Afeganistão
20 de agosto de 2007Nem dois dias após ter sido levada por quatro homens desconhecidos de um restaurante de Cabul, a alemã de 31 anos Christina M., funcionária da organização de ajuda humanitária ora international, foi libertada pela polícia local. "Seis reféns foram libertados", declarou o oficial Ghulam Rassul. Segundo ele, as autoridades teria descoberto um esconderijo na cidade, onde estavam sendo mantidos vários seqüestrados.
De acordo com Semarai Bashari, porta-voz do ministro afegão do Interior, os seqüestradores pediram um resgate no valor de 1 milhão de dólares. "Essas pessoas pertencem a bandos de criminosos, que querem atrapalhar a segurança da cidade e pediram um resgate alto."
Alívio
Após a libertação da refém, o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, declarou estar "satisfeito e aliviado". Membros da organização para a qual Christina M. está a serviço no Afeganistão mostraram-se também "extremamente contentes" com o final do rápido seqüestro. Segundo o porta-voz da organização, Ulf Baumann, Christina está recebendo assistência psicológica e médica na embaixada alemã de Cabul.
Engenheiro desaparecido
Já o engenheiro alemão também seqüestrado no Afeganistão dias antes continua desaparecido. O correspondente da emissora de televisão ARD em Cabul noticiou no último domingo (19/08) ter estabelecido um contato telefônico com o engenheiro, que teria dito que seu estado de saúde piora. Ele teria também perguntado por que o resgate pedido pelos sequestradores ainda não havia sido pago.
Apesar da violência no país, os partidos da coalizão de governo em Berlim (CDU e SPD) continuam defendendo a presença de tropas alemãs no país. O ministro alemão do Interior, Wolfgang Schäuble, declarou que a prorrogação da missão no país é necessária e um caso "sem outras alternativas". Depois dos últimos seqüestros, outras organizações alemãs de ajuda humanitária anunciaram que pretendem tirar ou pelo menos reduzir o número de funcionários no Afeganistão.
Jornalistas da Deutsche Welle
Bashari declarou que entre os seqüestradores detidos estaria também o mentor do assassinato de dois funcionários da Deutsche Welle, mortos em outubro do último ano no norte afegão. "Os dois casos (do seqüestro e do assassinato dos jornalistas) não têm nada a ver um com o outro. Foi uma coincidência o fato de que informamos hoje sobre os dois casos ao mesmo tempo", declarou Bashari. (sv)