arruinada
A foto de 24 de maio mostra uma moradora entrando em seu prédio destruído por bombardeios russo em Borodianka. A cidade foi palco de massacre atribuído às tropas russas, com centenas de civis mortos.
Foto: Natacha Pisarenko/AP Photo/picture alliance
Bicicleta em meio a ruínas
Semanas após ataques, uma bicicleta queimada é tudo que restou de uma casa destruída em Moshchun. Muitas cidades ao norte de Kiev foram fortemente danificadas pelas forças russas, no começo do conflito.
Foto: Alexey Furman/Getty Images
Olhar vazio
Um menino observa uma área destruída, sentado nas ruínas de um prédio demolido por um ataque russo em Kramatorsk, na região de Donbass, em 25 de maio.
Foto: Aris Messinis/AFP
Silos destruídos
Enquanto moradores sitiados sofrem com escassez de alimentos na Ucrânia, silos de grãos na região de Donbass foram destruídos por bombardeios russos, em 25 de maio.
Foto: Alex Chan/ZUMA Wire/IMAGO
Vivendo entre escombros
Moradores de Lyssytschansk, na região de Lugansk, em Donbass, viviam em meio a escombros, temendo novos bombardeios russos, antes de conseguirem deixar a cidade, em 24 de maio.
Foto: Mykola Berdnyk/DW
Cratera em Slovyansk
O menino Maxim posa para foto, em 10 de maio, dentro de uma cratera causada por uma explosão após bombardeio russo ao lado do Skete ortodoxo em homenagem a São João de Xangai, em Adamivka, perto de Slovyansk, na região de Donetsk.
Foto: Andriy Andriyenko/AP Photo/picture alliance
O fim do maior avião do mundo
Foto do dia 5 de maio mostra os restos do Antonov An-225, o maior avião de carga do mundo, que agora repousam ao lado de veículos militares russos completamente destruídos durante combates entre forças russas e ucranianas, no aeroporto Antonov, em Hostomel, nos arredores de Kiev.
Foto: Efrem Lukatsky/AP/picture alliance
Desespero dos moradores
Morador mostra escombros de um prédio de apartamentos destruído em Mariupol, leste da Ucrânia, em 2 de maio de 2022.
Foto: Alexei Alexandrov/AP Photo/picture alliance
Vista surreal
Moradores de Mariupol passam por blocos de apartamentos em ruínas em 30 de abril de 2022.
Foto: Nikolai Trishin/ITAR-TASS/IMAGO
Ligações interrompidas
Esta fotografia tirada em 29 de abril de 2022 mostra uma ponte ferroviária destruída em meio à invasão russa da Ucrânia. Ela fica sobre o rio Siverskyi Donets, em Raygorodok, no leste da Ucrânia.
Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP/Getty Images
Isso era um posto de saúde
Um posto de saúde de atendimento primário destruído em Makariv, na Ucrânia, em 27 de abril de 2022. A imagem foi obtida a partir de um vídeo de mídia social.
Foto: Ukrainian Healthcare Center/REUTERS
Nada sobrou
Uma casa completamente destruída por um bombardeio aéreo em Teterivske, na região da capital, Kiev, em 23 de abril.
Foto: DW
Buscando a normalidade
Os aposentados Vladimir Yakovlev,69, e sua esposa Lyudmila, 67, estão sentados em um banco em um pátio perto de um bloco de apartamentos fortemente danificados durante o conflito Ucrânia-Rússia na cidade portuária de Mariupol, Ucrânia, em 18 de abril de 2022.
Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
Ataque a Kharkiv
Bombeiros trabalham na extinção de vários focos de incêndio após um ataque russo em Kharkiv, próximo a Kiev, em 16 de abril.
Foto: Felipe Dana/AP Photo/picture alliance
Teatro destruído
Esta foto feita com um drone registra a destruição do prédio do teatro na cidade portuária de Mariupol em 10 de abril.
Foto: Pavel Klimov/REUTERS
Mortos na estação de trem
Ao menos 39 pessoas morreram e 87 ficaram feridas após dois mísseis atingirem uma estação de trem lotada na cidade de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, na manhã desta sexta-feira (08/04), afirmaram autoridades do país, em meio à tentativa de civis de deixar a região de Donbass e escapar das tropas russas.
Foto: FADEL SENNA/AFP/Getty Images
Igreja atingida
Objetos religiosos em parte destruídos em um prédio da igreja ortodoxa danificado por bombardeios pesados Tchernihiv, na Ucrânia, em 6 de abril de 2022.
Foto: Serhii Nuzhnenko/REUTERS
Fragilidade do vidro
Vidros de janelas estilhaçados em prédio de apartamentos em Irpin, na Ucrânia, neste dia 31 de março de 2022.
Foto: Zohra Bensemra/REUTERS
Só ruínas do mercado
Restou apenas a estrutura do mercado central de Chernihiv, destruído por um bombardeio em 30 de março de 2022.
Foto: Vladislav Savenok/AP/picture alliance
Escombros na periferia de Kiev
Um jornalista caminha em meio a escombros de casas e prédios após um ataque russo em Byshiv, na periferia de Kiev, capital da Ucrânia, em 27 de março.
Foto: Rodrigo Abd/AP Photo/picture alliance
Destruição por toda parte
Fileira de ônibus queimados colocados pelos defensores do Batalhão Azov ucraniano para impedir o avanço das forças russas na cidade portuária de Mariupol neste dia 23 de março.
Foto: Maximilian Clarke/SOPA Images via ZUMA Press/picture alliance
Centro comercial destruído
Um centro comercial no bairro de Podilskyi, no noroeste de Kiev, foi completamente destruído por um ataque russo em 21 de março, 26º dia da invasão da Ucrânia. Autoridades informaram que ao menos oito pessoas morreram em decorrência do bombardeio.
Foto: Daniel Ceng Shou-Yi/ZUMA/picture alliance
Vista da destruição
Homem remove uma cortina em uma escola danificada entre outros edifícios residenciais em Kiev, Ucrânia, em 18 de março. Forças russas intensificaram ataques a cidades ucranianas, com novos lançamentos de mísseis e bombardeios nas proximidades da capital, Kiev.
Foto: Rodrigo Abd/AP Photo/picture alliance
Pertences para trás
Mulher e criança saem às pressas de prédio residencial bombardeado por militares russos em Kiev, em foto divulgada em 16 de março.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/Handout/REUTERS
Em chamas
Bombeiros tentam em 15 de março controlar incêndio em prédio de apartamentos em Kiev danificado por bombardeio russo.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/REUTERS
Cidade sob cerco
Mulher caminha em 13 de março em frente a edifícios residenciais atingidos por bombardeios na cidade litorânea de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, que está cercada por militares russos e enfrenta falta de luz, mantimentos e remédios.
Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo/picture alliance
Viagem interrompida
Imagem de 12 de março mostra um carro alvejado por balas ou estilhaços de bomba, abandonado em rua na cidade de Irpin, ao norte de Kiev, ao lado de boneca.
Foto: Sergei Supinsky/AFP/Getty Images
Culto adiado
Soldado ucraniano tira foto em 10 de março de igreja danificada por ataque russo na cidade litorânea de Mariupol.
Foto: Evgeniy Maloletka/AP/dpa/picture alliance
Restos de uma casa
Homem caminha em 8 de março em frente a casa destruída por bombardeio russo na vila de Sopino, na região de Donetsk, controlada por separatistas, no leste da Ucrânia.
Foto: Alexey Kudenko/SNA/Imago
Destruição em Borodyanka
Casas queimam após serem atingidas por bombardeios na cidade de Borodyanka, perto de Kiev, Ucrânia, em 2 de março. Tropas russas entraram na Ucrânia em 24 de fevereiro, levando o presidente do país a declarar lei marcial e desencadeando uma série de severas sanções econômicas impostas por países ocidentais à Rússia.
Foto: Alisa Yakubovych/EPA-EFE
Em busca de algo para salvar
Mulheres inspecionam destroços dentro de um apartamento de um edifício residencial que os moradores locais disseram ter sido danificado pelos recentes bombardeios, na cidade de Gorlovka, controlada pelos separatistas na região de Donetsk, Ucrânia, em 2 de março.
Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
Ruínas após ataque a Kharkiv
Entrada de um prédio completamente destruída após o bombardeio pelas forças russas, na Praça da Constituição, em Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, em 2 de março.
Foto: Sergey Bobok/AFP
Veículos destruídos
Um homem caminha entre veículos militares russos destruídos em Bucha, próximo a Kiev, em 1º de março.
Foto: Serhii Nuzhnenko/AP/picture alliance
Prefeitura de Kharkiv em ruínas
Um membro do Serviço de Emergência da Ucrânia olha para o edifício da prefeitura após bombardeio na praça central de Kharkiv, em 1º de março.