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Síria

27 de novembro de 2011

A Liga Árabe aprovou sanções econômicas drásticas contra a Síria, devido à violenta repressão contra os protestos no país. Mesmo assim, presidente Assad continua a promover ataques contra manifestantes.

Países árabes suspendem contato com Banco Central SírioFoto: dapd

Durante uma conferência no Cairo, os ministros do Exterior dos países da Liga Árabe aprovaram, com rara unanimidade, medidas contra o governo sírio, entre elas o congelamento das relações com o país, assim como das contas sírias no exterior, a suspensão de voos e a proibição de viagens de membros do regime sírio.

Verbas suspensas para projetos na Síria

Hamad bin Yassim, ministro do Exterior do Catar, afirmou neste domingo (27/11) que 19 dos 22 países-membros da Liga Árabe aprovaram as sanções, entre elas a suspensão de transações com o Banco Central Sírio e de auxílio financeiro para projetos no país.

Além disso, ficam também interrompidas as ligações aéreas entre os países árabes e a Síria, enquanto autoridades do país são punidas com a proibição de viajar nos países árabes. Com as medidas, a Liga Árabe pretende antecipar eventuais medidas de países ocidentais, como aconteceu em relação à Líbia, afirmou o Sheik Hamad. "Todo o trabalho que estamos fazendo deverá evitar uma intromissão do Ocidente", disse ele.

Damasco fala de traição

O governo em Damasco chamou as medidas de "traição" à solidariedade árabe. A Liga iniciou sua reunião no sábado, depois que o presidente Bashar al-Assad ignorou um ultimato exigindo o fim da violência e impediu a entrada de observadores da Liga Árabe no país, indo contra um acordo prévio.

As novas sanções intensificam a pressão sobre o governo Assad. A Síria já havia sido excluída da Liga Árabe devido à violência no país. A União Europeia e os EUA também já aplicaram diversas sanções à Síria, entre elas a proibição de importação de petróleo do país.

Mais violência contra a oposição

A pressão internacional, contudo, não parece abalar Damasco. Forças de segurança do regime atacaram oposicionistas com violência no fim de semana. Ativistas relataram, neste domingo, terem ocorrido pesados conflitos em Homs, entre as tropas do governo e desertores.

Enterro de soldados mortos em HomsFoto: dapd

Naquela cidade, cinco civis foram mortos durante buscas realizadas em residências, afirmou uma organização de defesa dos direitos humanos sediada em Londres. Outra pessoa foi morta com um tiro que partiu do telhado de um prédio em Kusseir, cidade próxima a Homs. Nos arredores de Damasco, dois civis, entre eles um adolescente de 14 anos, teriam sido mortos, e 13 pessoas ficaram feridas, segundo a entidade.

Tiros em funeral

Em Deir Essor, no leste do país, dois outros civis foram mortos e vários foram feridos pelas forças de segurança do governo, que atiraram nos participantes de um funeral.

Segundo informações das Nações Unidas, um total de mais de 3.500 pessoas já morreram na Síria desde março último, em consequência da violência do governo. Aproximadamente 1,5 milhão de pessoas dependem da ajuda internacional, como envio de alimentos, para sobreviver.

Autora: Eleonore Uhlich (sv)
Revisão: Marcio Damasceno

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