Justiça decide que urso de chocolate com embalagem dourada não viola marca registrada de famosas balas de goma alemãs. Não há risco de confundir os dois produtos, afirma juiz.
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Há espaço suficiente para mais de um tipo de urso dourado nas prateleiras dos supermercados alemães, decidiu o Tribunal Federal Constitucional da Alemanha nesta quarta-feira (23/09). De acordo com a decisão judicial, a fabricante suíça de chocolates Lindt pode continuar vendendo ursinhos de chocolate embalados em papel alumínio dourado.
A Lindt e a alemã Haribo, que produz ursinhos de goma conhecidos mundo afora, haviam pedido ao máximo tribunal da Alemanha que decidisse se o animal de chocolate violava a marca registrada Goldbären (ursos dourados), que consta na embalagem dos ursos de goma.
Segundo o juiz Wolfgang Büscher, o urso de chocolate da Lindt não pode ser considerado uma imitação ilegal das balas da Haribo. Os ursinhos de goma são bastante conhecidos na Alemanha, mas não há risco de confundir o produto com o animal de chocolate da Lindt, disse. Com a decisão, a corte disse ter atuado contra a "monopolização da concepção de produtos".
A Lindt vende os ursos dourados com uma fita vermelha em volta do pescoço desde 2011, principalmente na época do Natal. Os ursinhos da Haribo estão no mercado de 1960 e, há cerca de 40 anos, o nome Goldbären foiprotegido por lei. O urso dourado na embalagem das balas da fabricante alemã também usa um laço vermelho ao redor do pescoço.
A empresa suíça argumentava que, com o urso, apenas deu continuidade a uma linha de produtos iniciada com um coelho de chocolate embalado em papel dourado.
"Lamentamos a decisão da corte federal, que consideramos inapropriada", disse a Haribo em comunicado.
LPF/dpa/rtr
Dez invenções genuinamente alemãs
A Alemanha é conhecida por grandes invenções – do automóvel à aspirina e à fissão nuclear. Mas você sabia que o país também deu à luz uma série de outros itens do dia a dia, como perfurador de papel e o taxímetro?
Foto: picture-alliance/dpa/I. Langsdon
Perfurador de papel
Antigamente, ele costumava ser o rei do escritório. Mas com a chegada da era digital, o perfurador de papel acabou perdendo o trono. Inventado por Matthias Theel, o objeto foi patenteado, em 14 de novembro de 1886, por Friedrich Soennecken – este, por sua vez, inventor dos fichários. Por muito tempo, as duas invenções fizeram parte, com seus cliques, da paisagem sonora de repartições mundo afora.
Foto: Colourbox
MP3
Hoje quase imperceptível de tão onipresente, o MP3 existe em parte graças ao matemático alemão Karlheiz Brandenburg, um dos desenvolvedores da tecnologia, no início dos anos 1980. O também chamado MPEG-2 Audio Layer III permitiu que canções fossem facilmente comprimidas e armazenadas. A invenção transformou a indústria fonográfica e abriu espaço para programas de compartilhamento como o Napster.
Foto: Fotolia/Aaron Amat
Furadeira elétrica
É quase impossível imaginar uma oficina sem a presença dela. Na verdade, a furadeira foi inventada na Austrália, em 1889. Contudo, foi o alemão Wilhelm Emil Fein, natural de Ludwigsburg, quem a transformou numa ferramenta portátil, em 1895. Sem ela, os reparos domésticos seriam bem mais trabalhosos.
Foto: DW
Fanta
Durante a Segunda Guerra, os EUA instauraram um embargo que impedia a exportação de Coca-Cola à Alemanha. Max Keith, presidente da filial alemã da bebida, não se deixou intimidar e desenvolveu um novo produto para o mercado interno. Utilizando ingredientes locais, como soro de leite e polpa de maçã, Keith concebeu a Fanta em 1941, que se tornaria um dos refrigerantes mais populares do mundo.
Foto: imago/Steinach
Filtro de café
Em cada um de nós, mora um inventor em potencial. Em 1908, foi a vez da dona de casa Melitta Bentz dar vazão à sua veia criativa ao tentar diminuir a amargura do café. Ao tentar filtrá-lo com papel, Melitta se surpreendeu com o novo aroma. A ideia foi patenteada, e, hoje, 3.300 funcionários trabalham na empresa familiar Melitta Group KG.
Foto: imago/Florian Schuh
Fita adesiva
Como se não bastasse ser o pai do creme Nivea e do batom Labello, o farmacêutico alemão Oscar Troplowitz ainda queria conceber algo que fizesse com que seu nome ficasse para sempre na história das invenções. Assim, nasceu a fita adesiva, e os pequenos consertos nunca mais foram os mesmos. Por fim, em 1901, Troplowitz inventou o esparadrapo adesivo – que, desde então, enfeita joelhos infantis.
Foto: picture-alliance/dpa
Acordeão
Mesmo que o imaginário popular costume associá-lo à chanson francesa ou ao forró nordestino, na verdade, o acordeão foi inventado em 1822 pelo alemão Christian Friedrich Ludwig Buschmann. Natural da Turíngia, o fabricante de instrumentos também concebeu a gaita de boca. O acordeão acabou tomando não só as ruas, mas também as salas de concerto mundo afora.
Foto: Axel Lauer - Fotolia.com
Árvore de Natal
O Papai Noel é finlandês, mas a árvore de Natal vem da Alemanha. Os pinheiros ornamentados começaram a virar moda por volta de 1800, nas casas de famílias ricas do país. A partir do fim do século 19, ela passou a estar por toda parte na noite de Natal. No começo decoradas apenas com frutas, nozes e velas, hoje as árvores de Natal abrigam todos os tipos de penduricalhos.
Foto: picture-alliance/dpa/Thomas Winkler
Chuteira com travas
O protótipo das chuteiras de futebol é inglês, mas foi o fundador da Adidas, o alemão Adi Dassler, que criou, em 1954, o inovador modelo com travas parafusáveis. A invenção teve participação decisiva no primeiro título mundial da seleção alemã, conquistado no mesmo ano. O irmão mais velho de Adis e fundador da concorrente Puma, Rudolf Dassler, disse ter sido o verdadeiro inventor do modelo.
Foto: picture-alliance/dpa
Taxímetro
Para o bem ou para o mal, o taxímetro veio ao mundo em 1891, em Berlim, criado por Friedrich Wilhelm Gustav Bruhn, sob encomenda do pioneiro dos automóveis Gottlieb Daimler.