Líder nacionalista francesa, candidata às eleições presidenciais de maio, diz que vai se empenhar na saída da França da UE caso país não ganhe autonomia sobre imigração e política econômica.
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A líder de extrema-direita francesa, Marine Le Pen, afirmou nesta sexta-feira (06/01) que vai se empenhar na saída da França da União Europeia (UE) caso Bruxelas não aceite devolver aos países-membros os poderes de controle da imigração e política econômica.
A candidata à presidência prometeu que, se for eleita em maio, vai abandonar o euro e realizar um referendo similar ao organizado no Reino Unido sobre a permanência da França no bloco europeu.
Em encontro com jornalistas estrangeiros, a líder da Frente Nacional disse que se ganhar as eleições presidenciais neste ano irá abrir negociações com a UE para restaurar "quatro tipos fundamentais de soberania: territorial, econômica, monetária e legislativa".
O objetivo é regresso do controle de fronteiras entre os países do bloco, adquirir o direito de sair da zona do euro e adotar uma política de "patriotismo econômico".
O referendo sobre um eventual "Frexit", a saída da França da UE, aconteceria seis meses depois de tomar posse.
KG/efe/afp
Eurocéticos comemoram Brexit
Da França à Hungria, da Holanda à Sérvia. políticos populistas de direita de todo o continente se apressaram em declarar sua aprovação à decisão dos eleitores do Reino Unido a favor da saída da UE.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Sulejmanovic
Marine Le Pen - França
"Vitória para a liberdade! Como tenho reivindicado há anos, deve agora haver o mesmo referendo na França e em todos os países da UE", disse Marine Le Pen, líder do partido francês de extrema direita Frente Nacional.
Foto: Reuters/Y. Herman
Frauke Petry - Alemanha
"Chegou o momento para uma nova Europa!", comentou Frauke Petry, uma das presidentes do partido Alternativa para a Alemanha (AfD).
Foto: Reuters/W. Rattay
Geert Wilders - Holanda
"Viva os britânicos! Agora é a nossa vez. Hora de um referendo holandês!", comemorou o líder do Partido para a Liberdade (PVV), Geert Wilders,
Foto: picture-alliance/dpa/S. Koning
Norbert Hofer - Austria
"A União Europeia tem que andar numa nova direção agora, se quiser sobreviver", alertou Norbert Hofer, da legenda populista de direita Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ).
Foto: picture-alliance/dpa/H.Tosun
Vladimir Jirinovski - Rússia
"Vamos enviar um telegrama parabenizando o primeiro-ministro Cameron: 'Caro David, meu amigo, estamos felizes que o povo britânico tenha feito a escolha certa, independente da sua propaganda. Claro que você precisa renunciar imediatamente'", disse Vladimir Jirinovski , chefe do Partido Liberal Democrata da Rússia (LDPR).
Foto: dapd
Viktor Orbán - Hungria
"Bruxelas deve ouvir a voz do povo, esta é a maior lição dessa decisão. A Europa é forte somente se pode dar respostas às principais questões, como a imigração. A UE deixou de dar essas respostas", afirmou o premiê húngaro, Viktor Orbán.
Foto: Reuters
Vojislav Seselj - Sérvia
O líder ultranacionalista Vojislav Seselj, da Sérvia, disse que o resultado do referendo "trouxe alegria para os sérvios em todos os lugares". "Os Ingleses enfiaram uma estaca de madeira no coração do cadáver da UE", acrescentou, com conotações vampirescas.